quinta-feira, 29 de maio de 2014

Perguntas para quase tudo...

Recentemente, li o livro "Uma Breve História de Quase Tudo", de Bill Bryson, um delicioso guia de viagens pela ciência. Achei a obra muito interessante e separei algumas perguntas e respostas:

– Há quanto tempo existe o universo?
“Há bastante tempo, os cosmologistas vêm discutindo se a criação foi há 10 bilhões de anos, duas vezes essa cifra ou um valor intermediário. Parece estar se formando um consenso em 13,7 bilhões de anos. Será que é definitivo?”

– Quantas espécies vivem em nosso planeta?
“Não temos a menor ideia do número de seres que vivem em nosso planeta. As estimativas oscilam de 3 milhões a 200 milhões. Quantos seres vivos ainda serão descobertos?”

– Geneticamente, qual a semelhança entre homens e macacos?
“O ser humano moderno é 98,4% geneticamente indistinguível do chimpanzé moderno. Há mais diferença entre uma zebra e um cavalo que entre você e as criaturas peludas que seus ancestrais remotos deixaram para trás. Evoluímos ou não?”

Com certeza, todos nós já nos fizemos algumas destas perguntas, além do famoso questionamento: “Quem sou? De onde vim? Para onde vou?”

Eu, pessoalmente, tenho me perguntado de que adianta saber de onde eu vim se eu não sei nem quem sou ou para onde vou?

Claro que eu sei quem eu sou, meu nome, CPF, RG, onde moro, qual o meu trabalho... Mas quem sou eu? Quais são meus desejos verdadeiros, anseios, gostos, o que desejo fazer nesta vida? Será que eu apenas existo?

Penso, logo existo! Tudo bem, mas, daí pra frente, o que é que estamos fazendo com tantas informações e pensamentos fragmentados?

E, pra complicar um pouquinho mais, disseram que, no Brasil, surgiu uma nova classe C, com um poder aquisitivo muito maior, cheia de oportunidades e saldos bancários maravilhosos! Porém, a maioria da população não consegue ganhar mais de um salário mínimo, e olhe lá.

PS 1: Vou perguntar para meu “Oráculo” se escrevo Brasil com “s” ou com “z”...
PS 2: A Copa vem aí... Você está preparado?

Publicado em 29/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dicas de saúde do “Dr. Lula”...

É uma “babaquice” a preocupação de dar condições de Primeiro Mundo ao torcedor na Copa, como “chegar de metrô dentro do estádio”. A afirmação é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em palestra a blogueiros, o petista disse que o brasileiro “nunca teve problema em andar a pé”: “Vai a pé, descalço, de bicicleta, de jumento, de qualquer coisa. Mas o que a gente está preocupado é que tem que ter metrô, tem que ir até dentro do estádio? Que babaquice é essa?”.

Concordo que andar a pé faz bem... Porém, venhamos e convenhamos, me parece que o “Dr. Lula” foi um pouco – pra não dizer bastante – abusado e displicente para com a população brasileira em seu depoimento!

Ele acha que todos têm um personal trainer como ele? E que andam confortavelmente de carro com um chofer, vários serviçais cozinhando, lavando, etc, etc...

“Dr. Lula”, talvez esteja na hora de o Sr. tirar umas férias e colocar a cabeça no lugar! Relembrar dos velhos tempos em que o Sr. era um metalúrgico, acordava às 4h ou 5h da manhã, pegava trem e ônibus lotados, comia uma pequena marmita, trabalhava oito a dez horas por dia em uma fábrica e talvez tivesse que voltar a pé para casa... E mesmo que não tivesse passado por tudo isso, porque esta ideia de maltratar tanto o povo brasileiro? Ainda mais quando estamos falando em obras públicas que são construídas com o dinheiro público!

Alguém se lembra daquele velho refrão: “Brasil: ame-o ou deixe-o”? Até parece que estamos voltando no tempo e que nada mudou. Como dizia uma amiga minha: “Família é tudo igual, só mudam as pessoas na foto”!

Várias décadas se passaram, vários sistemas políticos governaram nosso país – militares, ditadura, esquerda, direita, democracia –, mas, infelizmente, as atitudes de nossos governantes continuam as mesmas.

PS 1: O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) também disse: “Vai ter Copa, sim. Quem não quiser, vá para outro país”.
PS 2: Será que ele paga a passagem, hospedagem e dá o vale- refeição?

Publicado em 22/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Afogada em números...

Eu sempre tive o costume de olhar a previsão do tempo para saber se vai chover, esquentar ou esfriar. Gosto de sair preparada para as quatro estações em um só dia!

De uns tempos pra cá, tenho visto a importância que as mídias têm dado às estatísticas: o valor das ações, a alta dos juros, o que se gastou com a Copa, o que não se fez com o dinheiro gasto... Como se todos nós fôssemos experts no assunto e vorazes aplicadores do mercado financeiro.

Somos bombardeados com informações sem conteúdo palpável e que não nos sugerem nenhuma ação para que possamos colocar em prática uma atitude que vá realmente fazer a diferença no nosso dia a dia.

A estatística mais recente que ouvi foi a de que o Brasil está em quarto lugar no ranking dos países com mais diferenças sociais na América Latina.

Por outro lado, recebemos informações dos governantes falando do crescimento do Brasil, aumento de nosso PIB, aumento do poder aquisitivo da classe C, aquecimento das exportações, e mais gastos e gastos com a Copa...

Tem gente por aí dizendo que estamos melhor que vários países tidos como desenvolvidos. No entanto, grande parte de nossa população está abaixo da linha da pobreza, não consegue fazer nem uma refeição ao dia, não sabe ler nem escrever, mora em condições sub-humanas, etc, etc...

Realmente, somos muito bons em catalogar, pesquisar e oferecer números... Já quanto a resultados, nada! Afinal de contas, por que tantos discursos contraditórios? É só sair nas ruas e ver a nossa verdadeira realidade.

E assim vão passando os dias, as noites, e nós vamos ficando sempre muito bem informados sobre a previsão do tempo!

PS 1: Vamos sediar a Copa, custe o que custar...
PS 2: E depois da Copa? Será que vai chover?

Publicado em 15/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Todos nós podemos ser “mães”!

Agora que vem se aproximando o Dia das Mães, achei interessante destacar uma matéria que saiu em vários jornais. Talvez muitos já tenham visto, porém o que mais me encantou foi o fato de que todos nós – pais, mães, avós, netos, filhos, amigos ou irmãos – podemos ser uma mãe!

Em janeiro de 2013, aos 21 anos, um jovem de Porto Alegre decidiu largar a faculdade de filosofia e o emprego para passar 24 horas ao lado da avó, diagnosticada com Alzheimer cinco anos antes. Aos 79 anos, Nilva Aguzzoli, ou a Vovó Nilva, como ficou conhecida nas redes sociais, passou a ter o neto como cuidador em tempo integral.

"Desde o início da doença, eu e meus pais sempre cuidamos, mas, em 2013, quando percebi que ela estava chegando a um estágio mais avançado da doença, pensei que, em breve, ela poderia nem nos reconhecer mais, e decidi que queria ficar direto com ela”, conta Fernando.

E foi com bom humor que Fernando enfrentou os desafios diários. "Quando ela teve de usar fralda pela primeira vez, ficou incomodada. Então, eu coloquei uma fralda em mim e rimos juntos", conta.

Posturas como a de Fernando podem até ajudar a adiar a evolução da doença, segundo Cícero Gallo Coimbra, professor de Neurologia e Neurociências da Unifesp. "Na maioria dos casos, a atitude da família é cobrar e repreender o parente nos episódios de esquecimento. Essa cobrança leva ao pânico e ao estresse, que bloqueiam a produção de novos neurônios e pioram um quadro de demência", explica o especialista.

E essa foi a linda atitude que Fernando tomou. "Quando eu e minha mãe decidimos levar a vó para realizar o sonho dela, que era conhecer as Cataratas do Iguaçu, muitos perguntavam por que íamos gastar dinheiro com a viagem se, dez minutos depois, ela não se lembraria do passeio. Mas, para nós, não importava se ela lembraria, importava a felicidade que ela teria naquele momento", enfatizou.

Fernando agiu como uma mãe: teve um amor incondicional para com sua avó!

PS: Feliz Dia das Mães para todos e todas as mães do mundo!

Publicado em 08/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O futuro é o minuto seguinte...

Lembro-me de quando eu ainda era criança e me perguntava: “Como serei quando ficar adulta? E quando ficar mais velha? Terminar os estudos, escolher uma carreira, o primeiro emprego, namoro, casamento, filhos, netos...”

Pensando na questão de como nos preocupamos com o futuro, lembrei-me de uma frase que o ator Francisco Cuoco, 80, disse durante uma entrevista que realizei com ele no último mês de outubro, por ocasião do Dia Mundial do Idoso.

Para quem tem o ícone da TV, teatro e cinema na memória – muito lembrado por seus trabalhos na TV, como, “Selva de Pedra” (1972), “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), entre outros – conversar com Cuoco deu-me a oportunidade de ver que ele é uma pessoa humilde, doce, bondosa e, o melhor de tudo, que tem muito respeito pela vida e pelo próximo.

“O tempo passa para todo mundo. O importante é a gente ter cada vez mais consciência de que idade não é um problema, idade é uma consequência. Esqueça os números e os anos. O passado é lindo, ficou lá pra trás, é uma referência importante. O futuro é o minuto seguinte, que é tão precioso que a gente chama de ‘presente’. Então, o presente é importante para que você esteja bem, esteja saudável, esteja feliz!”, refletiu o ator.

Portanto, a mensagem que gostaria de transmitir a todos vocês, amigos e leitores desta coluna, é: olhemos mais para o presente, para as pessoas que estão, hoje, conosco, nossa família, nossos amigos. E, o mais importante, para aqueles que não conhecemos, mas que também são – como já dizia um conhecido sábio dois mil anos atrás – nossos irmãos.

Aproveito a oportunidade para recomendar um belo filme para refletir sobre a vida. “Up – Altas Aventuras” é um desenho animado, mas traz uma história adulta, com uma mensagem de que tudo é possível, ainda mais quando o amor prevalece ao longo de toda uma vida.

PS 1: Viva o 1º de Maio!
PS 2: Trabalhar é preciso, viver também é preciso!

Publicado em 01/05/2014, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).