quinta-feira, 29 de abril de 2010

Maria da Penha

Dedico esta coluna a todas as Marias da Penha, de Souza, de Andrade e, também, às Marcias, Paulas, Reginas, enfim a todas as mulheres e, em especial, às mulheres que já sofreram algum tipo de agressão física ou emocional.

Mesmo depois de criada a Lei Maria da Penha - Lei 11.340, em 7/08/2006, que cria mecanismos para coibir qualquer tipo de agressão contra as mulheres, este tipo de selvageria e brutalidade humana continua acontecendo cada vez mais e, infelizmente, na maioria das vezes por parte dos maridos e parceiros das vítimas.

A lei não vai mudar a atitude e a cultura destes homens. Acredito que existe, sim, a necessidade de vários programas por parte do governo e da sociedade de conscientização e mudança de valores quanto à mulher como ser humano e seu papel na sociedade.

Enquanto a televisão e outros meios de comunicação continuarem exibindo a mulher como mero objeto de consumo, seja em comerciais de cerveja, perfumes e lingeries, e a própria mulher continuar aceitando este tipo de papel, acho muito difícil o ser “homem” mudar a sua visão e atitude frente a nós mulheres.

Parece contraditório, mas cabe, em primeiro lugar, a todas as mulheres se colocarem como seres humanos que pensam, agem e refletem sobre esta questão da violência contra elas mesmas, que continua tão grande quanto na época do Homo Sapiens.

Mulheres do mundo, uni-vos! Pensem nas gerações futuras, suas filhas, netas, bisnetas...
As nossas gerações anteriores já sofreram bastante com esta situação.

Publicado em 29/04/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A bola vai rolar

A partir de junho, a bola vai rolar na África do Sul, país sede da próxima Copa do Mundo. Milhões de brasileiros vão estar de frente à telinha, torcendo pelo nosso país. Competir e praticar esportes é muito bom e saudável, porém acredito que o esporte não deve se tornar apenas um símbolo de status nacional ou pessoal.

Quantos campos de futebol, quadras olímpicas de basquete, vôlei ou piscinas existem nas escolas públicas, nas periferias ou nos centros comunitários? E os técnicos para treinarem a moçada? Será que o Brasil acredita mesmo que o esporte é sinônimo de cultura, lazer e cidadania, ou existe só uma vitrine de atletas nacionais “pra inglês ver”?

Então o que fazer para mudar essa situação? Algumas pessoas muitas vezes pensam em desistir, outras começam a achar certo jogar os perdedores aos leões, outras se contentam apenas em assistir a partida e ir dormir.

Tanto no esporte quanto na vida, o mais importante é garantir que todos tenham direitos de competir igualmente. Se você é do tipo que tem preguiça até de levantar da cama, tudo bem! Praticar e exigir os seus direitos de cidadão(ã) já é um grande esporte!

PS 1: Aqui em Marília, soube que tem um grande Centro Poliesportivo em construção e que, algum dia, vai ficar pronto...

PS 2: Conheci aqui na cidade um grupo da Terceira Idade chamado Grevermin, que joga vôlei adaptado e que, por sinal, traz muitos troféus para a cidade. Você sabia?

Publicado em 15/04/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Parabéns, Dona Marília!

No Domingo passado, 4 de abril, Dona Marília completou 81 anos. Podemos dizer que ela já é uma senhora e, por sinal, com uma aparência muito boa e saudável.

Eu ainda me considero uma “forasteira”, estou aqui há apenas seis meses e, mesmo assim, já me encantei com Dona Marília. Pude perceber sua simpatia, sua beleza, a amistosa recepção de seus filhos, netos e bisnetos.

Também percebi que Dona Marília cresceu muito ao longo de sua vida e, assim, atraiu muita gente para trabalhar e viver junto dela.

Bem, ao mesmo tempo percebi que muitos de seus filhos não tem tido o devido cuidado com a bela senhora, deixando de cuidar de sua saúde, sua alimentação e seu acesso a cultura, além de não cuidarem de sua bela terra.

Fico pensando que, como toda senhora, Dona Marília precisa de muitos cuidados e incentivos para continuar sua vida de uma maneira saudável. Inclusive para que seus herdeiros possam ter uma vida digna e continuarem ao lado dela, ao invés de buscarem outras “senhoras” para cuidar amparar e serem amparados por elas.

Assim, mesmo sendo uma nova afilhada de Dona Marília, acredito que este é um momento no qual devemos ficar muito alertas com ela, pois sabemos que ela está com debilidades que ainda podem ser curadas.

Aproveito, então, este momento para, além de parabenizar Dona Marília, alertar a todos que cuidem melhor dela. Afinal mãe é mãe.

PS: Parabéns, também, ao Jornal Bom Dia Marília, que fez 1 aninho de vida. Com certeza Dona Marília está muito orgulhosa de seu novo filho.

Publicado em 08/04/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Super-Heróis

Quando crianças, nossos super-heróis eram nossos pais. Para muitos de nós, naquele momento, eles eram perfeitos: corajosos, indestrutíveis e infalíveis. Com o passar dos anos, começamos a perceber que nosso pai ou nossa mãe são seres humanos normais e, como todo mundo, eles também tinham seus medos, fraquezas, imperfeições e, infelizmente, nem sempre conseguiam resolver os nossos problemas e, muitas vezes, nem mesmo os deles próprios.

Então começamos a ver TV, ler gibis e ir ao cinema. E encontramos, novamente, um mundo repleto de super-heróis para todos os gostos: Super- Homem, Batman, Hulk, Homem- Aranha, Mulher Maravilha... A maioria desses heróis surgiu em épocas de guerra, crises sociais e políticas.

E na vida real, existem super-heróis? Talvez você seja um deles.
Heróis são os milhares de pessoas anônimas que fazem o que acham que devem fazer em determinado momento. Vão além dos seus próprios limites, lutando pelo que acreditam que seja bom para si mesmos e, especialmente, para todos ao seu redor.

Bem, isso não quer dizer que você vai sair voando por aí com a capa do Super-Homem ou vestindo a roupa da Mulher Maravilha. Acredito que o mais importante é ter a iniciativa de procurar caminhos para termos uma sociedade mais justa e que faça valer os direitos de seus cidadãos.

PS 1: Será que nosso próximo Presidente será o Batman ou o Super-Homem?
PS 2: Cuidado, acho que o Coringa e sua turma estão aqui em Marília...

Publicado em 01/04/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).