quinta-feira, 30 de junho de 2011

Adote um bichinho!

Pesquisas realizadas na Austrália e na Suíça mostram que quem tem um animal de estimação gasta menos com médicos, previne problemas cardíacos e se recupera melhor de cirurgias. Em vários países, hospitais já admitem a presença deles para auxiliar no tratamento dos pacientes.

“Eles podem ser o fator fundamental de cura para doenças físicas e emocionais, além de melhorar a auto-estima, o bom humor e os relacionamentos”, afirma Dennis Turner, presidente da Associação Internacional das Organizações de Interação Homem-Animal (Iahaio, na sigla em inglês), com sede em Washington (EUA).

Bem, agora que as férias estão chegando, os filhos vão ficar mais tempo em casa e, com certeza, eles vão exigir mais sua atenção. Quem sabe esta é uma boa hora para adotar um bichinho de estimação. Assim, você estará fazendo um bem para você, sua família e também para uma imensidão de animais que estão à espera de um lar.

As ONGs que trabalham em defesa dos bichos estimam que a população de cães e gatos a espera de um dono chegue a um milhão, e o interessado em um deles passa por uma entrevista de avaliação para que a adoção tenha chances de ser bem-sucedida e o animal não corra o risco de voltar às ruas.

Quem procura um animal de estimação pode adotar cães e gatos, filhotes ou adultos, machos ou fêmeas, sem raça definida ou com pedigree. Basta se adequar às noções de posse responsável e ter carinho e amor pelo animal.

Sei que, em um país como o nosso, pode parecer supérfluo ou mesmo falta de consciência pensar em adotar um cão ou um gato, ao invés de adotar uma criança. Mas cada um faz o que pode. Claro que, se você puder adotar uma criança também, será maravilhoso, afinal temos milhares delas precisando de um lar e carinho.

Acredito que o que vale mais no fim das contas é se dispor a adotar, seja um bichinho ou uma criança, ao invés de pensar em comprar um cachorro de “sangue azul”, ou “só vou cuidar dos meus filhos, que são sangue do meu sangue”. Adotar é um ato de amor e consciência social!

Publicado em 30/06/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Boas notícias!

2011: notebooks, celulares com telas sensíveis ao toque que navegam na internet com dezenas de aplicativos úteis para o dia a dia, inclusive, talvez, o computador, que você está usando para ler confortavelmente esta notícia...

Isso pareceria um cenário de ficção científica para uma pessoa do começo do século XX, época em que a TV, o rádio e o telefone ainda não existiam – sem falar de automóveis, aviões, viagens espaciais e mapeamento de nosso DNA.

Um dos visionários e criadores desta realidade que vivemos hoje foi o estatístico Herman Hollerith, que, no final do século XIX, nos Estados Unidos, idealizou uma solução para reunir e contabilizar, de maneira rápida e eficiente, todos os dados levantados pelo censo de 1890. Em 1896, Hollerith criou a Tabulating Machine Company e, em 1911, após a fusão com duas outras empresas, nascia a Computing Tabulating Recording Co. – CTR.. Em 1924, surge a IBM, International Business Machines. A sua primeira filial fora dos Estados Unidos foi inaugurada no Brasil, em 1917.

No dia 16 de junho, a IBM completou 100 anos. Ao longo de um século, a companhia desempenhou um papel fundamental na transformação das empresas, da ciência e da sociedade.

Para celebrar seu centenário, a IBM envolveu, ao longo deste ano, funcionários ao redor dos 170 países em que a empresa está atuando em uma série de iniciativas em parceria com a comunidade, entre elas o “Service Day”, que começou no dia 15 de junho.

Este projeto incentivará os 400 mil profissionais da companhia, além de seus familiares, clientes, e funcionários aposentados, a desenvolverem trabalhos voluntários. O Service Day já contabilizou, até agora, 449.077 horas de trabalho voluntário!

PS: O Portal Terceira Idade foi uma das instituições escolhidas pela IBM para participar do Service Day. Um de seus funcionários está, desde o início deste mês, escrevendo para a nova seção do Portal: “Informática e Internet”.

Publicado em 23/06/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Diga não à violência!

A violência já faz parte do nosso cotidiano e, infelizmente, parece que se tornou um substantivo banal. Mais ainda quando falamos em campanhas, ou frases como o título desta coluna.

Eu mesma penso: “E como vou colocar isso em prática? Vou me reunir a um grupo? Tenho que sair nas ruas com cartazes e reunir centenas de pessoas?” Já fiz essas coisas e acho que são muito válidas, mas o que funciona mesmo é começar a agir no nosso dia a dia, na nossa casa, nosso trabalho, com nossos familiares e amigos.

E já que estamos falando em violência, ontem, 15 de junho, foi comemorado o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi criada com o objetivo de despertar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa.

A violência, não só física como também a psicológica, acomete idosos de todas as faixas econômicas. Na maioria das vezes, a agressão vem de pessoas da própria família ou próximas a eles. O abandono nos asilos, a falta de carinho, a pressão psicológica e o descaso são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas.

Segundo pesquisas, o abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais os idosos depositam mais confiança: familiares, vizinhos, cuidadores, funcionários de banco, médicos, advogados, etc.

No meu simples e mortal entendimento, abusar de uma pessoa idosa é uma atitude indesculpável e doentia. Por isso, é bom ficarmos alertas ao contratarmos um cuidador para nossos pais ou avós, prestarmos atenção quando os levamos a um hospital e temos que deixá-los sozinhos, enfim, cuidá-los com muito amor e carinho, 24 horas por dia!

Qualquer tipo de abuso contra outro ser humano que não possa se defender é uma covardia. Mas abusar de idosos e crianças é realmente uma vergonha!

PS: No Brasil, 65% dos idosos consideram maus-tratos a forma preconceituosa como são tratados pela sociedade em geral: as baixas aposentadorias, os desrespeitos que sofrem no transporte público, etc., etc...

Publicado em 16/06/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O “PIB da Felicidade”

Vários países, como a Inglaterra e a França, já discutem a ideia de que medições como o PIB (produto interno bruto) não são suficientes para aferir o grau de desenvolvimento de uma nação e de que a felicidade deveria ser um fator a ser contabilizado também.

Mas como medir um fator aparentemente tão subjetivo? Curiosamente, pela primeira vez, a prefeitura de uma cidade americana chamada Somerville resolveu fazer um censo buscando saber a taxa de felicidade de seus habitantes e, a partir daí, traçar políticas públicas.

Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, resolveu investigar cientificamente como o fator felicidade atua em nosso cérebro. A pesquisa foi realizada através da faculdade de saúde pública de Harvard acompanhando cinco mil pessoas durante 20 anos, utilizando aparelhos de ressonância magnética e grupos de controle, dando, assim, caráter científico a práticas milenares como meditação e yoga. Também nos hospitais foram feitos testes que demonstraram que pessoas felizes têm menos propensão a problemas do coração, hipertensão, diabetes e infecções.

O professor Gilbert pôde constatar cientificamente como determinadas sensações, sejam elas positivas ou negativas, desencadeiam reações biológicas em nosso organismo. Outra cientista da saúde, responsável pelo curso de ciência da felicidade de Harvard, Nancy Etcoff, também afirmou: “O trabalho voluntário aciona um sistema de recompensa muito maior no cérebro do que o cuidado intenso de muitas mulheres e homens com sua aparência física e seus bens materiais”.

Este tipo de conhecimento pode nos alertar sobre o fato de muitas vezes estarmos buscando a satisfação no lugar errado... Reconheço que, no Brasil, é muito difícil falar em felicidade quando ainda, vergonhosamente, falta alimento na mesa de muitos cidadãos. Talvez, no nosso caso, o segredo seja nos doarmos cada vez mais a quem precisa e a nós mesmos.

PS: Beijos e abraços também trazem felicidade!

Publicado em 09/06/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tem algum “pobrema”?

Você lembra como se sentiu quando leu ou escreveu pela primeira vez? É bem provável que não, parece até que já nascemos lendo e escrevendo! Mas, com certeza, deve ter sido um momento mágico.

Num país como o Brasil, onde existem milhares de analfabetos e falta de escolas públicas, chega a ser um privilégio poder ler e até escrever. Não bastasse esta realidade cruel que nossas crianças e adultos vivem já há muitos e muitos anos, ainda somos pegos de surpresa por uma nova corrente educacional, que defende a ideia de que não existe certo ou errado na língua portuguesa.

Para este grupo de pessoas, que tem a coragem de se denominar pedagogos, chamar a atenção de um aluno que escreve ou fala gramaticalmente errado é um “preconceito linguístico”. Adotado nas aulas de português para milhões de estudantes do ensino fundamental, o livro “Por uma Vida Melhor” é uma amostra desta insanidade acadêmica.

Heloisa Ramos, uma das autoras desta obra insana, cita no livro: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’?’, ou ‘Nós pega o peixe?’. Claro que pode”. O erro crasso de concordância é apenas uma “variação popular”, diz a autora. E mais, ela ainda diz que a língua culta, ou seja, a gramática que rege as regras de nossa língua portuguesa, é um “instrumento de dominação das elites”...

Eu fiquei totalmente pasma com estas afirmações e, pior ainda, saber que o Ministério da Educação autorizou a edição do tal livro e sua distribuição para as escolas públicas. Aonde o nosso governo que chegar com essa atitude?

Banalizar a educação e destituir-se da responsabilidade de propiciar um estudo básico para nossas crianças e jovens carentes até que parece ser uma boa saída para os governantes se eximirem de investir em nossa educação e poder falar cada vez mais que somos um “país emergente”. Emergente do que e de onde? De uma grande vergonha nacional e inescrupulosa.

PS: Se você ainda não leu o livro “Ratos e Homens” (de John Steinbeck, Ed. L&PM), este é um bom momento!

Publicado em 02/06/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).