quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Campanha “Bola do Bem”



Você deve estar curioso para saber que campanha é essa... Pois bem, essa é uma campanha onde a “bola” que você vai passar pra frente é a “bola do bem”!

Lembrei-me de um filme que eu já assisti há muito tempo, “A Corrente do Bem”. Na estória, um menino de 12 anos cria o seguinte desafio para si e para todos ao seu redor: conseguir fazer para três pessoas, sejam elas quais forem, algo muito especial, algo que elas não conseguiriam fazer por si só e, daí pra frente, essas pessoas fariam por mais três pessoas o mesmo, e assim por diante. Não vou contar o resto do filme, senão perde a graça...

Bem, depois que o filme terminou, tive mais uma vez a certeza de que o mais importante não é ganhar ou perder, mas, sim, viver e ajudar àqueles que estão sem rumo a tentarem novamente. Porém, não adianta dar o “peixe” e, sim, a “vara de pescar” – e, mais importante, com muito amor e carinho.

Que tal experimentar? Observe uma, duas, três ou mais pessoas as quais você acha que poderia realmente ajudar a viver de verdade. Passe essa bola pra frente!

Estamos praticamente no final de 2017, daqui a alguns dias estaremos no ano de 2018. E qual vai ser a diferença? O tempo passa desde que nascemos, e vai continuar passando, dia após dia, ano após ano. A diferença é o que fazemos com o nosso tempo e que atitudes tomamos em nossas vidas.

Todos nós sabemos que o dia a dia é uma das tarefas mais delicadas da nossa vida. Surgem dificuldades, angústias, felicidades e acasos inesperados. Assim é a vida, feita de cada segundo e de cada minuto que passa.

É nestes momentos que eu me lembro o quão importante é viver sempre o aqui e agora. Fico feliz quando penso que as palavras que escrevo estão sendo lidas por várias pessoas. E mais, a sensação de que, de alguma maneira, estou abrindo um espaço para reflexão, informação, críticas.

Desejo a todos uma feliz passagem de ano e que todo dia possa ser um dia que vá fazer a diferença! Feliz 2018!

PS 1: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” (Chico Xavier)

PS 2: Passe “essa bola pra frente”, vale a pena!

Publicado em 28/12/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Ele disse tudo e mais um pouco...



Natal chegando, novenas, preparações, correria, gastos e outras coisas mais... Aí vem o Papa Francisco e divulga esse texto:

“O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa, entretanto se faz necessário o silêncio para que se consiga ouvir a voz do Amor.

Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma.

O pinheiro de Natal é você, quando com sua força resiste aos ventos e dificuldades da vida.

Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida.

Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne.

A luz de Natal é você quando, com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade, consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros.

Você é o anjo do Natal, quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e amor.

A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém ao encontro do Senhor.

Você será os Reis Magos, quando conseguir dar de presente o melhor de si, indistintamente, a todos.

A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.

O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano.

O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor de suas mãos.

Você será os ‘votos de Feliz Natal’, quando perdoar, restabelecendo, de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício.

A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança qualquer carente ao seu lado.

Você é a noite de Natal, quando consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio, recebe o Salvador do Mundo.

Um Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal!” (Papa Francisco)

Bem, ele falou tudo e mais um pouco! Se todos nós entendermos e praticarmos essas atitudes nesta época e ao longo de todos os dias de nossas vidas, com certeza teremos e faremos um mundo melhor.

Sei que não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar nossas atitudes para com nossos amigos, familiares e mesmo pessoas que acabamos de conhecer. O mundo é cada um de nós!

PS 1: Desejo que cada um de nós faça o Natal feliz!
PS 2: Seja um Papai Noel! Convide alguém que está sozinho para sua Ceia de Natal!

Publicado em 21/12/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Sonhos de consumo...

Telefones celulares cada vez mais sofisticados, TVs com imagem HD, 3D, 4K, carros que estacionam sozinhos, aparelhos para diagnósticos médicos computadorizados... Não há dúvidas: vivemos numa sociedade moderna!

Mas, como nada é perfeito, tenho alguns detalhes que acho bom lembrar: qual o custo disso tudo? A TV a cabo dá para pagar? Ou vamos de Netflix? A gasolina está mais cara do que nunca, exames médicos estão até parcelando no cartão de crédito...

Deduzo, então, que comunicação, acesso à informação, locomoção, coisas assim do dia a dia, tão básicas e naturais, se tornaram “supérfluas”. As pessoas estão começando a “cortar” esses serviços para poder pagar o “arroz-feijão” de todo dia.

Mais um contrassenso em nosso querido Brasil. Anúncios, comerciais de produtos, planos de saúde, tudo a vontade. Mas como é possível pagar tudo isso? Aqui temos os impostos e as tarifas governamentais e privadas mais caras do mundo. Então, quem vem primeiro: o ovo ou a galinha?

Claro que não vou falar do básico mesmo, que é a alimentação, saúde, moradia, etc., pois estes itens já viraram supérfluos há muito tempo. Voltamos às origens do bom e velho Brasil: o grande “sonho de consumo” de todo nós vai acabar sendo o vale-refeição, vale-transporte, cesta básica... Isto se você estiver empregado – e com que salário, só Deus sabe... E vale a pena ver de novo tudo isso?

Andam dizendo por aí que o Brasil está saindo da crise. Qual delas? Entra ano, sai ano, e lá vamos nós, a corrida não para. Os governantes não param de usufruir ilegalmente do poder adquirido!

Posso parecer um pouco pessimista nesta época de comemorações e festas! Mas é sempre bom lembrar que a vida vale mais que um vale...

PS 1: “É insano pensar que podemos obter resultados diferentes fazendo sempre as mesmas coisas” (Albert Einstein)

PS 2: Será que Papai Noel vai passar lá em casa neste Natal? Tentei ligar pra ele várias vezes, mas só dá caixa postal...

Publicado em 14/12/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Um mais um é mais que dois...

Recebi, recentemente, um e-mail alarmante relatando o descaso para com uma senhora de 82 anos que sofreu uma grave queda em frente a um ambulatório médico público em São Paulo. O e-mail foi enviado por Dona Anísia, 69.

Ela conta que perguntou à senhora se ela estava com um acompanhante, mas ela respondeu ter ido só à sua consulta. Estava muito ferida, com hematomas, e sangrando. Ao procurar por ajuda, ninguém do complexo hospitalar, nenhum segurança ou funcionário se prontificou a ajudar. Sequer uma cadeira de rodas foi disponibilizada para levá-la ao Pronto Socorro. Outra senhora, um pouco mais jovem, se prontificou a ajudá-la. Depois de uma radiografia constatando não haver fraturas e um rápido curativo nos ferimentos, foi dispensada para “voltar para casa”.

“Sozinha?”, argumentou chocada, Dona Anísia. Um médico lhe respondeu que ele já tinha prestado o socorro que podia àquela senhora e que outra alma caridosa deveria, dali pra frente, fazer com que ela chegasse à sua casa.

Todos nós temos um vizinho, um amigo, um parente, ou mesmo alguém que não conhecemos e que precisa de nossa ajuda. Que tal doarmos algumas horas do nosso dia para quem precisa?

Claro que esta atitude não isenta os órgãos públicos de reverem sua postura e necessidade de atendimento para os idosos que não têm a quem recorrer. Todos nós somos cidadãos e temos direito a este auxílio público e devemos lutar por isso.

Mas também, enquanto as coisas não mudam – e infelizmente não vão mudar tão cedo –, cada um de nós pode ser um agente social transformador. O item mais importante e necessário para mudarmos a nossa sociedade é termos consciência da realidade em que vivemos e solidariedade para com o próximo.

PS 1: Um mais um é sempre mais que dois!

PS 2: Se você pode e quer doar um pouco do seu tempo a quem precisa, você pode se cadastrar no Mural de Cuidadores Voluntários do Portal Terceira Idade: www.portalterceiraidade.org.br. O mural disponibiliza voluntários de várias cidades e estados do Brasil.

Publicado em 30/11/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Todos nós temos uma cor...



O Dia Nacional da Consciência Negra foi comemorado no dia 20 de novembro, em homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

Desde o descobrimento do Brasil até hoje, existe uma enorme exclusão social – e essa desigualdade também tem cor. Quantas vezes você já ouviu, ou até falou: “Sabe aquele cara de cor? Até que ele é legal”. Aí vem a pergunta: de que cor?

Todos nós temos uma cor: branca, amarela, vermelha, negra... Todos nós temos uma etnia. Por que será que, sempre que falamos “pessoa de cor”, estamos nos referindo aos negros?

Por que tratamos os negros e os índios como estrangeiros que vieram roubar o trabalho dos brancos. Afinal, foram os próprios colonizadores brancos que trouxeram os negros da África para trabalhar como escravos – além dos índios, que já estavam aqui!

“Parece que os negros não têm passado, presente ou futuro no Brasil. Parece que sua história começou com a escravidão, sendo o antes e o depois dela propositalmente desconhecidos.” Quem afirma é o antropólogo Kabengele Munanga, professor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e Humanidades da USP.

Escritores, líderes, engenheiros e políticos negros ainda são pouco conhecidos de alunos e até dos professores! Vou citar apenas alguns deles:

- Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúbas, na Bahia. Filho de dois professores primários, ele tornou-se um dos geógrafos negros mais conhecidos no mundo.

- Lima Barreto (Afonso Henriques de Lima Barreto) nasceu em 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro, neto de escravos e filho de professores. Em 1897, menos de dez anos após o fim da escravidão, ele foi aceito na importante escola de Engenharia do Rio de Janeiro – o único negro da sala.

Bem, são tantos outros negros e negras importantes que eu poderia citar, que não caberiam neste artigo...

PS 1: Um país que não conhece a sua história não tem como ir adiante!

PS 2: Sem passado, não existe futuro... não existe identidade!

PS 3: “O dia em que pararmos de nos preocupar com consciência negra, amarela ou branca, e nos preocuparmos com consciência humana, o racismo desaparece!” (Morgan Freeman)

Publicado em 23/11/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Espelho, espelho meu...


Você tem rugas? Está se sentindo muito gordo(a)? Acha que seus seios estão grandes ou caídos? Fica encucado com sua careca, ou se seus cabelos estão ficando brancos demais? Não se preocupe, já está disponível no mercado um remédio que resolve tudo isso!

Mas, infelizmente, esta fórmula não está à venda nas farmácias – e não adianta buscar no Google... Esse remédio tem vários nomes: “autoconfiança”, “autoestima”, ou, “seja você mesmo!”.

A vida é feita de várias fases, nas quais nosso corpo vai se moldando e nossa personalidade também! Estamos sempre sujeitos a todo tipo de influência. É só ligar a TV, navegar na internet, no Facebook, folhear uma revista, e vamos ver imagens de homens e mulheres considerados perfeitos – dentro dos padrões de beleza estipulados pela nossa sociedade, só pra lembrar!

Aí, começam a surgir os efeitos colaterais: “Estou um lixo...”, “Eu nunca vou ser igual à Angelina Jolie, ou ao Brad Pitt...“, “Será que devo fazer uma plástica? Um implante de cabelos? Colocar silicone?...”.

Calma! Pense um pouco: você é único(a), seu corpo e seus traços físicos são só seus e mudanças fazem parte de nossa vida. Cuidar da saúde e de nossa aparência é importante, mas o mais importante é descobrir a nossa própria beleza!

Comecei a pensar neste assunto há alguns anos atrás, quando, em uma bela manhã, acordei e me olhei no espelho. De repente, não sei por que, fiquei pasma e pensei: “Os anos passam, a vida passa…”.

Claro que tenho minhas recaídas, como todo mundo... Nestes momentos, faço uma pausa e ouço meu pequeno “grilo falante” dizendo: “temos o direito, e talvez até o dever, de criar o nosso padrão de beleza”. Ou melhor, talvez não exista um padrão, mas, sim, um conjunto de fatores que nos torna belos!

PS 1: Se os sintomas persistirem, não procure um médico, procure por você mesmo!

PS 2: Cuidar de si mesmo é importante. Mas não deixe de cuidar dos outros.

PS 3: Acho que vou assistir de novo ao filme da Branca de Neve...

Publicado em 09/11/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Perdas... São necessárias?

Li recentemente um livro intitulado “Perdas necessárias”. Não é um livro de autoajuda, nem, tão pouco, uma obra recente. É, de fato, uma reunião de ideias sobre as perdas que inevitavelmente temos ao longo da vida: mortes, separações, términos, partidas, perdas de ilusões e sonhos, e a perda do “eu jovem”.

Com todas as catástrofes que têm ocorrido no mundo – enchentes, furacões, terremotos, além das guerras constantes e incoerentes –, acho que, mais do que nunca, esse é um momento para pensarmos e refletirmos sobre essa questão.

Segundo a autora do livro, Judith Viorst, “essas perdas são necessárias porque, para crescer, temos de perder, abandonar e desistir” e “não se pode ser um indivíduo separado, responsável, com conexões, pensante, sem alguma desistência, alguma renúncia”.

Parece, a princípio, uma visão um tanto quanto dura da vida... Mas, afinal, o que é viver? O que é perder ou ganhar? Tudo é tão relativo e frágil...

Quem sabe, no momento da perda, possamos nos encarar de frente – sem a máscara e o figurino típico e “adequado” a cada local de trabalho ou situação – e desnudar-nos, criando a possibilidade de reconhecer-nos, literalmente, de novo.

Quem nunca perdeu algo ou alguém que atire a primeira pedra! Sabemos que o curso de nossa vida é marcado por repetições e continuidades, porém dificilmente aceitamos mudanças, sejam elas fatais ou mesmo benéficas.

“Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz!”

Trecho de uma das músicas de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha (1945-1991).

PS 1: As únicas perdas que considero verdadeiras e inevitáveis são as de nossos amigos e entes queridos nesta nossa passagem tão curta!

PS 2: Tento manter um equilíbrio nesta “gangorra da vida” e seguir em frente!

PS 3: Meu respeito ao Dia de Finados.

Publicado em 02/11/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Estamos em 2099...

“Estamos em 2099 e, passados 82 anos da Conferência Mundial do Clima em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro de 2009, as consequências do que fizemos – e do que deixamos de fazer – até o final deste século são cada vez mais desastrosas.

Técnicos e especialistas alertaram para as desgraças que viriam num futuro próximo: a poluição do solo, do ar e a escassez da água. A humanidade sobrevive à espera de um milagre tecnológico capaz de reverter a desgraça ambiental que se abateu sobre a Terra. Vou tentar descrever o dia a dia dos cidadãos em nossos dias:

a) O ar se rarefez de tal forma que praticamente não se consegue respirar sem ajuda de equipamentos que levam o oxigênio à boca e às narinas através de tubos;

b) A água é racionada pelo governo. Cada cidadão tem direito a meio litro de água por dia. Os carros pipas são escoltados por homens armados. A higiene pessoal é feita com um pano embebido em óleo mineral;

c) O verde e as florestas não existem mais, são quadros e figuras de museus;

d) As chuvas acontecem muito raramente e de forma torrencial e catastrófica. As águas dos mares e oceanos tornaram-se mais salinas e poucas espécies de peixes ainda sobrevivem;

e) O solo tornou-se arenoso, foi esterilizado pelo sol e o calor que chega a 60°C;

f) Com o aumento da salinidade dos mares, houve grande diminuição da evaporação e queda brusca da umidade relativa do ar. Por isso, os pulmões ardem quando respiramos, nossa pele se tornou áspera e rugosa como a de um réptil;

g) Não existe mais proteína animal e vegetal, toda a alimentação é sintética, fabricada a partir do petróleo, por isso somos obrigados ao uso de suplementos nutritivos sintetizados;

h) A única fonte de energia disponível é a nuclear. Não existe mais a energia hidráulica e os rios secaram.

Especialistas tentam desesperadamente reverter essa situação caótica sem resultados práticos.”

A ficção acima foi escrita por Antonio Germano Pinto, engenheiro químico e especialista em recursos naturais, falecido em 2012. Esta publicação é uma homenagem ao meu querido amigo, que sempre se preocupou com o futuro – e o presente – da humanidade.

Publicado em 26/10/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Fitinhas rosas não bastam...


Outubro Rosa é uma campanha de conscientização para a prevenção do câncer de mama. Ao longo de todo o mês, são discutidas importantes informações sobre a prevenção, tratamentos e maneiras de enfrentar essa doença. E os direitos que as mulheres têm assegurados?

Por falta de informação, os pacientes e suas famílias não sabem que podem ter, além do acesso aos medicamentos, também isenções tributárias, como: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre operações financeiras (IOF), Imposto sobre a propriedade de veículos (IPVA), além de outros direitos, como transporte gratuito, liberação do fundo de garantia e do PIS/PASEP e mais a cirurgia reconstrutora!

Na maioria dos casos, o câncer de mama deixa mais que marcas psicológicas na mulher, já que o tratamento pode envolver a retirada de parte ou de toda a mama afetada, ou mesmo das duas mamas. Nestes casos, a cirurgia plástica reparadora de mama é um direito garantido às mulheres que sofreram mastectomia total ou parcial. O procedimento pode ser realizado pela rede de unidades integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Bem, até aqui citei os direitos legais... Mas como todos nós sabemos, a teoria na pratica é outra. Com certeza, não vai ser nada fácil conseguir ter todos estes direitos citados acima, infelizmente, devido ao descaso e burocratização de nosso governo, desde a época de D. Pedro I, II, entre outros...

Existem duas formas de ir atrás dos seus direitos. A primeira delas é a via administrativa, em que o pedido pelo medicamento é analisado pela Secretaria da Saúde e o paciente tem um retorno posterior. É comum que o pedido seja negado, o que é um absurdo! Então, se faz necessária a ação judicial. Aí, você pensa: “Se eu não posso pagar um medicamento, como vou pagar um advogado?”.

Procure a Defensoria Pública ou Promotoria de Justiça de sua cidade, ambos os serviços são gratuitos. Vale a pena tentar!

PS 1: É tão fácil criar leis e supostos direitos...
PS 2: É tão fácil distribuir milhares de fitinhas rosas...

Publicado em 19/10/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Feliz Dia das Crianças...


Estudo coordenado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) aponta que o Brasil alcançou a marca de 3,65 adolescentes entre 12 e 18 anos assassinados para cada grupo de mil jovens.

O número é o mais alto desde que começou a ser medido, em 2005. O IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) engloba os 300 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes e se baseia nos dados do ano de 2014 do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

“Este valor é elevado. Uma sociedade não violenta deveria apresentar valores não muito distantes de zero e, certamente, inferiores a 1”, explicam os autores do estudo.

O futuro do Brasil, representado por esses jovens, está em risco, alertam: “Essa alta incidência de violência letal significa que, se as circunstâncias que prevaleciam em 2014 não mudarem, aproximadamente 43 mil adolescentes serão vítimas de homicídio no Brasil entre 2015 e 2021”.

Não quero de maneira alguma estragar esse dia tão lindo que é a comemoração do dia das crianças! Porém, fechar os olhos e fingir que nada disto está acontecendo seria uma atitude muito infantil...

Daqui a alguns anos, as crianças e adolescentes de hoje serão os adultos de amanhã – que também terão seus filhos, netos, bisnetos... Em que tipo de sociedade estas crianças e adultos de amanhã estarão vivendo?

É como uma bola de neve, quanto mais neve tiver maior ela fica! E aí vem a pergunta: por que tantas crianças e adolescentes estão sendo mortos? Tráfico de drogas? Miséria? Falta de educação, moradia, emprego? Pais e mães desestruturados que ainda passam pelas mesmas situações que passaram quando também eram crianças?

Difícil achar uma só causa... Acredito que seja tudo isso e muito mais – o eterno descaso de nosso governo com a sociedade e seus direitos humanos ao longo de várias gerações.

Daqui a pouco, vem mais um ano de eleições e, junto, a nossa chance de votar ou não votar em ninguém que não acreditamos que faça a diferença! No dia a dia, cada um de nós é governante de sua própria vida de seu país!

PS 1: Você já comprou seu presente?
PS 2: Bom feriado!

Publicado em 12/10/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Dia do Idoso em Marte...


Aos 60, professora irá comemorar o Dia do Idoso em Marte! Parece ficção científica, mas é onde Sandra Maria Feliciano da Silva, professora e advogada rondoniense, irá celebrar a data em breve. Hoje com 52 anos, ela é a única concorrente brasileira para o Mars One, programa de colonização do planeta vermelho. E a viagem será só de ida...

O projeto, encabeçado pelo engenheiro mecânico holandês Bas Lansdorp, foi orçado em 6 bilhões de dólares, e convocou candidatos do mundo inteiro que estariam dispostos a ganhar uma passagem só de ida para o planeta vermelho.

Ainda não há tecnologia para que os inscritos retornem, mas, mesmo cientes, cerca de 200 mil pessoas concorreram às 24 vagas finais – e Sandra foi uma delas.

“E se não der certo?”. Entre risos, a corajosa – ou “maluca” como é chamada pela família – Sandra apenas diz: “Se não der, tento de novo”. O primeiro grupo está previsto para embarcar em 2024 e, caso Sandra seja uma das finalistas, terá 60 anos nessa data.

Sandra sempre teve apreço pela ciência e afirma querer morar em outro planeta desde a infância. De São Paulo, mudou-se para Rondônia ainda criança e desenvolveu grande habilidade para a Biologia. “Era uma vida bem diferente para uma criança. Tínhamos de ser criativos para desenvolver soluções para muitas coisas, já que todo o contexto de São Paulo não se aplicava mais. Imagine Rondônia 40 anos atrás”, comenta.

Caso ela seja selecionada dentre os 24 finalistas, Sandra terá que percorrer um longo caminho de treinamentos, mas se demonstra confiante e afirma possuir todas as características que a enquadram como uma boa tripulante. “A briga vai ser intensa porque todos os candidatos para esse projeto são muito fortes. Eu, inclusive”, completa.

PS 1: Tenho certeza que Sandra acredita que Marte pode ser um novo começo!

PS 2: Se todos os políticos, banqueiros e outros poderosos da Terra não forem para Marte, eu também acredito que pode dar certo...

PS 3: Parabéns à Sandra e a todos os idosos do Brasil e do mundo!

Publicado em 05/10/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Favela Tour...

Novo roteiro turístico para os próximos feriados! “Com a pacificação das favelas, é possível que turistas conheçam novos ângulos das praias e da cidade. A segurança para circular é ‘semelhante à do asfalto’”. A afirmação é de uma matéria publicada na mídia impressa em 2011 e destaca como principais atrativos turísticos o Morro do Alemão, do Borel, Cantagalo, além de opções de guias locais.

Tudo muito politicamente correto... Num piscar de olhos, todo o complexo do Alemão está “pacificado” e, ainda mais, pronto para receber turistas de todo o mundo!

Esta exaltação às favelas cariocas é o que mais me surpreende já que essa, se não me falha a memória, é considerada uma das mais perigosas e completamente dominada pelas drogas – o que não mudou muito de lá para cá. Matéria publicada ontem no UOL destaca que a atividade foi suspensa por conta da violência na favela da zona sul do Rio. O conflito armado na Rocinha e o medo da violência levaram a agência Rocinha by Rocinha, que promove o turismo na comunidade, a suspender os passeios a pé – conhecidos como “walking tours”.

Quero deixar claro que não estou descriminando ninguém – e muito menos as favelas, muito pelo contrário. Acho um absurdo transformar a questão da favelização, não só do Rio, mas de todo o Brasil, em um grande circo pra inglês ver! Enquanto milhares de pessoas vivem nelas em uma situação desumana, sem água potável, esgoto, em casas construídas nos morros com restos de papelões, nosso governo quer nos convencer e, pior, convencer o mundo afora, de que favela é sinônimo de cultura e turismo!

Daqui a pouco, morar na favela vai ser “bacana”. Vão até dizer que é um projeto de vida sustentável e ecológico, já que todas as casas são feitas com “material reciclado” e você vive sempre perto da natureza em “estado intocável”...

PS 1: Favela (do dicionário Michaelis): Aglomeração de casebres ou choupanas toscamente construídas e desprovidas de condições higiênicas.

PS 2: No tour de ontem foram mobilizados mais de 1.000 policiais e homens do Exército, além de tanques de guerra...

Publicado em 28/09/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Pizza, quibe...

O Brasil sempre foi elogiado e reconhecido por ser um país que recebe, sem discriminação, imigrantes do mundo inteiro. Andamos pelas ruas e facilmente encontramos italianos, japoneses, árabes, portugueses... Sentimo-nos como se estivéssemos na famosa “Torre de Babel”.

Porém, a teoria na prática é outra! Quantas vezes você já ouviu ou falou frases do tipo: “Puxa o 'japa', meu vizinho, é um chato...”, ou “Aquele 'branquela' é um arrogante...”, além de piadinhas sacanas como: “Quando é que o negro vai à escola?...”, ou “O português atendeu o celular e disse que estava no motel...”

No início, é tudo brincadeirinha, depois vira um hábito, uma atitude constante e, num piscar de olhos, você se torna um discriminado ou um discriminador.

Neste momento, o Brasil passa por um momento muito importante, no que tange não só à etnia, mas à opção sexual. A questão de ser ou não ser gay, lésbica, bissexual, ou seja qual for a escolha do ser humano, ainda é uma questão que gera muita polêmica e também discriminação.

Mesmo tendo sido aprovado pelo Superior Tribunal Federal o casamento entre pessoas do mesmo sexo – além do direito à pensão, herança, previdência e comunhão de bens –, ainda assim estamos muito longe da aprovação e aceitação de nossa sociedade quanto a este fato!

Muitos religiosos e mesmo cidadãos comuns se revoltaram, dizendo que isso é uma afronta à moral da sociedade e da família, ou que ser homossexual é doença ou “coisa do demônio”...

Estamos no século 21 e parece que a caça às bruxas da era medieval continua a mesma!

Por que não aceitamos ou não conseguimos conviver com pessoas que têm uma opção sexual diferente? Afinal de contas, essa opção não é contagiosa, não mata nem explode bombas ou vicia como o crack e outras drogas! É uma opção à qual cada um de nós tem o direito de escolher.

Que bom poder comer pizza num dia, quibe no outro, sushi... Viva a diferença!

PS 1: Caso você não goste de alguma comida que citei acima, tudo bem, mas, por favor, não as discrimine!

PS 2: Viva a diferença!

Publicado em 14/09/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Independence Day...


Dia da Independência Tupiniquim! A história que aprendemos desde crianças na escola é que no dia 7 de Setembro de 1822, próximo ao riacho do Ipiranga, Dom Pedro levantou a espada e gritou: “Independência ou Morte!”.

Pouco se comenta que o povo, na época, nem sequer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

Desde então, se passaram quase 200 anos, porém todos estes fatos me remetem, mais do que nunca, aos dias de hoje. O nosso país continua sendo extremamente desigual – em todos os sentidos: econômico, social e político. Quem não gostaria de ser independente, ter o direito ao seu sustento, moradia, estudar, trabalhar, ter acesso a hospitais, luz e rede de esgoto? Mas, já diz um bom e velho ditado: “A liberdade não se ganha, se conquista!”.

Aparentemente, podemos ir e vir, afinal, acabou a escravidão (!?)... Mas qual é o significado da nossa independência? É possível dizer que vivemos como cidadãos livres, seja na área urbana ou rural, se ainda existem pessoas que chegam a ganhar 30 ou 50 reais por mês e usam seu dedo polegar como assinatura?

Hoje, os beneficiados – e, diga-se de passagem, muito bem beneficiados – continuam sendo os mesmos! Só mudaram de nome. Mas como isso é possível? Temos uma nova classe emergente, cheia de cartões de crédito – e dívidas com juros praticamente impagáveis. Nossa população tem celulares, TVs de plasma, acesso ao Facebook, carros importados! É... acho que estou exagerando... Olha só quantas coisas que não mudam em nada a estrutura social de nosso país mudaram!

PS 1: Você sabia que Dom Pedro pagou à Portugal 2 milhões de libras esterlinas pela nossa independência? E ainda com dinheiro emprestado!

PS 2: Será que as malas cheias de dinheiro que foram encontradas ainda são do empréstimo que Dom Pedro fez?

PS 3: Bom feriado!

Publicado em 07/09/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Brasil precisa de muito AXÉ!


Quando os negros do continente africano foram trazidos para o Brasil como escravos, muitas de suas tradições e de sua cultura os acompanharam. Assim, o Candomblé, umas das várias religiões trazidas do continente africano, começou a se espalhar pelo país.

Mesmo muito discriminada pela sociedade da época, por ter negros como praticantes, a religião e toda cultura africana acabaram se transformando em parte da cultura brasileira. O ritmo dos tambores, nossa culinária, artefatos e até palavras do português brasileiro surgiram com a herança africana e os costumes praticados pelo Candomblé.

A professora titular aposentada do Departamento de Psicologia da PUC do Rio de Janeiro, Monique Augras, considera essa questão fundamental. “Não só o Candomblé enquanto religião, mas o modo de ser do mundo africano está enraizado em nossa cultura”, diz.

No período de escravidão, os negros foram proibidos de cultuar seus deuses e, por isso, criaram uma alternativa para manter a religião, associando cada orixá a um santo católico. Assim, Iemanjá é Nossa Senhora do Rosário, Exu é Santo Antônio, ou, por exemplo, a Festa de Oxalá coincide com a Festa do Senhor do Bonfim, em Salvador.

Nos cultos aos orixás, há danças e músicas, onde, segundo Monique, o tambor é considerado um ser vivo, por sua intensa vibração. Vem daí um dos instrumentos musicais, que hoje é considerado tipicamente brasileiro. O tambor e os demais instrumentos de percussão vêm diretamente da religião e da herança cultural de países africanos.

Outra influência da religião na cultura brasileira vem do nome usado para designar a energia do mundo, que, para os praticantes do candomblé, é conhecida como axé. A palavra se popularizou. Hoje, quando alguém deseja a outro energias positivas ou uma benção, diz axé.

PS 1: Com muito AXÉ, vamos acabar com o preconceito, o racismo e a intolerância religiosa.

PS 2: Todos nós precisamos de muito AXÉ!

Publicado em 31/08/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Anjos existem!

Alveiro Vargas tinha apenas 9 anos de idade quando resolveu mudar a vida dos mais velhos, em sua cidade natal, Bucamaranga, na Colômbia. Sem recursos e por conta própria, ele organizou seus amigos, também crianças, da favela onde morava e passou a levar cuidados, amor e carinho aos idosos.

Os velhinhos o chamavam de “angelito” (anjinho). Ele e mais 12 crianças visitavam idosos, de barraco em barraco, para levar comida e fazer a limpeza. Alveiro não teve tempo para brincar com as crianças de sua idade. Fazia suas visitas desde que saia da escola até às 11 da noite.

“O nosso bairro e as pessoas idosas estão muito abandonados pelas instituições, pelo governo, pela prefeitura. Aqui tem muita pobreza. Em época de eleição, os políticos vêm aqui dizendo que vão ajudar e, depois que passa a eleição, adeus promessas”, criticou Alveiro.

Um documentário de TV, na época, mostrando suas iniciativas, chegou até a França, onde despertou uma onda de doações. Bucamaranga recebeu 500 mil francos, mas o valor não era suficiente para construir o asilo e mantê-lo em funcionamento. Ele chegou a ter contato com a primeira-dama da Colômbia e com o Governador local, o que frustrou mais ainda suas expectativas, pois as promessas feitas não foram cumpridas.

Após uma doação de mais 300 mil francos da França para os “anjos”, Alveiro pôde, finalmente, construir o seu sonho. Hoje, aos pés da favela onde morava, o asilo “Cantinho da França” tem 140 leitos, 4.000 metros quadrados e um grande jardim.

Parte do sonho do pequeno “angelito”, agora com mais de 20 anos, se realizou. Mas ele sabe que ainda há muito a fazer. “Gostaria de estudar medicina, mas acho que, como advogado, poderei defender e tentar garantir cada vez mais os direitos dos idosos e de todas as pessoas carentes”, afirma.

PS 1: Todos nós podemos ser um “angelito”!

PS 2: “Ser ou não ser? Eis a questão...”

PS 3: As asas você pode comprar em qualquer loja...

Publicado em 24/08/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Ser ou não ser?...


Preconceito: “Opinião adotada sem exame, imposta pelo meio social ou pela moral imposta” (Enciclopédia Larousse Cultural).

Bem, acho que a definição da palavra preconceito já é um bom começo para questionarmos qualquer atitude que se baseie neste conceito.

Você já pensou que, em várias situações polêmicas de sua vida, o preconceito ou a moral imposta o levaram a tomar atitudes sem nem ao menos questioná-las? Venhamos e convenhamos, uma sociedade é composta de regras, porém muitas delas acabam se tornando dogmas, principalmente quando elas se justificam no medo de aceitar novas maneiras de agir e pensar.

A opção sexual, a religião, a cor, até o time de futebol pelo qual torcemos se tornam alvo de discriminação quando não estão de acordo com a opinião vigente!

Mas será que esse é o maior problema? Ou a grande questão é: “posso ser ou não ser”?

Gostar de verde, quando a maioria gosta de vermelho, assistir ou não às novelas, alisar ou não os cabelos... Enfim, ter a liberdade de expressão e escolha, independentemente do que a maioria das pessoa, governos ou religiões impõe como certo ou errado.

Se não lutarmos pelo nosso direito de ser o que somos e aprendermos a respeitar as diferenças, as guerras e a ignorância nunca vão acabar!

Hoje você pode ser o agressor, mas, dentro de um sistema cheio de preconceitos e intolerância, é muito fácil, amanhã, você se tornar a próxima vítima...

Nos últimos dias, a mídia tem falado muito do absurdo e degradante fato que ocorreu na cidade de Charlottesville, nos EUA, onde um grupo de brancos racistas, antissemitas e homofóbicos atacaram centenas de negros e pacifistas, além de atropelarem uma multidão de pessoas que estavam realizando uma passeata contra esses seres primitivos!

PS: Estamos no ano de 2017. Que pena que nada mudou mos últimos 8 mil anos de nossa civilização a qual chamamos de “inteligente”.

PS2: Qual é nosso problema?

Publicado em 17/08/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Homens e mulheres: uni-vos!

Há onze anos, foi criada uma lei no Brasil que possibilitou mecanismos para coibir qualquer tipo de agressão contra as mulheres: a Lei Maria da Penha. Com o objetivo de ampliar a aplicação da lei, criada em 7 de agosto de 2006, o STF (Supremo Tribunal Federal) tomou uma decisão, em 2012, que permite enquadrar judicialmente autores de agressões domésticas independentemente de queixa da vítima. Com a mudança, qualquer pessoa poderá denunciar agressão contra mulheres.

Mas um fato inédito mostrou que a lei pode ser usada, também, para proteger homens – no caso um idoso, morador de Planaltina, no interior de Goiás.

O caso ocorreu após o idoso (nome não divulgado) registrar ocorrência na 31ª Delegacia de Polícia contra um jovem de 21 anos de idade, acusado de demonstrar agressividade, desrespeito, injúria e fazer ameaças de morte contra a vítima. O agressor, que não tem nenhum grau de parentesco com a vítima, reside há mais de três anos, de favor, na casa do mesmo.

Com base no Estatuto do Idoso, a promotora de Justiça Raquel Tiveron requereu medidas protetivas de urgência, normalmente utilizadas em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, para um homem de 69 anos de idade.

O pedido foi atendido integralmente e o juiz determinou a prisão preventiva do agressor, por ficar comprovado que o idoso estava machucado. A vítima, inclusive, apresentou uma maçaneta usada para ameaçá-lo de morte. Esta decisão, com certeza, vai abrir precedentes para outros casos.

Bem, concluo que, na verdade, o grande problema do ser humano é a falta de respeito para com o seu semelhante – ou mesmo para com outras espécies vivas! Não consigo entender de onde vem este “gene maligno”, que está impregnado em nosso DNA e nos leva a dominar, matar, torturar e maltratar física e emocionalmente outros seres definitivamente mais frágeis.

PS 1: Homens e mulheres: uni-vos na busca de um mundo que se torne, de fato, civilizado!

PS 2: Todo homem que agride uma mulher tem uma mãe. Será que ele nunca pensou que sua mãe é uma mulher também?

Publicado em 10/08/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Éramos todos humanos até que...

“Éramos todos humanos até que... a diferença de etnias criou o preconceito, a religião nos separou, a política nos dividiu e o dinheiro nos classificou” (autor desconhecido).

Recebi esta frase no meu Face e não tive dúvidas em usá-la como inspiração e conscientização de que somos todos iguais! Independentemente da nossa cor, credo ou conta bancária, todos nós chegamos neste planeta – e sairemos dele – da mesma maneira...

Lembrei-me, então, de um filme que eu assisti já faz um bom tempo, “A Corrente do Bem”, no qual um menino de 12 anos cria o seguinte desafio para si e para todos ao seu redor: conseguir fazer para três pessoas, sejam elas quais forem, algo muito especial, algo que elas não conseguiriam fazer por si só e, daí pra frente, essas pessoas fariam por mais três pessoas o mesmo, e assim por diante. Não vou contar o resto do filme, senão perde a graça...

Bem, depois que o filme terminou, tive, mais uma vez, a certeza de que o mais importante não é ganhar ou perder, mas, sim, viver e ajudar àqueles que estão sem rumo a tentarem novamente. Porém, não adianta dar o “peixe” e, sim, a “vara de pescar” e, mais importante, com muito amor e carinho, sem preconceitos, sem julgamentos, sem arrogância!

Sempre temos uma desculpa para viver no nosso “quadrado”, olhando apenas para nosso umbigo, classificando as pessoas, criando fronteiras, divergências políticas e religiosas, para, assim, seguirmos adiante destruindo tudo e todos – inclusive a nós mesmos. Denominamos-nos humanos. Muito estranho... Todos os animais matam apenas quando precisam comer...

PS 1: Passe a “Bola do Bem”. Observe uma, duas, três ou mais pessoas as quais você acha que poderia realmente ajudar de alguma maneira...

PS 2: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” (Chico Xavier).

PS 3: Nosso querido John Lennon escreveu muito melhor do que eu tudo isso e muito mais em sua música “Imagine”! Vale a pena ver a letra traduzida no Google...

Publicado em 03/08/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Parabéns a todos os vovôs e vovós do Brasil!

Quem não ama de paixão seu avô e sua avó? E, assim como temos o Dia dos Namorados, o Dia das Mães, o Dia dos Pais, entre muitas outras datas, não poderíamos deixar de homenagear, também, o Dia dos Avós, comemorado ontem, dia 26 de julho.

A data foi escolhida para a celebração do Dia dos Avós por ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Conta a história que Ana e seu marido Joaquim viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que Deus lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina, a quem batizaram de Maria.

Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. São Joaquim e Santa Ana são considerados os padroeiros dos avós.

Ser vovó... Essa é, provavelmente, uma das fases mais doces da vida, na qual a vovó – e o vovô, também –, estão curtindo com muito amor e carinho seus filhos e os filhos dos seus filhos. A passagem do tempo lhes dá a oportunidade de poder passar a eles a experiência que eles tiveram ao longo de suas vidas: histórias, lembranças e conselhos que possam orientá-los a fazer o que eles mais gostaram na vida – e, talvez, evitar os erros que não querem que eles repitam.

Aproveito esta data para homenagear todos os vovôs e vovós e, também, você, leitor(a) desta coluna, que, mesmo não sendo avô ou avó, com certeza tem muito amor pelos filhos e netos de seus parentes e amigos.

PS 1: Como recomendação de leitura, o livro “Avós” (escrito por Heras; Editora Callis, 2003), nos mostra que gostar de nós mesmos, em qualquer etapa do ciclo da vida, é o primeiro passo para um envelhecimento bem sucedido.

PS 2: Tomara que nós, quando nos tornarmos avós, não tenhamos que passar por essa situação tão angustiante – e vergonhosa – de reforma da Previdência. Não há avô ou avó que aguente...

Publicado em 27/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 20 de julho de 2017

TVs, celulares... E cadê o banheiro?


Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que, enquanto no país avança a presença nas residências de bens duráveis como TVs, aparelhos de DVD, computador, celular, carros, etc., boa parte dos Estados fica paralisada – ou até regride – em serviços como água, esgoto e coleta de lixo.

Segundo o IBGE, no Brasil, 4 milhões de pessoas não têm banheiro em casa. Na cidade de Milagres, no Maranhão, cerca de 67% dos domicílios não têm banheiro.

Um dos maiores entraves, ainda, é a rede de esgoto. Ao todo, 11 Estados recuaram no acesso a este serviço. No Piauí, o percentual de casas com acesso à rede foi de 4% para 2,8% – queda de 29%. “Há um avanço, mas muito aquém do que o país precisa. O governo tem meta de universalizar o serviço em até 20 anos. Se continuar assim, é impossível”, diz Édison Carlos, presidente do instituto.

O problema se repete na coleta de lixo. “Os municípios não têm mostrado capacidade de recolher e destinar adequadamente tudo. E os problemas estão se agravando”, diz Maria Vitória Ferreira, coordenadora da agenda ambiental da Universidade de Brasília.

Neste cenário desastroso devido a inconsequente administração de nossos governantes, que já vem de longa data, surge um outro cenário surrealista... Jorge Alessandro de Souza vive em frente a um igarapé no bairro São Jorge, na zona oeste da capital do Amazonas. O lixo se acumula nas margens do canal, não há coleta de esgoto e a iluminação é precária.

Porém, na sua garagem, uma lona escura esconde um sonho antigo: o carro que ele comprou em fevereiro passado. Dentro de sua casa, há geladeira, televisão e outros eletrodomésticos, todos novos... Será que esta situação pode levar alguém em sã consciência a dizer que vivemos em um país emergente?

Bem, deixando de lado estes pequenos detalhes do dia a dia e dando para ver o joguinho de futebol e a novela das oito, parece que está tudo bem por aqui...

PS 1: “Um país sem banheiros não é um país sem miséria!”

PS 2: Iniciativa privada lançou a campanha “Banheiro Seco”. Saiba mais em: www.banheirosmudamvidas.com.br

Publicado em 20/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Sobre homens e hienas...


Em tempos de crise, tenho sentido cada vez mais como os seres humanos lidam uns com os outros... Dizem que “tudo está difícil”, “não sobra dinheiro pra nada”, “não sobra tempo”, “os nervos estão à flor da pele”, “tem que cuidar primeiro de sua prole”...

E fora dos tempos de crise? Estes seres humanos agem diferente, ou sempre existe um “porém, mas, contudo, todavia”, “tá tudo bem, mas eu primeiro”, “os outros que se virem e lutem como eu”, “consegui tudo com meu suor”?

Brinco muitas vezes com meus amigos, comparando bichos e homens! Tem gente que parece gato, outros, cachorro, outros, passarinho, etc... Não em sua aparência, mas, sim, em suas atitudes para consigo mesmos e para com os outros!

Pensei com meus botões... Desde a época mais remota de nossa existência, com qual bicho a maioria das pessoas se assemelha? Recebi um texto sobre a questão do mundo animal fazendo uma analogia com nossa sociedade. Caiu como uma luva! Comecei a ler e um dos bichos citados era a hiena. O texto dizia: “Hienas são bichos que comem restos, mas vivem rindo. São predadoras de extrema destreza e crueldade. As hienas riem da própria desgraça, num sinal de contentamento automático com a miséria, com o destino de marginais tolerados, com o complexo eterno de inferioridade, com as brigas de egos”.

Senti-me extremamente triste e enojada com o comportamento deste animal covarde, cruel, medroso, egoísta e sem caráter. Mas o que fazer... Essa é a natureza da hiena, esse comportamento está em seu DNA, ela simplesmente age por impulso. Afinal, a hiena é um bicho, irracional e instintivo. Não sei por que, aos poucos, vi muitas semelhanças com o modus operandi de milhares de seres humanos...

Talvez eu esteja exagerando, aumentando, ou é o meu sentimento de frustração com o modo como as pessoas vêm agindo umas com as outras, pode ser que eu esteja tomando café demais ou usando lentes de grau que estão distorcendo minha visão...

PS 1: Você tem visto alguma hiena andando por aí?

PS 2: Eu tenho visto várias! Será que estou delirando?

Publicado em 13/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Se persistirem os sintomas...

Foi-se o tempo em que uma vida difícil era chamada de “vida de cachorro”... Claro que, como todo mundo, eu amo os cães, os gatos e todos os bichinhos de estimação, mas, venhamos e convenhamos, será que estamos trocando nossos amigos humanos por estes seres tão lindos e dóceis? E se for o caso, por quê?

Vivemos em uma das eras mais avançadas da tecnologia, da medicina, do bem-estar físico e material, mas acho que, espiritualmente e afetivamente, estamos sentindo um grande vazio em nosso coração, ao ponto de casais adotarem cãezinhos, dormirem com eles – isso tendo filhos ou não. Vejo centenas de pessoas, jovens ou idosas, passeando sozinhas pelas ruas das grandes ou pequenas cidades com seus lindos animais, uns grandes, outros tão pequenos que até cabem em suas bolsas.

Hoje, temos um pet shop em cada esquina, banho, tosa, escovação de dentes, terapias homeopáticas, roupinhas, tratamento vip de ponta a ponta, super legal. Estamos nos dedicando como nunca aos nossos bichinhos de estimação, enquanto a relação com outros seres de nossa mesma espécie esta ficando cada vez mais difícil.

No Facebook e em outros sites de relacionamento podemos conhecer centenas de pessoas e fazer novos amigos, mas também tudo pode ficar no virtual. Muitas pessoas dizem que sentem solidão, insegurança, medo do seu próprio semelhante. Outros acham ótimo se relacionar com um bichinho porque ele nunca questiona seu dono, concorda com tudo e, o mais importante, oferece um amor incondicional!

Li uma frase de uma mulher em um artigo sobre esta questão no qual ela dizia: “Cachorro é o único amor que a gente compra”. Uau, a que ponto chegamos... Onde está aquele nosso amigo do peito, nosso parceiro(a), com quem podemos contar sempre, nossos pais, um irmão, nosso vizinho? Eles continuam lá e nós aqui, cada um em sua “casinha”, seguro e a salvo de “críticas e sugestões”...

PS 1: Se persistirem os sintomas, procure um ser humano!

PS 2: Se ainda persistirem os sintomas, procure um pet shop...

Publicado em 06/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 29 de junho de 2017

A sabedoria de Zip...

Conheci, recentemente, Zip. Soube que ele já está com 98 anos. Num primeiro momento, achei Zip uma figura mal-encarada e rabugenta. Percebi que ele sentia algumas dores musculares e que não estava enxergando muito bem.

Tentei puxar conversa de várias maneiras, quis agradá-lo, chamei-o para um passeio, mas nada acontecia – ele continuava arisco, sempre me observando. Mesmo assim, pude sentir que Zip tinha um bom coração.

Comecei a refletir sobre sua idade e que, talvez, após tantos anos de vida, ele tinha o direito de ser mais reservado.

Passei a visitá-lo diariamente e, aos poucos, ele começou a se abrir mais, mudando sua feição para um rosto mais manso, porém observador e cauteloso. Após algum tempo, consegui estabelecer uma relação de amizade – claro, respeitando seus limites.

Curiosamente, mesmo tendo uma sensação inicial de antipatia e mal-estar com seu jeito tão arisco e introvertido, percebi que ele havia adquirido uma sabedoria natural ao longo dos anos.

Pensei: “Talvez uma amizade ou uma relação sincera e de confiança realmente não possa acontecer em 24 horas – ou em apenas alguns dias –, mas, sim, ao longo de um período de convivência”. Também comecei a entender e aceitar melhor a ideia de respeitar o tempo e os limites do outro.

Acho que isso funciona para tudo o que acontece em nossa vida e na sociedade também! Dizem que estamos vivendo o momento mais conectado de todos os tempos, as informações e acontecimentos pessoais e do mundo aparecem em segundos na internet, no Facebook, no Twitter, na TV online, podemos ver tudo pelo celular, postar fotos, etc., etc., etc...

E cadê aquele tempo para digerirmos tudo isso? Entendermos quem é quem? Qual o motivo daquela ação ou reação? Continuo achando que Zip e suas atitudes geram mais sabedoria e possibilidades de vivermos em um mundo mais transparente e melhor!

PS 1: Tempo, tempo, tempo...

PS 2: Zip é um cãozinho. Ele está com 14 anos, o que equivaleria a 98 anos para um ser humano.

Publicado em 29/06/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Onde está o Batman?


Quando crianças, nossos super-heróis eram nossos pais. Para muitos de nós, naquele momento, eles eram perfeitos: corajosos, indestrutíveis e infalíveis. Com o passar dos anos, começamos a perceber que nosso pai ou nossa mãe são seres humanos normais e, como todo mundo, eles também tinham seus medos, fraquezas, imperfeições e, infelizmente, nem sempre conseguiam resolver os nossos problemas e, muitas vezes, nem mesmo os deles próprios.

Então começamos a ver TV, ler gibis e ir ao cinema. E encontramos, novamente, um mundo repleto de super-heróis para todos os gostos: Super- Homem, Batman, Hulk, Homem-Aranha, Mulher-Maravilha... A maioria desses heróis surgiu em épocas de guerra, crises sociais e políticas.

A nova onda de filmes sobre todos os heróis dos velhos tempos tem lotado os cinemas. Adultos, jovens crianças, idosos, todos querem ver seus heróis combatendo o mal e fazendo justiça.

Vivemos esperando que alguém ou algo venha nos salvar! Bem, hoje o Brasil está mais para salve-se quem puder... Cada um por si e ninguém pelo próximo... As crises políticas e econômicas costumam acirrar mais ainda o individualismo, mas também pode ser um momento de nos unirmos mais.

E na vida real, existem super-heróis? Talvez você seja um deles. Heróis são os milhares de pessoas anônimas que fazem o que acham que devem fazer em determinado momento. Vão além dos seus próprios limites, lutando pelo que acreditam que seja bom para si mesmos e, especialmente, para todos ao seu redor.

Só um detalhe... Alguém já reparou que não temos nenhum super-herói brasileiro? Será que é mera coincidência ou é a realidade mais pura no país de Ali Babá e seus milhões de ladrões?

Mas não vamos desanimar! Pode ser que a “Turma da Mônica” e o ”Zé Carioca” façam a “Liga da Justiça Tupiniquim”...

PS 1: Quem vai ser o próximo presidente? Batman, Homem-Aranha, Capitão América?

PS 2: Acho que o Coringa tá na Lava Jato...

Publicado em 22/06/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 15 de junho de 2017

As várias faces da violência...

A violência já faz parte do nosso cotidiano e, infelizmente, parece que se tornou um substantivo banal. Mais ainda quando falamos em campanhas, ou frases como o título desta coluna.

Eu mesma penso: “E como vou colocar isso em prática? Vou me reunir a um grupo? Tenho que sair nas ruas com cartazes e reunir centenas de pessoas?” Já fiz essas coisas e acho que são muito válidas, mas o que funciona mesmo é começar a agir no nosso dia a dia, na nossa casa, nosso trabalho, com nossos familiares e amigos.

E já que estamos falando em violência, hoje, 15 de junho, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi criada com o objetivo de despertar uma consciência mundial, social e política da existência da violência contra a pessoa idosa.

A violência, não só física como também a psicológica, acomete idosos de todas as faixas econômicas. Na maioria das vezes, a agressão vem de pessoas da própria família ou próximas a eles. O abandono nos asilos, a falta de carinho, a pressão psicológica e o descaso são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas.

Segundo pesquisas, o abuso é geralmente praticado por pessoas nas quais os idosos depositam mais confiança: familiares, vizinhos, cuidadores, funcionários de banco, médicos, advogados, etc.

No meu simples e mortal entendimento, abusar de uma pessoa idosa é uma atitude indesculpável e doentia. Por isso, é bom ficarmos alertas ao contratarmos um cuidador para nossos pais ou avós, prestarmos atenção quando os levamos a um hospital e temos que deixá-los sozinhos, enfim, cuidá-los com muito amor e carinho, 24 horas por dia!

Qualquer tipo de abuso contra outro ser humano que não possa se defender é uma covardia. Mas abusar de idosos e crianças é realmente uma vergonha!

PS 1: No Brasil, 65% dos idosos consideram maus-tratos a forma preconceituosa como são tratados pela sociedade em geral: as baixas aposentadorias, os desrespeitos que sofrem no transporte público, etc., etc...

PS 2: Assista ao debate online sobre “As Várias Faces da Violência” em: www.facebook.com/portalterceiraidade

Publicado em 15/06/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Onde está o zero?


Estudo realizado nos Estados Unidos com quase 16 mil pessoas comprova que, mesmo tardia, a mudança de hábitos pode trazer muitos benefícios à saúde física e mental.

Consumir cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes, exercitar-se pelo menos duas horas e meia por semana, manter um peso adequado e não fumar pode diminuir o risco de problemas cardíacos e o risco de morte, mesmo para quem fez mudanças recentes.

Porém, a mudança de hábitos de nossos governantes também é importante: corrupção, fraudes, caixa dois, três, lava jato, lava rápido, lava tudo...

Claro que todos nós temos uma opinião formada sobre este ou aquele político. Confesso que neste momento não sei mais que é quem, qual partido tem coligação com qual – esquerda e direita são termos em desuso – fulano diz que fez “dobradinha” com sicrano, e assim vai...

Sai Dilma, entra Temer... Se Temer sair, quem entra? E o Brasil no meio desse barraco todo fica a ver navios. A inflação está mais alta do que nunca, o desemprego, a falta de perspectiva de nossos jovens, nossos idosos e de nós mesmos... O que fazer? O Brasil inteiro deve estar se fazendo a mesma pergunta! Mudar os velhos hábitos e começar do zero! Mas onde está “o zero”?

Dizem que o universo é infinito, talvez o zero esteja perdido por aí, no meio de tantos boatos e notícias e mais notícias sobre quem foi julgado, que delatou... Tudo só pra confundir e atrapalhar a vida de nós, pobres mortais! Sem falar na reforma da previdência, que também vai acontecendo devagarzinho – e de repente, em um piscar de olhos, acontece! Como e de que jeito?

Logo, logo, o ano passa, a vida passa e nós continuamos sem saber onde está o “zero”, o fio da meada para que possamos começar uma nova política econômica e social que funcione para o bem de todos.

PS: “É insano pensar que podemos obter resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa!” (Albert Einstein)

Publicado em 08/06/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Divergentes, emergentes... A saga continua!

Num país como o Brasil, onde existem milhares de analfabetos e falta de escolas públicas, chega a ser um privilégio saber ler e escrever. Não bastasse esta realidade cruel que nossas crianças e adultos vivem já há muitos e muitos anos, ainda somos pegos de surpresa por um programa do Ministério da Justiça para reduzir as penas dos presos mais perigosos do País.

O projeto irá distribuir 816 livros para as quatro penitenciárias federais do país, concedendo benefícios de redução de pena aos detentos-leitores. Entre os títulos estão “O Pequeno Príncipe”, clássico de Saint Exupéry, “Crime e Castigo”, de Dostoievski, “Código da Vinci”, de Dan Brown e até a trilogia “Crepúsculo”, de Stephenie Meyer.

Na penitenciária de Catanduvas, no Paraná, que tem 60 presos participando do projeto, um juiz concede até quatro dias para quem ler um livro em até 12 dias e apresentar uma resenha. Uma comissão avalia a redação e, se considerá-la de boa qualidade, concede ao detento um dia de redução na pena. Já na de Campo Grande (MS), concedem-se três dias de redução da pena para cada 20 dias que o detento utilizar para ler um livro.

Segundo agentes penitenciários, Fernandinho Beira-Mar – que cumpre pena de 120 anos e já passou pelas duas penitenciárias – é um “consumidor voraz” de livros. Já leu “O Caçador de Pipas”, de Khaled Housseini e “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu.

Concordo que os presos precisam de cultura. Mas não será, mais uma vez, um projeto apenas “politicamente correto”? Ou uma boa saída para os governantes se eximirem de investir em nossa educação e continuarem com a balela de que somos um “país emergente”? Emergente do quê e de onde?

Crianças e adultos ainda falam: “os livro” e “nós pega o peixe”. Regras básicas de nossa língua portuguesa ainda não são assimiladas ou mesmo ensinadas nas escolas.

PS 1: As penitenciárias estão super lotadas e as drogas rolam soltas... Que tal lerem “Alice no País das Maravilhas”?

PS 2: E a dança das cadeiras continua...

PS 3: “ Tira, põe, deixa ficar...”

Publicado em 01/06/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 25 de maio de 2017

“Nego ou faço ‘delação premiada’?”...


Alguém se lembra da belíssima novela ‘Vale Tudo’? A atriz Beatriz Segall, na personagem da vilã Odete Roitman, e Reginaldo Faria, no papel de Marco Aurélio, também um grande mau caráter, ambos com muito poder e dinheiro. Após roubarem tudo e todos, fogem do Brasil, ilesos e intocados! Será que qualquer semelhança é mera coincidência?

Toda semana aparece na mídia um novo escândalo, uma denúncia e todos os políticos e demais cidadãos envolvidos repetem o mesmo refrão: “Eu nego, é tudo mentira!”. Acho que todos estudaram na mesma escola...

Mesmo com gravações mostrando esquemas de quadrilha, “Caixa 2”, Lava Jato, subornos, propinas e lobbies no Planalto, eles negam. Negam tudo! Se olharmos para tudo isso como uma mera ficção, podemos dizer que o enredo da trama está muito bom! Mas, por acaso, isso tudo que estamos vendo é a nossa realidade – e cada capítulo desta história vai interferir nas nossas vidas, nas vidas de nossos filhos, netos, bisnetos...

Sociólogos e analistas políticos divagam sobre o grande mal de não existirem mais os partidos de “esquerda” ou de “direita”. E será que este é o problema?

A política, como tudo, se globalizou, ficou moderna, imediatista, individualista. Agora está na moda participar da “delação premiada”... Eu acho isso um artifício de muita ma fé para dar um “prêmio”, ou diminuir a pena de quem cometeu o crime também!

Aí, me pergunto: “E como está o Brasil hoje? E daqui a dez, vinte ou trinta anos?”. Ainda sentimos na pele a questão de problemas sociais não resolvidos desde os tempos de Dom Pedro I.

Nossos governantes continuam negando seu o apoio a políticas verdadeiras para a sustentabilidade de nosso país e de nossos cidadãos – e, pior, eles negam que estão negando o seu dever e, depois, simplesmente entram na imensa fila para participar da delação premiada!

PS: “Chega a fazer suspeitar que a mentira é, muitas vezes, tão involuntária como a transpiração” (Machado de Assis, em seu clássico ‘Dom Casmurro’).

Publicado em 25/05/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Turismo cultural...

Novo roteiro turístico para os próximos feriados! “Com a pacificação das favelas, é possível que turistas conheçam novos ângulos das praias e da cidade. A segurança para circular é ‘semelhante à do asfalto’”. A afirmação, publicada na mídia impressa, destaca os principais atrativos turísticos do Rio de Janeiro: Morro do Alemão, do Borel, Morro Santa Marta, Cantagalo, etc. “Em todos os morros, temos várias opções: um mirante, a igreja da Providência, construída há cerca de 200 anos, além de opções de guias locais”, completa o artigo.

Esta exaltação às favelas cariocas é o que mais me surpreende já que, se não me falha a memória, estas favelas foram consideradas as mais perigosas, além de estarem completamente dominada pelas drogas. De repente, tudo mudou... Como eu havia escrito em colunas anteriores, o ano mudou e, num piscar de olhos, todo o complexo do Alemão e adjacências está “pacificado” e, ainda mais, pronto para receber turistas do mundo inteiro! Dizem...

Tudo muito politicamente correto. Quero deixar claro que não estou descriminando ninguém e, muito menos, as favelas, muito pelo contrário. Acho um absurdo transformar a questão da favelização – não só do Rio, mas de todo o Brasil – em um grande circo pra inglês ver! Enquanto milhares de pessoas vivem nelas em uma situação desumana – sem água potável, esgoto, em casas construídas nos morros com restos de papelão –, nosso governo quer nos convencer e, pior, convencer o mundo afora, de que favela é sinônimo de cultura e turismo!

Daqui a pouco, morar na favela vai ser “bacana”. Vão até dizer que é um projeto de vida sustentável e ecológico, já que todas as casas são feitas com “material reciclado” e você poderá viver sempre perto da natureza, “em estado intocável”.

PS 1: Favela (do dicionário Michaelis): Aglomeração de casebres ou choupanas toscamente construídas e desprovidas de condições higiênicas.

PS 2: Estande do Rio Top Tour, do governo estadual, informa sobre pontos de visitação.

PS 3: Por que as pessoas mentem?

Publicado em 18/05/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Temos várias mães...


Mães, avós, bisavós, todas são mães. Filhas, netas e bisnetas também se tornam mães de suas mães. É um ciclo maravilhosamente interminável.

Há vários tipos de mães: a que cozinha, lava e passa, a que trabalha fora, a que é mãe coruja, a mãe brava, a mãe que cria seus filhos sozinha, além das mães que criam os filhos de outras mães.

Bem, dizem que a mulher já nasce com o instinto natural de mãe. Ela é aquela que protege, luta e aninha seus filhotes.

Neste domingo, dia 14 de maio, comercialmente vamos comemorar mais um Dia das Mães. Promoções nas lojas, restaurantes, shoppings, tudo para comprar um presente para sua mãe ou levá-la para almoçar, passear... Enfim, o comércio ganha muito com esta data.

Mas será que esta é a melhor maneira de homenagear todas as mães de todas as idades? Quantas vezes nos esquecemos, ao longo do ano e no nosso dia a dia tão corrido, de dar um beijo, ligar, ou visitar nossa mãe? Esquecemos até o mais importante: foi ela que nos deu a luz.

Então me pergunto: como é possível que tantos homens agridam suas companheiras, filhas, empregadas e até mulheres desconhecidas? Será que estes homens não pensam que, no fundo, estão agredindo suas próprias mães?

Mesmo sendo uma data a se comemorar, acho bom sempre refletirmos um pouco sobre como a nossa sociedade ainda age de maneira tão primitiva em relação às mulheres, que são naturalmente nossas mães.

Uma curiosidade... “Estudo na Costa do Marfim diz que adoção de órfãos é pratica seguida até por chimpanzés do sexo masculino”. Eu tenho guardado este artigo há muito tempo, mas sempre vale destacar este fato como exemplo de compaixão e amor incondicional no mundo animal versus o mundo “humano e civilizado”.

Parabéns a todas as mães do mundo, hoje, ontem e sempre! Mãe é mãe, sempre! Todos os dias da semana, do mês e do ano!

PS: Os chimpanzés da Costa do Marfim estariam mais evoluídos do que nós, no que tange a valores éticos e morais e à visão do que é realmente viver em uma sociedade?

Publicado em 11/05/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).