quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Salve o ser humano!

Nunca vi tantas matérias e tanto alarde sobre o “fim do mundo em 12/12/2012”. Previsão Maia, Asteca, astrológica, ou mesmo científica: qual é a diferença?

Será possível acreditar que o mundo vai acabar em um dia? Ou em um determinado ano? Ou talvez ninguém queira perceber que todos os dias, há centenas de anos, nós estamos acabando com o planeta e com todos os seres vivos que o habitam?

Alguém se lembra que o ano de 2010 começou sacudindo o planeta? Nos primeiros dezenove dias do ano, ocorreram terremotos no Haiti, Argentina, Papua, Nova Guiné, Irã, Guatemala, El Salvador e no Chile. Pois bem, estávamos no início de 2011.

O Japão também sofreu, neste ano, um dos piores desastres de sua história: um grande tsunami, acompanhado de terremotos e, como consequência, a explosão de uma grande usina nuclear local.

Terremotos têm demonstrado sua força há séculos. Em 1755, um terremoto destruiu quase completamente a cidade de Lisboa. O sismo foi seguido de um tsunami. No século passado, em 1964, aconteceu o maior terremoto do mundo, no Alasca.

Não sou acadêmica da área ambiental, mas posso supor que, com todo o conhecimento científico que temos hoje, um dos grandes vilões de todas essas tragédias é a nossa ganância, colocando sempre à frente os lucros gerados por usinas nucleares, petróleo, desmatamentos e, principalmente, a falta de investimento na prevenção destas catástrofes.

Bem, na fome, miséria, doenças do século passado e retrasado, que ainda, vergonhosamente, existem em nosso planeta, pouco se fala. O grande slogan do momento é “Salve o planeta!”. Que tal criarmos uma nova onda? “Salve o ser humano!”

PS: O ser humano tem se colocado em perigo e maltratado a si mesmo, ao próximo e à nossa mãe Terra desde o momento em que, como dizem, se tornou um “ser racional e pensante”... Todos os dias podem ser 12/12/ 2012. Tome uma atitude hoje! Nós somos o planeta!

Publicado em 27/10/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Brincar de Amarelinha...

No dia 12 de outubro comemorou-se o Dia da Criança – feliz coincidência com o mês da terceira idade. E, no mês da criança, nada melhor do que falar um pouco sobre as brincadeiras da infância e como elas surgiram.

Não se conhece a origem, seus criadores são anônimos. Sabe-se apenas que são provenientes de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos.

Como é bom reviver esses jogos, recordar as brincadeiras e os brinquedos daquela época e também lembrar de um tempo onde o mais importante não era o produto final: o brinquedo pronto e acabado.

Por exemplo, na brincadeira “Vamos brincar de casinha”, o que parecia-nos mais interessante era procurar objetos para arrumar a casinha, onde expressávamos toda nossa criatividade. “Pular corda” exigia mais de uma criança na atividade, daí a formação dos grupos e, assim, íamos experimentando todas essas brincadeiras.

O aprendizado desses costumes fortaleceu a sociabilidade e estimulou a liberdade. Algumas brincadeiras resistiram ao tempo e continuam iguais: “Amarelinha”, “Cabra Cega”, “Passa Anel”, “Cabo de Guerra”, “Pião”, “Cinco Marias”, “Esconde Esconde”, entre tantas outras.

Sei que pode parecer saudosismo, mas acho que lembrar como brincávamos e o os brinquedos que na maioria das vezes nós mesmos manufaturávamos com um pedaço de cabo de vassoura, um copo, uma linha de costura, ou mesmo um papelão, nos leva a um olhar mais profundo de como estamos educando nossos filhos hoje. Que infância estamos lhes proporcionando ao comprarmos “brinquedos higtech”, super automatizados que fazem tudo sozinhos e criam uma criança passiva e solitária?

Mas tudo bem, nunca é tarde para despertamos a criança que está dento de nós e de nossos filhos.

PS: Que tal montar alguns barquinhos de papel e soltá-los no lago com as crianças neste fim de semana?

Publicado em 20/10/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Adote esta atitude!

Bem, mesmo tendo comemorado a data do 1º de outubro, Dia Nacional e Internacional do Idoso, é preciso lembrar e agir para que a violência contra a pessoa idosa seja combatida e exposta nas mídias e na sociedade como um fato real e que, infelizmente, faz parte de nosso cotidiano.

Hoje, mais de 21 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais. É inconcebível aceitar a violência, não só física como também psicológica, que acomete idosos de todas as classes sociais. Na maioria das vezes, a agressão vem de pessoas da própria família ou próximas ao idoso. O abandono nos asilos, a falta de carinho, a pressão psicológica e o descaso também são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas.

O abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais os idosos depositam confiança: familiares, vizinhos, cuidadores, funcionários de banco, médicos, advogados, etc.

No Brasil, 65% dos idosos consideram maus-tratos a forma preconceituosa e o descaso que existe por parte da sociedade e dos governantes: as baixas aposentadorias, o desrespeito que sofrem no transporte público, a falta de leitos hospitalares para idosos, entre tantas outras coisas.

A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República lançou em dezembro de 2005 o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa. No documento, são expressas as competências e ações dos Ministérios e a co-responsabilização dos estados e municípios no desenvolvimento de ações para o enfrentamento da violência a pessoa idosa no território nacional.

Sabemos que, mesmo assim, ainda existe um caminho longo para extirpar este mal de nossa sociedade. Para uma ação prática e imediata, o Portal Terceira Idade criou a Campanha “Diga não à violência contra a pessoa idosa”, um canal direto com advogados e especialistas na área, no qual você pode fazer uma denúncia e, se preferir, manter seu anonimato.

Adote esta atitude! Combata e denuncie a violência contra a pessoa idosa.

Publicado em 06/10/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).