quinta-feira, 27 de maio de 2010

Amor sem violência

Estamos a poucos dias do mês de junho, mês no qual se comemora o Dia dos Namorados, uma data que celebra o amor entre duas pessoas que se querem bem e que planejam, para o futuro, formar uma família. Mas e o amor para com as pessoas que já são parte da família, e que nos cuidaram desde crianças?

No dia 15 de junho comemora-se o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa. A data foi criada com o objetivo de despertar uma consciência mundial, social e política, da existência da violência contra a pessoa idosa.

A violência, não só física como também a psicológica, acomete idosos de todas as faixas econômicas. Na maioria das vezes, a agressão vem de pessoas da própria família ou próximas a eles. O abandono nos asilos, a falta de carinho, a pressão psicológica e o descaso são formas de agressão que muitas vezes passam despercebidas.

No Brasil, 65% dos idosos consideraram maus-tratos a forma preconceituosa como são tratados pela sociedade em geral: as baixas aposentadorias, os desrespeitos que sofrem no transporte público e a falta de leitos hospitalares para idosos.

A violência contra a pessoa idosa é um fenômeno universal e representa um importante problema de saúde pública, com prevalência tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento.

Todo dia é dia de demonstrar nosso carinho a quem a gente ama. Portanto, não esperemos o próximo dia 15 para mostrar nosso respeito aos nossos entes tão queridos, que nos tratam com tanto amor, incondicionalmente.

Publicado em 27/05/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Coronelismo x Democracia

Brasil, meu Brasil brasileiro... Hoje o nosso país é tido mundialmente como um símbolo de democracia e economia “estável e emergente” na América Latina.

Estive no Canadá no ano passado, representando o Portal Terceira Idade em um encontro sobre ações governamentais e não governamentais para este público. Curiosamente os canadenses elogiavam nossa economia e democracia e se espantaram ao saber da falta de inúmeras políticas públicas nas áreas de saúde, casas para idosos, cuidados, além dos baixos salários que a maioria dos aposentados recebe no Brasil.

“Que situação a minha...”, eu pensei. Sou brasileira e, ao invés de ter orgulho de meu país, tive que ser honesta e colocar de maneira muito clara que nossa democracia e os direitos da nossa população da 3ª idade, ou de qualquer idade, não são levados a sério.

Para a maioria dos estrangeiros, a palavra coronelismo e o conceito da mesma são muito difíceis de entender, até mesmo para nós brasileiros, onde a figura do “Coronel” faz parte apenas das estórias do Cangaço. Temos a sensação de que essa cultura mandatária e nada democrática não existe mais no nosso dia a dia.

Então, como é possível nosso país estar nas mãos dos mesmos governantes há tantas décadas, seja no âmbito federal, estadual ou municipal? E por que é tão difícil políticas públicas básicas funcionarem no Brasil?

PS: Coronelismo (do Dicionário Michaelis): Influência dos coronéis na política, que confundem em sua pessoa, atribuições de caráter privativo e público.

Publicado em 20/05/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pura nostalgia...

Passam os anos, os dias e, de repente, me pego pensando: “Os jogadores de futebol da época do Pelé e do Garrincha eram melhores...” ou “ Ah, como os festivais de música da TV Record eram bons, lançaram Elis Regina, Roberto Carlos, Chico Buarque...”

Lembro-me do meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha primeira transa, até da minha primeira TV colorida. Parece coisa de velho... Sem dúvida, o melhor lugar, sempre, “é aqui e agora”. Mas por que será que essa sensação nos persegue?

Talvez porque, com o passar dos dias, e ainda mais com a sensação de que os dias passam cada vez mais rápido, sentimos que não estamos conseguindo fazer as coisas, seja no trabalho, em casa, ter o nosso tempo de lazer e realizações pessoais.

Isso sem falar na situação de nosso país. Vem aí mais uma eleição. Parece que a última foi ontem. Pior ainda, parece que os candidatos são os mesmos. E praticamente a maioria deles é.

Então, acho que é natural vivermos no passado, pois o presente não tem mais paixão, luta ou ideais. Sentimos um vazio que não conseguimos mais preencher nem com a novela da Globo.

Bem, posso parecer um pouco pessimista, mas acredito que tudo tem solução. Talvez reinventar o nosso dia a dia, andar por ruas diferentes, vestir roupas que nunca pensamos, falar com pessoas com quem nunca imaginamos conversar. Enfim, abrir nossa mente e nosso coração para o novo. E quem sabe, assim, comecemos a tomar atitudes diferentes e acreditar que hoje é melhor que ontem.

Publicado em 13/05/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mãe é mãe!

Mães, avós, bisavós, todas são mães. Filhas, netas, bisnetas, também se tornam mães de suas mães. É um ciclo maravilhosamente interminável.

vários tipos de mães: a que cozinha, lava e passa, a que trabalha fora, a que é mãe coruja, a mãe brava, a mãe que cria seus filhos sozinha, além das mães que criam os filhos de outras mães.

Bem, dizem que a mulher já nasce com o instinto natural de mãe. Ela é aquela que protege, luta e aninha seus filhotes.

Neste domingo, dia 9 de maio, comercialmente vamos comemorar mais um Dia das Mães. Promoções nas lojas, restaurantes, shoppings, tudo para comprar um presente para sua mãe ou levá-la para almoçar, passear... Enfim, o comércio ganha muito com esta data.

Mas será que esta é a melhor maneira de homenagear todas as mães de todas as idades? Quantas vezes nos esquecemos, ao longo do ano e no nosso dia a dia tão corrido, de dar um beijo, ligar, ou visitar nossa mãe?

Esquecemos até o mais importante: foi ela que nos deu a luz. Então me pergunto como é possível que tantos homens agridam suas companheiras, filhas, empregadas e até mulheres desconhecidas? Será que estes homens não pensam que, no fundo, estão agredindo suas próprias mães?

Mesmo sendo uma data a se comemorar, acho bom sempre refletirmos um pouco sobre como a nossa sociedade ainda age de maneira tão primitiva em relação às mulheres, que são naturalmente nossas mães.

Parabéns a todas as mães do mundo, hoje, ontem e sempre!
Mãe é mãe, sempre! Todos os dias da semana, do mês e do ano!

Publicado em 06/05/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).