quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reivindicação por direitos iguais, em 1857, deu origem ao Dia Internacional da Mulher

É com muito orgulho que, mais uma vez, todas as mulheres do mundo comemoraram, no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. A data é celebrada desde 1910, quando uma conferência internacional na Dinamarca decidiu homenagear um grupo de mulheres que, 53 anos antes (em 1857), foram brutalmente assassinadas.

Em 8 de março daquele ano, funcionárias de uma fábrica de Nova York (EUA) decidiram fazer uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho, diminuição da jornada –na época, de 16 horas – e salários iguais ao dos homens – mulheres ganhavam cerca de um terço do salário pago aos homens. Esta manifestação foi reprimida com brutal violência. As funcionárias foram trancadas dentro da fábrica, que, em seguida, foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.

A criação da data, que só foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975, não aconteceu apenas para relembrar tal acontecimento. Na maioria dos países, o dia 8 de março é marcado por debates, conferências, reuniões e discussões sobre o papel da mulher na sociedade atual.

Desde a criação do Dia Internacional da Mulher, muita coisa mudou: das reivindicações do filósofo francês Condorcet em 1788, que exigia a participação política, emprego e educação para as mulheres, até a conquista do direito de votar e de serem eleitas para cargos nos poderes executivo e legislativo – o que no Brasil só foi aceito em 1932.

Nas décadas de 60 e 70, surgiram os movimentos feministas, foi criada a pílula, acabaram com o “soutien de bojo”, mulheres começaram a ocupar cargos políticos, diretorias e gerências em empresas privadas.

Não deixe que a mídia banalize a mulher, que, na maioria das vezes, ainda é mais conhecida pelas suas medidas de cintura e busto do que por sua cabeça e consciência.

PS. Vale a pena conferir o vídeo “One Woman” (Uma Mulher), uma celebração musical contra a violência à mulher, com a participação de 25 artistas de 20 países distintos: http://youtu.be/Dnq2QeCvwpw

Publicado em 26/02/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Quarta de Cinzas, quinta de reflexões...

E agora? Passou o Natal, o Ano Novo, o Carnaval... O que é que a gente faz? Deixa como está? Continuamos  reclamando do Lula, do Serra, da Dilma, do Arrruda, do Sarney, do Collor, do Renan, do Palocci, do Delubio, da Roseanne Sarney, dos políticos distritais de Brasília, e de quase todos os  picaretas do Congresso?

Pensei em fazer uma pequena reflexão pós-carnaval. Quase que em uma sintonia plena, recebi um WhatsApp de um amigo, com um texto que, em poucas palavras, disse muito sobre nosso “jeitinho  brasileiro de ser”. “Vale a pena ver de novo!”...

Brasileiros e brasileiras:

- Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas;

- Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas;

- Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração;

- Trocam voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo e até dentadura;

- Falam no celular enquanto dirigem;

- Violam a lei do silêncio;

- Dirigem após consumir bebida alcoólica;

- Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho;

- Fazem “gato” de luz, de água e de TV a cabo;

- Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda para pagarem menos imposto;

- Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas;

- Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 reais, pedem nota fiscal de 20;

- Comercializam objetos doados nas campanhas de catástrofes;

- Estacionam em vagas exclusivas para deficientes;

- Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem;

- Levam das empresas onde trabalham, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis – como se isso não fosse roubo...

E querem que os políticos sejam honestos... Quem são esses políticos que aí estão? Vieram de Marte?

PS 1: Quem é o criador e quem é a criatura?
PS 2: Acho que vou me olhar no espelho de novo!
PS 3: Um mais um nem sempre é igual a dois...

Publicado em 19/02/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

“Mais de mil palhaços no salão...”

Agora que estamos finalmente a alguns dias do Carnaval – um dos eventos mais esperados pelos brasileiros durante o ano inteiro –, lembrei-me das lindas marchinhas que tocavam nos anos 60, entre elas, uma que cai muito bem para os tempos de hoje, Máscara Negra, interpretada pela magistral Dalva de Oliveira, quando ela canta: “mais de mil palhaços no salão...”.

E fora do salão? Talvez sejamos mais de duzentos milhões de palhaços! Parece duro falar assim, mas que outra conclusão posso tirar de um país onde a miséria rola solta e os donos do circo estão no poder? Inclusive, estes nem de fantasia precisam, pois já usam suas “máscaras negras” o ano inteiro...

Mas vamos curtir a folia, porque só Deus sabe o que vem depois. Li uma pesquisa que cita o surgimento do Carnaval como uma festa que já existia dez mil anos antes de Cristo, quando os povos que habitavam as margens do rio Nilo, no Egito, comemoravam suas colheitas.

Os homens daquela época entravam em estado de utopia através da comemoração. No momento da festa, se desligavam das coisas ruins e saudavam as que lhes pareciam boas, com danças e cânticos para espantar as forças negativas.

Para os foliões de hoje, me parece que o sentimento de utopia é idêntico! Seguindo as antigas tradições, durante a semana do Carnaval não existem problemas políticos ou sociais, existe apenas a visão de mulheres quase nuas desfilando sem parar!

Algumas escolas de samba ainda falam da realidade do Brasil e contam nossa história através de seus belos enredos. Porém, os grandes patrocinadores tornam este momento único em um “Carnaval para inglês ver”!

PS 1: “Tanto riso, oh quanta alegria”, “Mamãe, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar”, “Ó abre alas, que eu quero passar”...

PS 2: Você já escolheu sua fantasia? Tem máscara da Dilma, do Lula, da Graça Foster, do Tiririca, etc, etc, etc...

PS 3: O último que sair nem luz vai ter pra apagar! Água, só se for Perrier...

Publicado em 12/02/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Cientistas estão bem perto de achar a cura para o mal de Alzheimer

Cientistas dos Estados Unidos deram mais um passo na difícil busca para uma possível cura para o mal de Alzheimer, que mata pelo menos 60 mil pessoas por ano no mundo. Uma equipe da Universidade de Stanford descobriu o motivo de seu desenvolvimento no cérebro e um caminho para evitar a doença.

Os cientistas descobriram que o mal de Alzheimer se desenvolve quando células do cérebro morrem devido ao mal funcionamento de outro tipo de célula, a micróglia, cuja função é realizar uma espécie de “limpeza” no órgão para evitar bactérias, vírus e outros depósitos perigosos. Segundo o estudo, a diferença entre os jovens e os pacientes que desenvolvem o mal de Alzheimer é que, em idosos, as células micróglias reduzem sua eficácia devido à ação de uma proteína chamada EP2.

Assim, os cientistas testaram em ratos o bloqueio da proteína EP2, que justamente faz com que a micróglia perca sua força. Com essa barreira, ela funcionaria normalmente e continuaria seu processo de aspirar substâncias que causem danos no sistema cerebral. E os resultados foram positivos!

Em entrevista ao site britânico The Telegraph, a professora de neurologia e ciências neurológicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Standford, Dra. Katrin Andreasson, explicou que, no teste com ratos jovens, as micróglias mantiveram o seu funcionamento normal. Já nos ratos mais velhos, a proteína EP2 conseguiu parar as células. Então, alguns dos animais foram geneticamente manipulados para não ter a EP2, e assim, o Alzheimer não se desenvolveu. Nos casos em que a doença já tinham sido diagnosticada, ao se bloquear a proteína, o resultado foi o de reversão da perda de memória.

Resta torcer para que a cura chegue o mais rápido possível, e eliminarmos de vez a sobrecarga emocional, física e social que ocorre com os familiares e os portadores da doença.

PS. Um vídeo produzido pela AboutAlzOrg explica, de maneira simples e fácil, o que é e como progride o Mal de Alzheimer. Você pode conferir em: http://youtu.be/J7ZPhAQYn5Q

Publicado em 05/02/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).