quinta-feira, 26 de julho de 2012

Respostas para quase tudo...

Recentemente, li o livro "Uma Breve História de Quase Tudo", de Bill Bryson, um delicioso guia de viagens pela ciência. Achei a obra muito interessante e separei algumas perguntas e respostas:

Há quanto tempo existe o universo?
“Há bastante tempo os cosmologistas vêm discutindo se a criação foi há 10 bilhões de anos, duas vezes essa cifra ou um valor intermediário. Parece estar se formando um consenso em 13,7 bilhões de anos. Será que é definitivo?”

Quantas espécies vivem em nosso planeta?
“Não temos a menor idéia do número de seres que vivem em nosso planeta. As estimativas oscilam de 3 milhões a 200 milhões. Quantos seres vivos ainda serão descobertos?”

Geneticamente, qual a semelhança entre homens e macacos?
“O ser humano moderno é 98,4% geneticamente indistinguível do chimpanzé moderno. Há mais diferença entre uma zebra e um cavalo que entre você e as criaturas peludas que seus ancestrais remotos deixaram para trás. Evoluímos ou não?”

Com certeza, todos nós já nos fizemos algumas destas perguntas, além do famoso questionamento: “Quem sou? De onde vim? Para onde vou?”
Eu, pessoalmente tenho me perguntado de que adianta saber de onde eu vim se eu não sei nem quem sou ou para onde vou?

Claro que eu sei quem eu sou, meu nome, CPF, RG, onde moro, qual o meu trabalho... Mas quem sou eu? Quais são meus desejos verdadeiros, meus anseios, gostos, o que desejo fazer nesta vida? Será que eu apenas existo e, em algum momento, isso acaba e pronto?

Penso, logo existo! Tudo bem, mas, daí pra frente, o que é que estamos fazendo com tantas informações e pensamentos fragmentados?

E, pra complicar um pouquinho mais, dizem que, no Brasil, surgiu uma nova classe C, com um poder aquisitivo muito maior, cheia de oportunidades e saldos bancários maravilhosos! Será que é mais “fashion” fazer parte desta classe? Qual será a minha classe?

PS: Acho que deveria ter dado o titulo para esta coluna de: “Perguntas para quase tudo”...

Publicado em 26/07/2012, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bolhas de sabão

Que tempo o tempo tem? Pergunta meio estranha, mas você já pensou que os minutos, segundos e horas nunca param de passar, e que nós sempre achamos que o tempo está correndo demais? Estamos sempre atrasados ou em cima da hora para chegar ao trabalho, levar as crianças para a escola, ir ao cinema, dar banho no cachorro... Bem, acho que nem dá tempo de escrever tudo o que eu gostaria!

Mas, se pensarmos bem, o tempo é relativo! Quando estamos de férias, o tempo passa rápido, se estamos entediados e cansados, o tempo não passa, o dia fica longo, ficamos impacientes, sonolentos, esperando os minutos passarem.

Eu ainda não entendo bem o tempo... Quanto tempo eu tenho deixado livre para mim mesma, para as coisas que eu gosto de fazer, ou mesmo para não fazer nada?

Você já brincou de bolhas de sabão? Elas são tão lindas e frágeis. Sua existência é de alguns segundos, porém a satisfação em vê-las e soprá-las é imensa. Talvez o tempo seja assim também, frágil e invisível, medido na sua essência pela nossa satisfação e deleite e não pelos nossos relógios, despertadores e bate-pontos escravizantes!

O tempo é apenas um sequência de milésimos de segundos que nunca param, mas que também se repetem dia após dia. As mesmas datas virarão, no próximo ano, Carnaval, Páscoa, Finados, etc, etc...
Daqui a pouco, mais um ano vai passar e outros vão chegar. Eu já estou planejando um monte de coisas e ainda não consegui fazer tantas outras... Que loucura! Pensando bem, vou me dar um tempo! Vou aproveitar este segundo semestre de 2012 para fazer mais bolhas de sabão, brincar de ioiô, caminhar, pensar, encontrar os amigos e fazer menos, porém com mais qualidade e prazer!.Será que vai dar tempo?

PS 1: Estes dias meu chuveiro quebrou! Percebi neste meio tempo como é prazeroso tomar um bom banho de água quente!
PS 2: O frio também pode ser um bom tempo! Aproveite e faça um escalda-pés, um chocolate quente com conhaque, uma sopinha de cebola, tantas coisas...

Publicado em 19/07/2012, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Um milhão de amigos...

“Alô! Sim? Quem fala? Só um minuto, estou no Skype! Alô, alô! Só um segundo, me chamaram no MSN... Alô! É você meu amor, tudo bem? Ôps, só mais um segundo, o meu outro celular está tocando... Então, querido, vamos sair? Um minutinho... Recebi um torpedo, vou dar uma olhadinha no meu Facebook... Então, vamos sair no domingo? Sei, você tá na dúvida... Só um segundinho, acabo de receber uma mensagem no meu Twitter, mas tá tudo bem com você? Sei... Chegou um convite no LinkedIn, mas, então, tudo bem no domingo? Puxa vida, agora que eu ia conversar com calma, caiu a linha! Acho que vou mandar um e-mail, pra confirmar se a gente vai se encontrar mesmo...”

Uau! Que confusão... Este é só um pequeno retrato de como tem sido a nossa vida e relacionamentos nestes tempos modernos. Com a tecnologia a todo vapor, temos vários meios e aparelhos para nos comunicar e interagir, minuto a minuto, vinte e quatro horas por dia. Pode ser através de um iPad, iPhone, Smartphone, um Laptop, um Tablet, ou até mesmo um simples celular. E será que conseguimos falar, pesquisar ou mesmo postar algo que realmente nos interessa?

Adoro a tecnologia e acredito que hoje, mais do que nunca, todas estas possibilidades de comunicação e informação tendem a criar uma sociedade mais democrática e nos aproximar cada vez mais uns dos outros. Posso falar com alguém que está na China sem pagar nada e, ao mesmo tempo, mandar um e-mail pra Amazônia e receber um torpedo em alguns minutos. Mas, se não pararmos pra pensar um pouquinho para que e por que estamos fazendo tudo isso, caímos no risco de banalizarmos completamente nossas relações.

Bem, como acabou a bateria do meu celular, vou procurar o “orelhão” mais próximo e ligar para algum amigo pra convidá-lo para ir ao cinema ou tomar um cafezinho e, quem sabe, trocarmos algumas ideias sobre a vida e o mundo...

PS1: Será que eu já tenho um milhão de amigos?
PS2: E, se eu tiver, como vou fazer para falar com todos eles?

Publicado em 12/07/2012, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Velhos hábitos...

Estudo realizado nos Estados Unidos com quase 16 mil pessoas comprova que, mesmo tardia, a mudança de hábitos pode trazer muitos benefícios à saúde física e mental.

Consumir cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes, exercitar-se pelo menos duas horas e meia por semana, manter um peso adequado e não fumar pode diminuir o risco de problemas cardíacos e o risco de morte, mesmo para quem fez mudanças recentes.

Porém, a mudança de hábitos mentais também é importante. Vem chegando mais uma eleição e, com ela, o velho hábito de votar nos mesmos partidos ou candidatos.

Claro que todos nós temos uma opinião formada sobre este ou aquele político. Confesso que agora estou mais confusa do que nunca! Não sei mais que é quem? Qual partido tem coligação com qual, esquerda e direita são termos em desuso... Fulano diz que fez “dobradinha” com sicrano, e assim vai...

Mas cadê meu candidato? Esta é  pergunta muito estranha, mas acredito que a maioria está procurando por ele. Cadê meu partido? Esta é outra pergunta difícil de responder... O Brasil inteiro deve estar se fazendo a mesma pergunta! Acredito a que a única coisa a fazer é utilizar a receitinha que indiquei acima: vamos mudar nossos velhos hábitos e começar do zero!

Eu mesma vou pesquisar e tentar entender quem é quem nesta dança das cadeiras e, aí, ver o que sobra para poder tentar escolher um partido e um candidato.

Como não mudamos nossos hábitos tão facilmente, é bem possível que acabemos por nos confundir com tantas siglas e nomes e, na hora H, elegermos o cidadão “errado” por pura falta de transparência de nossos queridos políticos!

Logo, logo, eles vão começar a aparecer nas telinhas de nossos lares, prometendo mundos e fundos, beijando criancinhas, distribuindo casas populares, etc, etc, etc... Cuidado!

“É insano pensar que podemos obter resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa” - Albert Einstein.

Publicado em 05/07/2012, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).