quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A origem...

É Natal! E todos nós somos envolvidos por essa emoção coletiva, cheia de símbolos sobre os quais, na maioria das vezes, não sabemos como surgiram!

O Natal é a data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, era comemorado em datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como a data oficial de comemoração do evento.

Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos – Belchior, Baltasar e Gaspar – chegarem até a cidade de Belém para entregar os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus.

A figura de nosso querido e bom velinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximos às chaminés das casas.
Foi transformado em santo – São Nicolau – pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

Até o final do século XIX, Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho: a roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto.

De repente, surge, em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola, mostrando um Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast – por acaso, com as cores do refrigerante...

Agora que descobri a suposta origem do Natal e no que ele acabou se tornando ao longo dos séculos, me pergunto: Qual será o nosso destino? Carnês e mais carnês das Casas Bahia? Compras voluptuosas nos supermercados para a grande Ceia?

PS 1: Cadê o menino Jesus?
PS 2: Papai Noel existe! Mas, felizmente, não está na loja mais próxima...

Publicado em 18/12/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Qual é o “pobrema”?

Você lembra como se sentiu quando leu ou escreveu pela primeira vez? É bem provável que não, parece até que já nascemos lendo e escrevendo! Mas, com certeza, deve ter sido um momento mágico.

Num país como o Brasil, onde existem milhares de analfabetos e falta de escolas públicas, chega a ser um privilégio poder ler e até escrever. Não bastasse esta realidade cruel que nossas crianças e adultos vivem já há muitos e muitos anos, ainda somos pegos de surpresa por uma nova corrente educacional, que defende a ideia de que não existe certo ou errado na língua portuguesa.

Para este grupo de pessoas, que tem a coragem de se denominar pedagogos, chamar a atenção de um aluno que escreve ou fala gramaticalmente errado é um “preconceito linguístico”. Adotado nas aulas de português para milhões de estudantes do ensino fundamental, o livro “Por uma Vida Melhor” é uma amostra desta insanidade acadêmica.

Heloisa Ramos, uma das autoras desta obra insana, cita no livro: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’?’, ou ‘Nós pega o peixe?’. Claro que pode”. O erro crasso de concordância é apenas uma “variação popular”, diz a autora. E mais, ela ainda diz que a língua culta, ou seja, a gramática que rege as regras de nossa língua portuguesa, é um “instrumento de dominação das elites”...

Eu fiquei totalmente pasma com estas afirmações e, pior ainda, saber que o Ministério da Educação autorizou a edição do tal livro e sua distribuição para as escolas públicas. Aonde o nosso governo que chegar com essa atitude?

Banalizar a educação e destituir-se da responsabilidade de propiciar um estudo básico para nossas crianças e jovens carentes até que parece ser uma boa saída para os governantes se eximirem de investir em nossa educação e poder falar cada vez mais que somos um “país emergente”...

PS 1: Se persistirem os sintomas... Vamos ter um grande “pobrema”!

PS 2: Se você ainda não leu o livro “Ratos e Homens” (de John Steinbeck, Ed. L&PM), este é um bom momento!

Publicado em 11/12/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Saindo do armário... Voltando para o armário...

Desde o tempo que o homem primitivo desceu das árvores, há milhares de anos, e “evoluiu”, adquiriu uma série de qualidades. E defeitos... Um deles – talvez o pior –, o preconceito. Da cor da pele à religião, de preferências políticas à escolha do time de futebol, gordos, magros, pobres, velhos, enfim, não faltam motivos para o “homo sapiens” ter preconceitos. E um dos mais tristes e injustos na sociedade atual é o preconceito contra os homossexuais.

Este ganha um caráter duplamente preocupante quando se trata da homossexualidade na 3ª idade. Sim, o homossexual também envelhece...

No último Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado entre 29 de abril e 3 de maio de 2014, no Pará, a psiquiatra Carmita Abdo, professora da USP (Universidade de São Paulo), divulgou dados de uma pesquisa mostrando que o preconceito e o descaso que atingem os idosos brasileiros se tornam ainda mais graves no caso dos homossexuais.

Enquanto a estimativa de depressão entre idosos heterossexuais (homens e mulheres) é de 13,5%, entre as lésbicas esse número sobre para 24% e, entre os gays, chega a 30%.

Quando o antropólogo Luiz Mott, 68, era adolescente, nos anos 1960, disseram-lhe que todo homossexual estaria condenado à solidão na velhice, “vegetando sozinho e abandonado, em um quartinho sombrio de uma pensão de quinta categoria”. Hoje, ele acredita que esses antigos ensinamentos tinham por propósito apenas assustar os jovens tentados a “sair do armário”.

No entanto, gays ainda enfrentam um ambiente que lhes impõe muitos obstáculos a uma velhice tranquila e digna. Muitos idosos e idosas homossexuais são obrigados a “voltar para o armário” quando envelhecem, pois precisam receber cuidados de pessoas homofóbicas. Basta ligar para vários asilos e casas de repouso do país e perguntar se lá existe algum gay, lésbica ou travesti idoso morando. A resposta será sempre “não”.

PS. Vamos torcer para que a próxima evolução do homem – um “homo um pouco mais sapiens” – venha sem preconceitos...

Publicado em 04/12/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Violência mata mais que Aids

Muito boa a campanha do governo para continuar conscientizando a população sobre a prevenção contra a Aids. Mas, infelizmente, falta – e muito – uma atitude do mesmo para prevenir a miséria, a qual gera uma epidemia muito maior: a violência.

Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela USP (Universidade de São Paulo) revelou dados alarmantes: o número de mortes causadas por homicídios vitimou 5.705 paulistanos, contra 1.368 mortos por Aids.

Claro que esse aumento absurdo da violência em todo o Brasil se deve a vários fatores – que já estamos cansados de conhecer –, tais como: desemprego, fome, falta de escolas, moradia e, principalmente, a falta de uma perspectiva futura para os cidadãos brasileiros. Mas existe aí uma causa a mais, quase sempre presente em toda essa “epidemia de homicídios”, o tráfico de drogas.

Infelizmente, o maior número de traficantes e usuários de drogas está entre os adolescentes e até crianças, na sua maioria, vindas da periferia e das favelas, afinal eles são o alvo mais fácil de ser atingido, pois, com a completa falta de direitos à escola, lazer e trabalho, esses jovens acabam encontrando no tráfico um sonho de poder consumir e existir. Obviamente, acabam se viciando e, daí pra frente, matando e morrendo dentro desse círculo vicioso.

Além do combate às drogas, é importante combater o vício de uma sociedade que usa e abusa dos miseráveis para se enriquecer. Afinal de contas, os jovens traficantes são apenas a ponta final do iceberg.

Será que o Beira-Mar, o Marcola e outros chefões vão ter um “Natal magro” neste ano? E falando em Natal magro ou gordo... É bom lembrar que amor, carinho e compaixão não se compram nas lojas e custam apenas a nossa boa vontade!


PS 1: Se puder, passe essa bola pra frente!
PS 2: Novo governo, novos governantes: novas políticas?

Publicado em 27/11/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Um Brasil menos branco...

Segundo o levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 1990 para cá, o número de homens em relação ao de mulheres aumentou, a população brasileira envelheceu... E ficou menos branca...

Sim, isso mesmo... Os dados apontam que menos da metade da população se declarou branca na pesquisa – é a primeira vez que o IBGE detecta esta proporção desde 1940.

Ao todo, 91.051.646 habitantes se dizem brancos, enquanto outros 99.697.545 se declaram pretos, pardos, amarelos ou indígenas. Os brancos ainda são a maioria (47,33%) da população, mas a quantidade de pessoas que se declaram assim caiu em relação a 2000, quando foi de 53,74%. Em números absolutos, foi também a única categoria que diminuiu de tamanho em relação ao ano de 2000.

Por outro lado, em dez anos, a porcentagem de habitantes que se classificam como pardos cresceu de 38,45% (65,3 milhões) para 43,13% (82,2 milhões). Já os pretos subiram de 6,21% (10,5 milhões) para 7,61% (14,5 milhões) da população brasileira. O Brasil também tem mais moradores que se consideram amarelos (1,09% ou 2,1 milhões). Em 2000, apenas 0,45% (761,5 mil) se classificavam assim. Em dez anos, o número de amarelos superou o de indígenas, que subiu de 734,1 mil para 817,9 mil.

Bem, uma coisa fica muito evidente nesse levantamento: o Brasil é um país onde não podemos aceitar o racismo – velado, porém presente. Somos uma nação construída a partir de muitas “misturas”, uma delas, como sabemos, a partir dos milhares de escravos trazidos para cá em séculos passados. Todos nós somos o resultado da miscigenação de negros, orientais e índios – sem falar das dezenas de culturas que aqui vieram e moldam o nosso País: italianos, portugueses, japoneses, entre outras.

PS. Você já ouviu falar que a “mãe” da espécie humana era uma mulher – curiosamente chamada de Eva – e que vivia na África, aproximadamente 140 mil anos atrás?

Publicado em 20/11/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Compaixão primata

Estes dias, resolvi arrumar minha mesa de trabalho e eis que surgiu à minha frente um artigo que eu tinha guardado há muito tempo. O título: “Estudo na Costa do Marfim diz que adoção de órfãos é pratica seguida até por chimpanzés do sexo masculino”. Não pensei duas vezes para destacar este fato como um exemplo de compaixão e amor incondicional no mundo animal versus o mundo “humano e civilizado”.

Segundo pesquisas, o ser humano moderno é 98,4% geneticamente indistinguível do chimpanzé moderno. Será mesmo?

Um caso muito bizarro, destacado pela mídia, mostrou como um médico, completamente doente e inescrupuloso, oferecia o tratamento de inseminação artificial para mulheres que não podiam ter filhos. Só que, durante os procedimentos, ele as estuprava – além de cobrar mais 200 mil reais pelo seu “trabalho”.

Mais absurdo ainda foi o fato das mulheres que foram vítimas deste algoz terem se calado por um bom tempo, com medo que o dito médico não desse prosseguimento ao tratamento.

Me pergunto: a que ponto chega a obsessão do ser humano por ter filhos com seus genes e ‘seu sangue’?

Se para algumas pessoas a mãe natureza não propiciou este “dom”, seria tão absurdo pensar em adotar uma criança? Ainda mais em um país como o nosso, onde há milhares de órfãos esperando por um lar!

Os chimpanzés da Costa do Marfim estariam mais evoluídos do que nós, no que tange a valores éticos e morais e à visão do que é realmente viver em uma sociedade?

PS 1: Recomendo ver o filme “O Planeta dos Macacos” (a versão original), em DVD. Foi feito em 1968, mas já mostrava com imensa clareza – e até crueldade – a maneira de agir e ser dos seres humanos.

PS 2: Não vou contar o filme inteiro, mas um detalhe vale destacar: os macacos só se tornaram ruins a partir do momento em que criaram uma sociedade espelhada em nós mesmos...

Publicado em 13/11/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Certa manhã, acordei e me olhei no espelho...

Você tem rugas? Está se sentindo muito gordo(a)? Acha que seus seios estão grandes ou caídos? Fica encucado com sua careca, ou se seus cabelos estão ficando brancos demais? Não se preocupe, já está disponível no mercado um remédio que resolve tudo isso.

Infelizmente, esta fórmula não está à venda nas farmácias e nem na internet. Esse remédio tem vários nomes: “autoconfiança”, “autoestima” ou “seja você mesmo!”. Você pode achar que esse “antídoto” não vai resolver muita coisa, mas não custa experimentar.

A vida é feita de várias fases, nas quais nosso corpo vai se moldando e nossa personalidade também! Estamos sempre sujeitos a todo tipo de influência. É só ligar a TV, navegar na internet, folhear uma revista e vamos ver imagens de homens e mulheres considerados perfeitos – dentro dos padrões de beleza estipulados pela nossa sociedade, só pra lembrar!

Aí, começam a surgir os efeitos colaterais: “Estou um lixo...”, “Eu nunca vou ser igual a Angelina Jolie, ou ao Brad Pitt...“, “Será que devo fazer uma plástica? Um implante de cabelos? Colocar silicone?...”

Calma! Pense um pouco: você é único(a), seu corpo e seus traços físicos são só seus e mudanças fazem parte de nossa vida. Cuidar da saúde e de nossa aparência é importante, mas, tão importante quanto isso tudo, é descobrir a nossa própria beleza!

Comecei a pensar neste assunto há alguns anos atrás, quando, em uma bela manhã, acordei e me olhei no espelho. De repente, não sei por que, fiquei pasma: “Os anos passam, a vida passa…”

Claro que tenho minhas recaídas, como todo mundo... Nestes momentos, faço uma pausa e ouço meu pequeno “grilo falante” dizendo: temos o direito – e talvez até o dever – de criar o nosso padrão de beleza. Ou melhor, talvez não exista um padrão, mas, sim, um conjunto de fatores que nos torna belos!

PS 1: Se os sintomas persistirem, não procure um médico. Procure por você mesmo!
PS 2: O melhor espelho são os olhos de quem nos ama!

Publicado em 06/11/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Proibir é fácil!

Proibir é fácil!


Nunca fui uma fã ardente do querido “Rei” Roberto Carlos, mas não tenho como negar sua influência em nossa música, a época da Jovem Guarda e a beleza de suas canções em várias épocas de sua carreira.

Uma das músicas, que inclusive foi capa de seu disco em 1964 e foi um estouro naquele ano, tem o título “É Proibido Fumar”. Claro que, na época, era uma música de protesto e certa rebeldia! Hoje, seria considerada “politicamente incorreta”...

Quero deixar claro que não sou a favor do cigarro, mas o que mais tem me preocupado mesmo é como os órgão públicos têm dado tanta atenção aos males do cigarro – que, além de tudo, é uma “droga” legalizada – e não tem dado praticamente a mínima para a questão do crack, da cocaína, do consumo de bebidas alcoólicas em excesso, etc., etc...

Hoje, a maior incidência de roubos, mortes e todo tipo de violência vem ocorrendo devido ao crack, esta droga mortal, extremamente viciante, alucinógena e barata!

E, o pior de tudo, como uma droga ilegal consegue chegar tão facilmente às escolas, bares, clubes, além de estar praticamente em todas as ruas das cidades? O pouco que se fala sobre o crack é sempre sobre o “pós”, e nunca sobre o “pré”, ou seja, sobre como tratar os jovens que já estão viciados, ou adultos que se tornarão usuários, e praticamente perderam sua vida, literalmente – sem contabilizar o número de mortes que a droga já causou!

Por ser barata, ela se alastrou mais do que a dengue ou qualquer epidemia – independente de classe social, cor ou sexo!

Será que o governo, as mídias e nós mesmos não estamos “tampando o sol com a peneira”? Talvez dar tanta ênfase à proibição do cigarro, neste momento em que o crack invadiu nosso país e nossas casas, seja tão ingênuo quanto a canção que nosso Rei gravou há 47 anos!

PS 1: Proibir é fácil. Conscientizar e cortar o mal pela raiz é outra estória!

PS 2: Você já viu o comercial da moçada tomando “quilos” da vodka “Sminorff Ice”, e até com site de receitinhas? Isso é legal?

Publicado em 30/10/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bate, bate coração...

Li, em uma recente pesquisa da OMS – Organização Mundial da Saúde, alguns dados que me deixaram preocupada. A América Latina, incluindo o Brasil, é uma das regiões de maior índice de mortes por enfarte. A pesquisa destaca que isso acontece devido ao alto índice de gorduras ingeridas, poluição, sedentarismo, tabagismo, álcool e, o mais importante, a falta de exames preventivos!

É triste enxergar que todos os problemas de saúde, na maioria das vezes, acontecem devido ao descaso. Concluo que a vida humana vale cada vez menos, já que o “índice” que avalia o seu valor é ter ou não condições de pagar planos de saúde, medicamentos, alimentação, escola, moradia, etc., etc., etc...

Haja coração, físico e emocional, para conseguirmos viver sob esta constante pressão financeira e imoral que o Brasil nos impõe, a partir do momento que nosso governo praticamente se abstém de usar o dinheiro de nossos impostos para nos oferecer todos os serviços sociais aos quais temos direito e eles, obrigação.

Agora, no dia 26/10, vamos votar no segundo turno!! E o que fazer? O coração vai bater forte, a nossa presidenta promete fazer o que não conseguiu ainda... O Outro candidato diz que nada foi feito e vai fazer tudo!!

Promessas e mais promessas, vivemos no país do “se”... “Se eu for eleito, vou fazer, desfazer, refazer tudo e mais um pouco!” Sempre: “se aquilo”, “se isso”, “se chovesse mais”, “se esquentasse menos”, “se ganhasse mais”, etc...

Segundo os conceitos da medicina oriental, o que regula todas as nossas emoções e sentimentos é o nosso “coração emocional”. Vivendo sob constante medo, tensão e insegurança, é muito difícil mantermos um equilíbrio. Mas, como todo bom brasileiro(a) tem um enorme coração que bate forte e não desiste, vamos seguindo em frente.

PS 1: Será que é possível parar de fazer as coisas na condição do “se”, e começar a fazer, incondicionalmente, um Brasil melhor?

PS 2: Boa sorte para todos nós!

Publicado em 23/10/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Lula à dorê ou Tutu à mineira...

No nosso dia a dia tão corrido parece loucura pensarmos em receitas de bolo, tortas salgados, etc...  Achei interessante destacar esta receita novamente, pois o seu nome nos lembra vários acontecimentos em nosso País, ainda mais agora quando já vamos para o segundo turno das eleições!!

Receita de Bolo Formigueiro

Ingredientes:


  • 200 gramas de margarina + 20 mil reais pagos a auxiliares de check-in no aeroporto para senadores;
  • 200 gramas de chocolate granulado + reembolso ilimitado de gastos médicos para os senadores (extensivo a cônjuges e dependentes até 21 anos);
  • 100 gramas de coco ralado;
  • 2 copos de farinha de trigo + 32 pessoas que zelam pelas residências oficiais dos senadores;
  • 4 ovos;
  • 1 copo de leite morno + 26.700 reais (valor do salário de cada senador) + 170 mil reais mensais para contratar até 55 auxiliares de gabinete;
  • 1 copo de açúcar;
  • 1 colher de sopa de fermento em pó;
  • 1 pitada de sal.


Modo de preparo:

Bata numa tigela, com uma colher de pau, o açúcar, as gemas e a margarina e coloque em seguida a farinha de trigo, alternando com o leite morno.
Adicione a Dilma, o Aécio Neves, a Marina Silva , o fermento, o coco ralado, as claras em neve e o chocolate granulado.
Coloque numa forma untada e enfarinhada e leve ao forno médio.

Excelente esta receita de Bolo Formigueiro para desfrutar ao entardecer com seu grupo de amigos! Muito gostosa, prática e fácil de fazer no Brasil.

Caro leitor, caso você também tenha receitas e queira compartilhar conosco, é só enviá-las para a Editoria do O Dia. Eu mesma já estou pensando em fazer um curso de culinária brasileira para que, assim, eu possa aprender como manipular vários ingredientes repetitivamente e sempre conseguir agradar ao gosto popular!

Já estou buscando uma boa receita de Lula à dorê, acompanhada com batatas souté e uma boa caipirinha. Para a sobremesa, acho que vou consultar nossa Presidenta, afinal, o prato citado é seu preferido, incondicionalmente!

PS: Talvez a próxima receita seja de “Tutu à mineira”...

Publicado em 16/10/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Começo e fim...

Neste momento de eleições, já no segundo turno, com tantos assuntos políticos e sociais, eis que tive uma reflexão subjetiva e emocional. Conversando com uma pessoa mais velha, ela me disse: “Nesta vida, é bom aproveitar o meio, pois o começo e o fim, todos sabem, são irremediáveis, nada é para sempre”.

Um pensamento tão simples e claro me fez refletir bastante. Quando crianças, achávamos que nunca iríamos crescer, nos tornarmos adolescentes, adultos e, então, envelhecemos. Tudo sempre parece que é para sempre: quando arrumamos um emprego, casamos, criamos uma família, filhos, separamos, casamos de novo, compramos uma casa, depois vendemos, e assim a vida passa...

Dizem que tanto as coisas boas quanto as ruins não duram para sempre. Está aí mais um ditado popular muito sábio. Depois dessas reflexões, me animei bastante, por incrível que pareça! Claro que os medos e inseguranças aparecem... Penso, logo existo.

Mas, olhando pelo outro lado da moeda, lembrei, mais do que nunca, que o mais importante é viver “o aqui e agora”, já que o ontem já foi e o amanhã ainda não chegou!

Puxa, que bom que ainda dá pra curtir as coisas boas e poder tentar mudar sempre.

Voltando um pouco ao mundo chamado real, no segundo turno desta eleição, o que dizer: “Vote neste ou naquela...”? Cada cabeça uma sentença! Sabemos bem que um pássaro sozinho não faz verão. E assim é a questão de um presidente ou de uma presidenta também.

Seja um ou outra, ambos vão depender do Senado, da Câmara, dos partidos, acertos, coligações, concessões, etc.,etc., etc...

Seja qual for o candidato que vencer, ele ou ela, vão ter um começo e um fim de mandato! O importante é o que vão fazer no meio deste! Se persistirem os sintomas, todos vamos ter que procurar um médico! Quem achar algum, por favor avise.

PS: O que será que vou estar escrevendo em 2018?

Publicado em 09/10/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Vale tudo e um pouco mais...

Alguém se lembra da belíssima novela ‘Vale Tudo’, com a maravilhosa atriz Beatriz Segall na personagem da vilã Odete Roitman e o grande ator Reginaldo Faria no papel de Marco Aurélio, também fazendo um papel de vilão, ambos com muito poder e dinheiro na trama? Puxa vida, cada vez que leio o jornal ou vejo o noticiário na TV, não consigo esquecer desta novela!

Toda semana, aparece na mídia um novo escândalo, uma denúncia e todos os políticos e demais cidadãos envolvidos repetem o mesmo refrão: “Eu nego, é tudo mentira!”. Acho que todos estudaram na mesma escola...

Mesmo com gravações mostrando esquemas de quadrilha, “caixa dois”, lóbis no Planalto, eles negam, negam tudo! Se olharmos para tudo isso como uma mera ficção, podemos dizer que o enredo da trama está muito bom! Mas, por acaso, isso tudo que estamos vendo é a nossa realidade, e cada capítulo desta história vai interferir de verdade nas nossas vidas, nas vidas de nosso filhos, netos, bisnetos...

Sociólogos e analistas políticos divagam sobre o grande mal de não existirem mais os partidos de “esquerda” ou de “direita”. Tudo bem, está mais do que óbvio que isto é uma realidade! E será que este é o problema?

A política, como tudo, se globalizou, ficou moderna, imediatista, individualista. Todos querem um resultado rápido e eficaz.

Aí, me pergunto: “E como está o Brasil hoje? E daqui a dez, vinte ou trinta anos?”. Ainda sentimos na pele a questão de problemas sociais não resolvidos desde os tempos de Dom Pedro I.

Nossos governantes continuam negando seu o apoio à políticas verdadeiras para a sustentabilidade de nosso país e de nossos cidadãos. E, o pior, eles negam que estão negando o seu dever!

PS 1: O que você vai fazer no dia 5/10?
PS 2: O que será que vamos fazer depois do próximo dia 5/10?
PS 3: Quem entrar, por favor, acenda a luz!

Publicado em 02/10/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pergunta: de que cor?

Desde o descobrimento do Brasil até hoje, existe uma enorme exclusão social, e essa desigualdade também tem cor. Quantas vezes você já ouviu, ou até falou: “Sabe aquele cara de cor? Até que ele é legal”. Aí vem a pergunta: de que cor?

Todos nós temos uma cor: branca, amarela, vermelha, negra... Todos nós temos uma etnia. Porque será que, sempre que falamos “de cor”, estamos nos referindo aos negros?

Ficamos indignados ao ouvir os discursos xenofóbicos e nazistas de líderes de extrema direita, enquanto, aqui, tratamos os negros e os índios como estrangeiros que vieram roubar o trabalho dos brancos. Afinal, foram os próprios colonizadores brancos que trouxeram os negros da África para trabalhar como escravos, e os índios já estavam aqui!

O racismo – sutil e disfarçado – no Brasil continua impossibilitando a igualdade de direitos de cidadania. Toda discriminação acaba se transformando em preconceito, e todo preconceito é uma faca de dois gumes: amanhã você pode se tornar a  próxima vitima... Infelizmente, ainda não aprendemos a respeitar as diferenças, que dirá conviver com elas.

Na época da Copa, a FIFA lançou a campanha "Diga não ao racismo". Jogadores posaram para fotos oficiais com cartazes contra o preconceito racial e mensagens sobre o tema foram passadas aos torcedores nos estádios. E adiantou alguma coisa?

Na  visão do ex-jogador campeão do mundo com a França, Lilian Thuram, trata-se de uma iniciativa positiva, mas insuficiente diante do tamanho do problema. “Acho que o futebol é um meio importante para lutar contra o racismo e é possível ir além nessa reflexão”, enfatiza.

O francês lembrou ainda que é fundamental trabalhar o problema do racismo entre os mais jovens. “Não é uma luta. Gosto mais de falar em uma reflexão. Reflexão sobre racismo, sobre sexismo, sobre homofobia”, afirma Thuram.

PS 1: Qual será a cor dos ETS?
PS 2: Faz tanto tempo que não vejo um arco-íris...

Publicado em 25/09/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Réu ou vítima?

A educação em nosso país tem sido um problema grave ao longo de décadas. A cada ano que passa, a evasão nas escolas públicas aumenta cada vez mais. O aluno começa a estudar e depois, devido a problemas de falta de estrutura familiar e financeira, acaba saindo da escola, mesmo antes de acabar o primeiro semestre.

Tudo bem, esse fato já se tornou mais do que corriqueiro. Porém, já há um bom tempo, vem acontecendo, também, uma evasão escolar por parte dos professores, situação que a mídia pouco comenta.

Dados recentes indicam que são dadas 92 licenças por dia a professores da rede pública por estresse, crises nervosas e medo dos alunos. O que soma um total de 70% de licenças no Estado de São Paulo, já no primeiro semestre deste ano.

Quando uma criança pequena não quer ir à escola no primeiro dia de aula, isso é mais do que normal. Ou adolescentes que “matam” as aulas para ir ao cinema, tudo bem. Mas os professores estarem com medo de ir à escola, aí a coisa é grave!

“Eu não quero mais voltar para à sala de aula”, diz Nadia de Souza, 54 anos, professora de história. Ela foi ameaçada de morte por um aluno e diz ter sido ameaçada outras quatro vezes, atingida por urina e quase atingida por uma carteira jogada do terceiro andar da escola que lecionava. Hoje, Nadia está afastada, com depressão profunda e sem sair de casa há mais de um ano.

Bem, quem é o réu e quem é a vitima? Os governantes vivem falando em capacitar mais os professores, dão merendas, uniformes e, se a criança for à escola, até “Bolsa Família”.

Mas e no dia a dia, nas ruas, nas periferias, onde as drogas rolam soltas? As famílias desses alunos estão desestruturadas devido à falta de emprego, moradia, saúde, valores humanos, etc. Como é possível esperarmos que uma criança ou um jovem que vive este esta realidade se comporte como um ser civilizado dentro de uma sala de aula, se ele não é considerado um ser humano fora dela?

PS 1: E o “Dia D” vem chegando...
PS 2: Será que o Tiririca tem razão?

Publicado em 18/09/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Se Dom Pedro soubesse...

A história que aprendemos desde crianças na escola é que no dia 7 de Setembro de 1822, próximo ao riacho do Ipiranga, Dom Pedro levantou a espada e gritou: “Independência ou Morte!”.

Pouco se comenta que o povo, na época, nem sequer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a  D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

Estamos falando da história do Brasil, mas todos estes fatos me remetem aos dias de hoje. O nosso país continua sendo extremamente desigual, em todos os sentidos: econômico, social e político. Quem não quer ser independente, ter o direito ao seu sustento, morar, estudar, trabalhar, ter acesso a hospitais, luz e rede de esgoto? Mas, como diz um bom e velho ditado: “A liberdade não se ganha, se conquista!”.

Aparentemente, podemos ir e vir, afinal, acabou a escravidão...(!?) Mas qual é o significado da  nossa independência? É possível dizer que vivemos como cidadãos livres, seja na área urbana ou rural, se ainda existem pessoas que chegam a ganhar 30 ou 50  reais por mês e usam seu dedo polegar como assinatura?

Ah, esqueci, temos a 'Bolsa Família', a 'Bolsa Escola'... Estamos no ano de 2014 e, lá fora, o Brasil é visto com um país emergente. Talvez nosso maior trunfo seja sermos eternamente o “País do futuro”...

Hoje, os beneficiados, e, diga-se de passagem, muito bem beneficiados, continuam sendo os mesmos! Só mudaram de nome. Mas como isso é possível? Temos uma nova classe emergente, cheia de cartões de crédito – e dívidas com juros praticamente impagáveis. Nossa população tem celulares, TVs de plasma, acesso ao Facebook, envia torpedos! É... Acho que estou exagerando... Olha só quantas coisas mudaram!

PS 1: Você sabia que D. Pedro pagou à Portugal 2 milhões de libras esterlinas pela nossa independência? E ainda com dinheiro emprestado!
PS 2: O reality show continua... Qual candidato vai pro “paredão”?



Publicado em 04/09/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Novos shows na TV!

Já começou uma nova temporada do “BBB político”. Que bom. Vamos ter mais uma opção de entretenimento na TV...

Os candidatos estarão na telinha... Qual deles vai ficar? Qual vai sair? Não se preocupem em decidir rapidamente. Vamos assistir a vários programas, onde poderemos ver seu dia a dia, suas famílias, o que eles comem, bebem, e também suas propostas políticas.

Bem que poderiam ser novos “personagens”, mas parece que há uma dificuldade muito grande para encontrar novos candidatos! Até aparecem alguns novos, mas as “falas” continuam as mesmas. Também, pra quê mudar? Elas têm funcionado tão bem há tanto tempo!

Sei que fica até grosseiro falar assim de um momento tão importante como este, que é a escolha de um novo Presidente ou Presidenta... , Governadores, Senadores, etc, etc.

Mas a sensação que fica é a de um grande espetáculo “pra inglês ver”. Já que a coisa está assim, resta-nos assistir e votar, a cada etapa dos programas, em quem “vai pro paredão” e quem fica no final para levar o grande prêmio nas urnas.

Quem sabe, nos próximos quatro anos, nós, cidadãos comuns, possamos agir e interferir junto com estes novos “personagens” que, supostamente, irão nos representar junto à nossa cidade e nosso país e que terão o dever de melhorar, e não piorar, as condições sociais e econômicas da nossa sociedade.

Caso você quiser variar um pouco a programação, novelas é o que não faltam! Os atores, personagens e a trama são, na maioria, os mesmos também... Temos bandidos, mocinhos, traições, corrupção, romances, de tudo um pouco! Incrível como a arte imita a vida! Talvez não dê para assistir com toda sua família, acho que têm algumas cenas impróprias para menores de 12 anos...


PS: “Se persistirem os sintomas, procure um médico”...

Publicado em 28/08/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

“Bolsa Prazer”...

Celulares cada vez mais sofisticados, TVs com imagem HD, internet sem fio, carros enormes que estacionam sozinhos, aparelhos para diagnósticos médicos computadorizados... Não há dúvidas, vivemos numa sociedade moderna!

Só um pequeno detalhe: qual o preço disso tudo? Dá para falar em um celular sem se preocupar com o valor absurdo de cada minuto? E a TV a cabo, dá para pagar? A gasolina está mais cara do que nunca, exames médicos estão até parcelando no cartão de crédito quando você tem o cartão e o crédito...

Mas como assim? O Brasil está, agora, acima da linha da pobreza! Já estão levando água, luz e esgotos para todos os cantos do País. Ah, e o ‘Bolsa Família’? Todos querem, todos precisam.

Falando em bolsa... Vi uma pequena chamada no jornal, a qual, de início, achei que era uma piada, mas, no país da piada pronta, vi que era verídico! Um homem tentou pagar uma garota de programa com um cartão do ‘Bolsa Família’, em Itapetinga (BA). Também não tinha dinheiro para pagar pela diária do motel. O caso foi parar na polícia, pois o cliente deixou como garantia um toca-CD e o Cartão do Trabalhador, emitido pela Caixa para consultas e saques do FGTS e outros benefícios. “Ele voltou na madrugada e pagou os 58 reais", relata Paulo, funcionário do motel. “A garota de programa ficou no prejuízo”, completa.

E assim caminha a humanidade... Claro que o ‘Bolsa Família’ é um auxílio importante para milhões de brasileiros que não recebem a vara para pescar e continuam dependendo do pequeno peixe que lhes é dado no final do mês. Porém, se insistirmos em manter milhões de pessoas sem acesso à informação, infraestrutura local e profissional, bem como escolas básicas e técnicas, nunca um brasileiro abaixo – ou supostamente acima – da dita “linha da pobreza” se tornará um cidadão digno de respeito a si próprio e muito menos à comunidade em que vive.

PS 1: Política imediatista, um sonho de consumo sem pé nem cabeça!

PS 2: Com que bolsa eu vou?

Publicado em 21/08/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Brasil: adubando dá!

Quem é que já não varreu a casa só “por onde o padre passa”? Eu já! É muito comum deixarmos a as complicações e a sujeira de nossa vida, casa, escritório, em baixo do tapete...

Mais do que nunca, falamos em reciclagem, palavra de ordem de nossos tempos: “recicle sacolas plásticas, preserve o meio ambiente, tome um banho rápido, não deixe a luz acessa ao sair”. Tudo isso é muito bom, porém, continuamos limpando só os cantinhos...

O dia 2 de agosto deste ano marcou o fim dos quatro anos concedidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para os municípios erradicarem os lixões. Dos 5.565 municípios do país, 3.344 não cumpriram a lei. O resultado é a contaminação do ar, do solo e do subsolo. Existem cerca de 400 mil catadores no Brasil. Parte deles trabalha – e até mora – em lixões, sofrendo frequentes acidentes e doenças. Muitas prefeituras pediram ao governo federal o adiamento, por oito anos, da exigência de pôr fim aos lixões.

Infelizmente, no Brasil, prevalece o entendimento equivocado de que lixão se substitui apenas por aterro.  A diretriz maior da Política Nacional de Resíduos Sólidos é adotar a reciclagem de forma intensiva e utilizar o aterro só em último caso. Segundo o Banco Mundial, a reciclagem poderia elevar o PIB do Brasil em U$ 35 bilhões e poupar 10 mil Gigawatt-hora por ano.

Os resíduos secos – papel, plástico, vidro, latas de alumínio e de aço –, cerca de 30% dos resíduos domiciliares, são reaproveitados há décadas pelas indústrias, pois geram grande economia de energia, água e controle ambiental, substituindo matérias-primas virgens, muito mais caras. Uma cidade de 100 mil habitantes pode obter R$ 4,8 milhões por ano, só com a venda dos resíduos secos. E a central de reciclagem pode valorizar essas matérias-primas, principalmente plásticos, produzindo os mais variados utensílios. Sem falar na compostagem do lixo orgânico, reutilização e tratamento da água, produção de adubo, etc, etc...

PS 1: País rico é país sem lixão!
PS 2: Adubando dá...

Publicado em 14/08/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Na terra do nunca!

Vi, recentemente, na TV um filme que me emocionou muito: “Em Busca da Terra do Nunca”. A história é baseada no autor de “Peter Pan”, J. M. Barrie, e mostra como ele vai buscar inspiração para criar o famoso personagem, convivendo com uma família que tem vários filhos e passa por certas dificuldades. Um destes filhos o inspira a criar e levar ao teatro a peça e mostrar como o mundo da fantasia pode se tornar real.

Na 'Terra do Nunca' de Barrie, o mundo é cheio de fadas, gnomos e também vilões, só que nosso herói Peter Pan consegue derrotar o mal.

Em nossa querida “Terra Brasilis”, me sinto como se estivesse vivendo na “Terra do Nunca”, só que com uma pequena diferença... “Na terra do nunca vai mudar nada!”

Agora, mais do que nunca, talvez, porém, contudo, todavia... tenhamos  uma pequena chance de mudar algo! Assim espero... Vem aí mais uma eleição para governadores e Presidente. Vários partidos, candidatos, a maioria já conhecida pela platéia. O enredo da maioria continua o mesmo: “Vamos acabar com a miséria, a violência, a falta de moradia, empregos, mais hospitais, etc, etc, etc...”

Por acaso, as principais favelas do Rio de Janeiro que, aparentemente, já estavam “pacificadas”, projeto no qual foram investidos milhões de reais, voltaram a ser alvo de matanças e chacinas.

Enquanto isso, a nossa Presidenta Dilma insiste na fantasia de que o Brasil já esta acima da linha da miséria! Emprestou 1,37 bilhões de dólares para Cuba, porém anunciou o corte de mais de um bilhão de reais para a segurança pública de nosso país!

Bem, mesmo com todas estas incongruências, vai ter festa na “Terra do Nunca”: no próximo dia 5 de outubro, vamos eleger nossos futuros governantes!

PS 1: Será que vamos precisar chamar Peter Pan e suas fadinhas com urgência para nos salvar de mais um desastre?
PS 2: A “liberdade” não vem pelo correio e nem por e-mail...

Publicado em 07/08/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Guerra: sinônimo de miséria?

Definição de guerra: conflito armado entre grupos ou estados que envolve mortes e destruição; luta.
Miséria: estado de falta de meios de subsistência; pobreza, indigência.

Essas são algumas definições que o dicionário me mostrou sobre ambas as palavras. Concluo, então, que toda guerra leva à miséria física e moral e que toda a miséria leva à guerra.

Infelizmente, o mundo vive em guerra desde que nos conhecemos por “Homo Sapiens”...
No momento atual, uma das guerras que mais tem chamado a atenção é o triste conflito entre Palestina e Israel, o qual também já dura há décadas.

Bombas de lá e de cá, grupos extremistas como o Hamas, soldados armados, mortes, crianças sendo usadas como escudos, mortes de centenas de civis. O que dizer?... Ninguém está certo, a guerra não é uma coisa normal, assim como a miséria também não!

Existem também as guerras veladas: quando crianças e adolescentes são obrigados a se prostituir, quando seus pais as vendem por um saco de farinha ou feijão, trabalho escravo nas áreas rurais de nosso país, falta de esgoto, luz, encanamento, falta de irrigação por falta de vontade (de quem?) em várias regiões do Brasil, seca, fome, miséria humana, guerra psicológica, violência e medo!

Enfim, somos seres primitivos, loucos e insanos querendo nos travestir de homens conscientes e normais...

Bem, o que mais posso dizer?... Talvez Jonh Lennon, quando escreveu a música 'Imagine', seu “manifesto de paz”, conseguiu falar muito mais do que todos nós!

Alguns trechos de sua linda poesia:

“Imagine não existir países
Não é difícil de fazer
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz”

“Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade do Homem
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo”

John Lennon (1940-1980)

PS: Ele foi assassinado por um louco insano, produto da miséria humana, da política inescrupulosa e da guerra sem sentido!

Publicado em 31/07/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 24 de julho de 2014

“DNA corrompido”...

Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela USP (Universidade de São Paulo) revelou dados alarmantes: o número de mortes causadas por homicídios vitimou mais de 5.705 paulistanos, contra 1.368 mortos por Aids.

Claro que esse aumento absurdo da violência em todo o Brasil se deve a vários fatores que já estamos cansados de conhecer, tais como: desemprego, fome, falta de escolas, moradia e, principalmente, a falta de uma perspectiva futura para os cidadãos brasileiros. Mas existe aí uma causa a mais, quase sempre presente em toda essa “epidemia de homicídios”, o tráfico de drogas.

Infelizmente, o maior número de traficantes e usuários de drogas está entre os adolescentes e até crianças, na sua maioria, vindas da periferia e das favelas, afinal eles são o alvo mais fácil de ser atingido, pois, com a completa falta de direitos à escola, lazer e trabalho, esses jovens acabam encontrando no tráfico um sonho de poder consumir e existir. Obviamente, acabam se viciando e, daí pra frente, matando e morrendo dentro desse círculo vicioso.

Além do combate às drogas, é importante combater o vício de uma sociedade que usa e abusa dos miseráveis para enriquecer, afinal de contas, os jovens traficantes são apenas a ponta final de um grande iceberg.

Chego à conclusão de que o ser humano possui “in natura”, um “DNA corrompido”, ou seja, por mais que todos nós saibamos distinguir entre o que é bom e o que não é, a maioria das pessoas e, em especial, as que têm acesso à informação, educação e poder de decisão em vários níveis da sociedade, acabam por usá-lo de maneira abusiva e injusta.

Criar leis que penalizem adolescentes na sua fase mais delicada, aumentar o número de policiais nas ruas, utilizar de violência, nada disso vai adiantar se não dermos um “boot“ e “reiniciarmos nosso DNA”.

PS 1: A vida imita a arte ou a arte imita a vida?
PS 2: A Copa acabou...

Publicado em 24/07/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Nem sempre o óbvio é tão óbvio assim...

Michael Sandel, filósofo e professor da Universidade de Harvard, comentou recentemente em um artigo que estamos caminhando para o que ele chama de uma sociedade mercadista, onde empresas pagam mendigos para guardar lugar na fila, pais oferecem dinheiro para que seus filhos tenham boas notas na escola, paga-se uma fortuna para um cambista por um ingresso da final da Copa, votos e órgãos são vendidos, etc, etc...

Tudo se transforma em mercadoria! Enfim, será que perdemos completamente a noção do valor real do ser humano e do significado da vida?

Aproveito esse momento para refletir sobre a Copa, diga-se de passagem, tão confusa, estranha e triste para todos nós que, infelizmente, tivemos que assistir nossa seleção jogar sem alma, sem coração, apenas levando male, male a bola de lá pra cá e de cá pra lá!

Por que isso? Talvez o óbvio nem sempre seja tão óbvio assim... Mas sempre nos resta uma luz no fim do túnel. Lembrei de um ser humano que acreditava no valor do que fazia, pura e simplesmente: Mané Garrincha, “o anjo das pernas tortas”!

“Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho”, escreveu Carlos Drummond de Andrade.

Não só no futebol, mas em todas as situações da vida, quando as coisas valem mais do que nós mesmos, corremos o risco de nos tornarmos apenas uma mercadoria, um objeto facilmente descartável...

PS: “Enquanto os gringos olhavam minha perna torta, eu ia passando por eles e fazendo meus gols” (Mané Garricha, 1933-1983).

Publicado em 17/07/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Mais ou menos...

Assisti ao último jogo do Brasil na Copa e sofri como todos! Ufa, no final ganhamos. Todos ficaram felizes com a vitória, mas, cá prá nós, o Brasil tem jogado mais ou menos...

Parece que essa estória de mais ou menos tem se tornado um lugar comum em nossas vidas! Quando perguntamos a um amigo como está, ele responde: “mais ou menos”. E assim vai: “como está o trabalho, o governo, o dia, o salário?”, tudo anda nessa toada...

Estranho nos contentarmos com tão pouco e ainda ficarmos felizes... Na matemática, quando multiplicamos, mais com menos dá menos. E na vida também?

Sei que parece fácil falar – e com certeza sei o quão difícil é fazer algo para mudar as coisas –, mas, porém, contudo, todavia... Em algum momento, acordamos e queremos mais: saúde, lazer, dignidade, felicidade, etc., etc...

Fui buscar um pensador contemporâneo – muito querido e amado pela maioria –, para ver o que ele teria a dizer sobre esta questão, nosso querido Chico Xavier. Com certeza, suas palavras falam tudo e muito mais sobre esse sentimento generalizado:

“A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...
Tudo bem!
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum... é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.”

Chico Xavier (1910-2002)

PS 1: Um mais um nem sempre é dois...
PS 2: Vamos continuar torcendo!

Publicado em 03/07/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Um homem chamado Esdras...

Sei que, em tempo de Copa do Mundo, praticamente não temos olhos para mais nada! Também assisti ao último jogo do Brasil e fico feliz por termos vencido!

Mas, enquanto isso, a vida lá fora continua... Trabalho, desemprego, escola, falta de professores, saúde, hospitais sem infraestrutura e médicos, greve de professores, feriados, passeios, dívidas... Um pouco de tudo isso somado à felicidade de ainda estarmos na Copa...

Estava pensando no que escrever, quando recebi este poema de Esdras, um homem humilde, sem teto, sem emprego, sem fama, mas com muita sabedoria!

“Somos filhos dessa pátria idolatrada.
Somos humildes, somos modestos, somos carentes,
Somos honestos, somos humanos,
Somos moradores de rua.
Daqui, admiramos o Sol, observamos a Lua...
Temos, porém, nossa dignidade imaculada.

Por mais que sejamos criticados, julgados...
Por menos que sejamos vistos, ajudados...
Mesmo que sejamos perseguidos, condenados...
Mesmo que sejamos odiados, ignorados...
Ainda assim, mantivemos o caráter, a humildade.
Assim, com fé, almejamos a felicidade.

E, nessa realidade dura, pura, nua, crua,
Lutamos, trabalhamos, vivemos assim, na rua.
Também contribuímos com nossos encargos.
O que reduz a carga para leve feixe,
Traz alívio para nossa consciência.
Quando quem deveria tê-la, se dá a displicência.

Se preciso for, doaremos a eles, aos peixes,
Aos que nadam sentados, aos que nada fazem,
Aos que nos humilham, aos que nada nos trazem,
Boas lições da vida, noções de prudência,
Boa dose de interação, de competência.
Viver com o Sol, com a Lua... Nós merecemos!
Viver sob o Sol, na rua... Nós escolhemos?”

Esdras

PS 1: Enquanto isso, nosso Ex-Presidente Lula da Silva comenta: “Eu e Dilma mostraremos ser possível, criador e criatura, vivermos juntos em harmonia...”

PS 2: Parabéns, Esdras!

Publicado em 26/06/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 19 de junho de 2014

É tudo verdade!

Você está em um ponto de ônibus e vê alguém deixar cair um envelope com R$ 600 e duas contas para serem pagas. O que faria?

Marco Antonio da Silva, 32, viveu essa situação e a encarou como mera "obrigação".

Em São Leopoldo, região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, Marco saía do trabalho como segurança de um evento quando viu uma mulher, na garupa de uma moto, deixar cair o envelope.

Ele e uma senhora que também presenciou a cena trataram de ir pagar as contas que estavam no envelope.

Marco Antonio tirou fotos dos boletos e foi para o Facebook contar a história e tentar achar a dona das contas.

"O pessoal foi compartilhando até que achei a moça à noite, horas depois de ter postado. Ela era amiga de uma amiga minha", diz ele.

Além de pagar as faturas, o segurança queria dar o troco. "Fui lá entregar e ela não acreditava no que tinha acontecido". Eles viraram amigos.

Marco admite que o valor era alto para ele, mas não se sentiu tentado a ficar com o dinheiro. "Seria uma boa grana para mim, mas não pensei duas vezes. Peguei as contas e paguei", explica.

Ele mesmo já passou por situação parecida – apesar do valor ter sido bem menor. "Já perdi R$ 50 de uma prestação e tive que fazer um empréstimo. Sei como é ruim".

A moça que perdeu os boletos, Karine Peyrot, também agradeceu pelo Facebook.

"Genteee!! O rapaz achou a grana com o boleto e pagou a fatura!!...Isso é verdade! Existem pessoas assim, sim!”

Se a gratidão dela não fosse suficiente para confirmar que fez a coisa certa, Marco Antonio teve certeza depois que o caso se espalhou. Muitas pessoas o adicionaram na rede social e deixaram mensagens de apoio.

"Você será a linha de raciocínio para educar meus filhos, com sua permissão", diz um amigo. "Atitudes assim que fazem a gente acreditar e não perder as esperanças no ser humano", comenta outra.

PS: Enquanto isso, a bola rola, rola e rola...

Publicado em 19/06/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Quarenta e quatro anos depois...

“Noventa milhões em ação, pra frente Brasil, do meu coração...” Em minha opinião, nenhuma Copa do Mundo teve um hino tão emocionante – cantado com alegria por todos os brasileiros – quanto a de 1970.

Considerada por muitos a melhor seleção de todos os tempos, a equipe brasileira que conquistou o tri na Copa de 70 reuniu uma verdadeira constelação. Em campo, craques como Tostão, Rivellino, Gérson, Carlos Alberto Torres e Jairzinho, eram os coadjuvantes da estrela maior: Pelé. O “Rei do Futebol” encerrou com chave de ouro sua participação em Mundiais. No auge da carreira, aos 29 anos, fez 4 gols, o mais importante na final contra a Itália. Com um futebol ofensivo, belo e eficiente, o Brasil encantou o mundo e garantiu o título com autoridade.

Quarenta e quatro anos depois...

Copa 2014! Não vou questionar a eficiência do time que vai representar o Brasil nesta Copa, mas sim o estado de espírito da seleção e de todos os cidadãos brasileiros.
Quarenta e quatro anos se passaram desde a Copa de 1970. Um das frases do belo hino da época era: “Todos juntos vamos pra frente Brasil, Brasil, salve a seleção”... Aí é que eu me pergunto: “Pra onde fomos todos juntos? Fomos pra frente?”.

Sei que o futebol é um jogo, e muitos podem pensar: “O que o a Copa tem a ver com a questão social de nosso país”? Eu acho que tem, e muito! Gastos e mais gastos foram feitos em nome deste evento mundial, o qual poderia ser feito em qualquer outro país que tivesse a condição de arcar com gastos de tamanha magnitude e não aqui, onde ainda existem casas sem esgoto ou pessoas que nem casa tem!

Mas a situação está feita. Hoje, começa o grande evento e também acontece o primeiro jogo da nossa seleção. O que nos resta fazer? Criar mais confusões que não vão alterar a ordem dos fatores, torcer para que pelo menos o Brasil ganhe esta Copa ou simplesmente deixar passar este momento e ficar de olho no que podemos ou não fazer de bom depois do dia 13 de julho? Você decide!

PS: Não esqueça a pipoca...

Publicado em 12/06/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 5 de junho de 2014

“Bola do bem”: passe essa bola pra frente!

Mais uma vez, estamos em clima de Copa do Mundo! Os jogos, que acontecem de 12 de junho a 13 de julho, irão decidir quem levará a taça Jules Rimet para casa – curiosidade: o nome do troféu foi dado em homenagem ao seu idealizador, em 1928, na época, presidente da FIFA, durante a primeira Copa do Mundo de Futebol.

Depois de ouvir muitas opiniões e críticas sobre a Copa nas ruas, na tv, nos jornais, comecei a pensar na vida, no mundo... E me perguntei: “Será que o mais importante é ganhar um jogo ou aprender a viver a vida juntos, com sabedoria e parceria, onde todos podem sair ganhando, inclusive eu e você?”.

Lembrei-me, então, de um filme que eu assisti já faz algum tempo, “A Corrente do Bem”, uma estória comovente sobre como uma ideia simples, a de fazer o bem sem esperar nada em troca, pode contagiar todos a sua volta. No filme, um menino de 12 anos cria um desafio para si e para todos ao seu redor: fazer para três pessoas – sejam elas quais forem – algo muito especial, algo que elas não conseguiriam fazer por si só e, daí pra frente, essas pessoas fariam o mesmo por mais três pessoas, e assim por diante.

Não vou contar o final, senão perde a graça... Bem, depois que o filme terminou, tive mais uma vez a certeza de que o mais importante não é ganhar ou perder, mas, sim, viver e ajudar aqueles que estão sem rumo a tentar novamente. Porém, não adianta dar o “peixe” e, sim, a “vara de pescar” e, o mais importante, com muito amor, carinho e cuidado!

Que tal experimentar? Observe uma, duas, três ou mais pessoas as quais você acha que poderia realmente ajudar a viver de verdade. Passe essa “bola do bem” pra frente!

PS 1: Isso não acontece somente em filmes. Há muito tempo, alguém muito importante na história da humanidade disse: “Faça aos outros aquilo que você gostaria que lhe fizessem”. Vamos tentar não esquecer esse conselho tão simples, porém tão necessário, naquela época e, principalmente, nos dias de hoje!

PS 2: Acho que nossos governantes não viram esse filme...

Publicado em 05/06/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Perguntas para quase tudo...

Recentemente, li o livro "Uma Breve História de Quase Tudo", de Bill Bryson, um delicioso guia de viagens pela ciência. Achei a obra muito interessante e separei algumas perguntas e respostas:

– Há quanto tempo existe o universo?
“Há bastante tempo, os cosmologistas vêm discutindo se a criação foi há 10 bilhões de anos, duas vezes essa cifra ou um valor intermediário. Parece estar se formando um consenso em 13,7 bilhões de anos. Será que é definitivo?”

– Quantas espécies vivem em nosso planeta?
“Não temos a menor ideia do número de seres que vivem em nosso planeta. As estimativas oscilam de 3 milhões a 200 milhões. Quantos seres vivos ainda serão descobertos?”

– Geneticamente, qual a semelhança entre homens e macacos?
“O ser humano moderno é 98,4% geneticamente indistinguível do chimpanzé moderno. Há mais diferença entre uma zebra e um cavalo que entre você e as criaturas peludas que seus ancestrais remotos deixaram para trás. Evoluímos ou não?”

Com certeza, todos nós já nos fizemos algumas destas perguntas, além do famoso questionamento: “Quem sou? De onde vim? Para onde vou?”

Eu, pessoalmente, tenho me perguntado de que adianta saber de onde eu vim se eu não sei nem quem sou ou para onde vou?

Claro que eu sei quem eu sou, meu nome, CPF, RG, onde moro, qual o meu trabalho... Mas quem sou eu? Quais são meus desejos verdadeiros, anseios, gostos, o que desejo fazer nesta vida? Será que eu apenas existo?

Penso, logo existo! Tudo bem, mas, daí pra frente, o que é que estamos fazendo com tantas informações e pensamentos fragmentados?

E, pra complicar um pouquinho mais, disseram que, no Brasil, surgiu uma nova classe C, com um poder aquisitivo muito maior, cheia de oportunidades e saldos bancários maravilhosos! Porém, a maioria da população não consegue ganhar mais de um salário mínimo, e olhe lá.

PS 1: Vou perguntar para meu “Oráculo” se escrevo Brasil com “s” ou com “z”...
PS 2: A Copa vem aí... Você está preparado?

Publicado em 29/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dicas de saúde do “Dr. Lula”...

É uma “babaquice” a preocupação de dar condições de Primeiro Mundo ao torcedor na Copa, como “chegar de metrô dentro do estádio”. A afirmação é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em palestra a blogueiros, o petista disse que o brasileiro “nunca teve problema em andar a pé”: “Vai a pé, descalço, de bicicleta, de jumento, de qualquer coisa. Mas o que a gente está preocupado é que tem que ter metrô, tem que ir até dentro do estádio? Que babaquice é essa?”.

Concordo que andar a pé faz bem... Porém, venhamos e convenhamos, me parece que o “Dr. Lula” foi um pouco – pra não dizer bastante – abusado e displicente para com a população brasileira em seu depoimento!

Ele acha que todos têm um personal trainer como ele? E que andam confortavelmente de carro com um chofer, vários serviçais cozinhando, lavando, etc, etc...

“Dr. Lula”, talvez esteja na hora de o Sr. tirar umas férias e colocar a cabeça no lugar! Relembrar dos velhos tempos em que o Sr. era um metalúrgico, acordava às 4h ou 5h da manhã, pegava trem e ônibus lotados, comia uma pequena marmita, trabalhava oito a dez horas por dia em uma fábrica e talvez tivesse que voltar a pé para casa... E mesmo que não tivesse passado por tudo isso, porque esta ideia de maltratar tanto o povo brasileiro? Ainda mais quando estamos falando em obras públicas que são construídas com o dinheiro público!

Alguém se lembra daquele velho refrão: “Brasil: ame-o ou deixe-o”? Até parece que estamos voltando no tempo e que nada mudou. Como dizia uma amiga minha: “Família é tudo igual, só mudam as pessoas na foto”!

Várias décadas se passaram, vários sistemas políticos governaram nosso país – militares, ditadura, esquerda, direita, democracia –, mas, infelizmente, as atitudes de nossos governantes continuam as mesmas.

PS 1: O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) também disse: “Vai ter Copa, sim. Quem não quiser, vá para outro país”.
PS 2: Será que ele paga a passagem, hospedagem e dá o vale- refeição?

Publicado em 22/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Afogada em números...

Eu sempre tive o costume de olhar a previsão do tempo para saber se vai chover, esquentar ou esfriar. Gosto de sair preparada para as quatro estações em um só dia!

De uns tempos pra cá, tenho visto a importância que as mídias têm dado às estatísticas: o valor das ações, a alta dos juros, o que se gastou com a Copa, o que não se fez com o dinheiro gasto... Como se todos nós fôssemos experts no assunto e vorazes aplicadores do mercado financeiro.

Somos bombardeados com informações sem conteúdo palpável e que não nos sugerem nenhuma ação para que possamos colocar em prática uma atitude que vá realmente fazer a diferença no nosso dia a dia.

A estatística mais recente que ouvi foi a de que o Brasil está em quarto lugar no ranking dos países com mais diferenças sociais na América Latina.

Por outro lado, recebemos informações dos governantes falando do crescimento do Brasil, aumento de nosso PIB, aumento do poder aquisitivo da classe C, aquecimento das exportações, e mais gastos e gastos com a Copa...

Tem gente por aí dizendo que estamos melhor que vários países tidos como desenvolvidos. No entanto, grande parte de nossa população está abaixo da linha da pobreza, não consegue fazer nem uma refeição ao dia, não sabe ler nem escrever, mora em condições sub-humanas, etc, etc...

Realmente, somos muito bons em catalogar, pesquisar e oferecer números... Já quanto a resultados, nada! Afinal de contas, por que tantos discursos contraditórios? É só sair nas ruas e ver a nossa verdadeira realidade.

E assim vão passando os dias, as noites, e nós vamos ficando sempre muito bem informados sobre a previsão do tempo!

PS 1: Vamos sediar a Copa, custe o que custar...
PS 2: E depois da Copa? Será que vai chover?

Publicado em 15/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Todos nós podemos ser “mães”!

Agora que vem se aproximando o Dia das Mães, achei interessante destacar uma matéria que saiu em vários jornais. Talvez muitos já tenham visto, porém o que mais me encantou foi o fato de que todos nós – pais, mães, avós, netos, filhos, amigos ou irmãos – podemos ser uma mãe!

Em janeiro de 2013, aos 21 anos, um jovem de Porto Alegre decidiu largar a faculdade de filosofia e o emprego para passar 24 horas ao lado da avó, diagnosticada com Alzheimer cinco anos antes. Aos 79 anos, Nilva Aguzzoli, ou a Vovó Nilva, como ficou conhecida nas redes sociais, passou a ter o neto como cuidador em tempo integral.

"Desde o início da doença, eu e meus pais sempre cuidamos, mas, em 2013, quando percebi que ela estava chegando a um estágio mais avançado da doença, pensei que, em breve, ela poderia nem nos reconhecer mais, e decidi que queria ficar direto com ela”, conta Fernando.

E foi com bom humor que Fernando enfrentou os desafios diários. "Quando ela teve de usar fralda pela primeira vez, ficou incomodada. Então, eu coloquei uma fralda em mim e rimos juntos", conta.

Posturas como a de Fernando podem até ajudar a adiar a evolução da doença, segundo Cícero Gallo Coimbra, professor de Neurologia e Neurociências da Unifesp. "Na maioria dos casos, a atitude da família é cobrar e repreender o parente nos episódios de esquecimento. Essa cobrança leva ao pânico e ao estresse, que bloqueiam a produção de novos neurônios e pioram um quadro de demência", explica o especialista.

E essa foi a linda atitude que Fernando tomou. "Quando eu e minha mãe decidimos levar a vó para realizar o sonho dela, que era conhecer as Cataratas do Iguaçu, muitos perguntavam por que íamos gastar dinheiro com a viagem se, dez minutos depois, ela não se lembraria do passeio. Mas, para nós, não importava se ela lembraria, importava a felicidade que ela teria naquele momento", enfatizou.

Fernando agiu como uma mãe: teve um amor incondicional para com sua avó!

PS: Feliz Dia das Mães para todos e todas as mães do mundo!

Publicado em 08/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O futuro é o minuto seguinte...

Lembro-me de quando eu ainda era criança e me perguntava: “Como serei quando ficar adulta? E quando ficar mais velha? Terminar os estudos, escolher uma carreira, o primeiro emprego, namoro, casamento, filhos, netos...”

Pensando na questão de como nos preocupamos com o futuro, lembrei-me de uma frase que o ator Francisco Cuoco, 80, disse durante uma entrevista que realizei com ele no último mês de outubro, por ocasião do Dia Mundial do Idoso.

Para quem tem o ícone da TV, teatro e cinema na memória – muito lembrado por seus trabalhos na TV, como, “Selva de Pedra” (1972), “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), entre outros – conversar com Cuoco deu-me a oportunidade de ver que ele é uma pessoa humilde, doce, bondosa e, o melhor de tudo, que tem muito respeito pela vida e pelo próximo.

“O tempo passa para todo mundo. O importante é a gente ter cada vez mais consciência de que idade não é um problema, idade é uma consequência. Esqueça os números e os anos. O passado é lindo, ficou lá pra trás, é uma referência importante. O futuro é o minuto seguinte, que é tão precioso que a gente chama de ‘presente’. Então, o presente é importante para que você esteja bem, esteja saudável, esteja feliz!”, refletiu o ator.

Portanto, a mensagem que gostaria de transmitir a todos vocês, amigos e leitores desta coluna, é: olhemos mais para o presente, para as pessoas que estão, hoje, conosco, nossa família, nossos amigos. E, o mais importante, para aqueles que não conhecemos, mas que também são – como já dizia um conhecido sábio dois mil anos atrás – nossos irmãos.

Aproveito a oportunidade para recomendar um belo filme para refletir sobre a vida. “Up – Altas Aventuras” é um desenho animado, mas traz uma história adulta, com uma mensagem de que tudo é possível, ainda mais quando o amor prevalece ao longo de toda uma vida.

PS 1: Viva o 1º de Maio!
PS 2: Trabalhar é preciso, viver também é preciso!

Publicado em 01/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 24 de abril de 2014

“Favela Tour”

Não posso negar meu espanto quando vi, no caderno de turismo de um jornal de São Paulo, uma matéria sobre um novo roteiro turístico: as favelas do Rio de Janeiro. “Com a pacificação das favelas, é possível que turistas conheçam novos ângulos das praias e da cidade. A segurança para circular é ‘semelhante à do asfalto’”. A matéria destaca os principais atrativos turísticos: Morro do Alemão, do Borel, Cantagalo, etc. Em todos os morros, temos várias opções: um mirante, a igreja da Providência construída há cerca de 200 anos, além de opções de guias locais.

Esta exaltação às favelas cariocas é o que mais me surpreende e, se não me falha a memória, há pouquíssimo tempo esta região era considerada uma das mais perigosas e completamente dominada pelas drogas. De repente tudo mudou...

No ano da Copa, em um piscar de olhos, todo o complexo do Alemão e adjacências estão “pacificados” e, ainda mais, pronto para receber turistas de todo o mundo! Dá pra acreditar?

Tudo muito politicamente correto. Quero deixar claro que não estou descriminando ninguém e, muito menos, as favelas, muito pelo contrário. Acho um absurdo transformar a questão da favelização, não só do Rio, mas de todo o Brasil, em um grande circo para inglês ver!

Enquanto milhares de pessoas vivem nelas em uma situação desumana, sem água potável, esgoto, em casas construídas nos morros com restos de papelões, nosso governo quer nos convencer e, pior, convencer o mundo afora, de que favela é sinônimo de cultura e turismo!

Daqui a pouco, morar na favela vai ser “bacana”. Vão até dizer que é um projeto de vida sustentável e ecológico, já que todas as casas são feitas com “material reciclado” e você vive sempre perto da “natureza em estado intocável”.

PS 1: Favela (do dicionário Michaelis): Aglomeração de casebres ou choupanas toscamente construídas e desprovidas de condições higiênicas.
PS 2: Estande do Rio Top Tour, do governo estadual, informa sobre pontos de visitação...
PS 3: Prefiro experimentar saltar de paraquedas!

Publicado em 24/04/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).