quinta-feira, 3 de março de 2011

Tanto riso, oh quanta alegria...

Algumas pessoas lembram, outras talvez não tiveram a maravilhosa experiência da época em que “brincar na avenida” significava apenas ficar andando e dançando, soltando confete e serpentina com uma máscara de pirata no rosto, ao som das doces marchinhas de carnaval, em completa confraternização.

Ninguém fazia mal a ninguém (não havia o medo que temos hoje de ladrões e trombadinhas). O “maior perigo” era os “engraçadinhos” que usavam lança-perfume (até que fossem proibidos, pois muitos usavam líquidos tóxicos em vez de água).

Quando chegava a noite, meu pai me puxava para a calçada (naquela época eu tinha 5 ou 6 anos) para dar lugar aos rapazes da prefeitura que começavam a isolar a avenida com cordões.

Era chegada a hora das Escolas de Samba entrar na avenida. Ficávamos deslumbrados, admirando o desfile com os fantásticos carros alegóricos e as maravilhosas fantasias.

Que diferença entre o Carnaval do século 21 e o dos anos 70...

O Carnaval dos nossos filhos e netos, hoje, se resume a acompanhar os desfiles pela TV, ir à bailes carnavalescos em clubes fechados ou, o que a maioria acaba fazendo, “fugir do carnaval” e ir à praia mais próxima...

É uma pena que, hoje, a folia não seja mais pular (literalmente) o carnaval com os amigos e familiares, ao som daquelas deliciosas marchinhas, esperando ansiosamente pela votação do Rei Momo do ano.

Deixo aqui os meus parabéns às marchinhas que foram e continuam sendo cantadas até hoje, tais como: 'Máscara Negra' , 'Mamãe Eu Quero', 'Bandeira Branca', entre outras. Lembrando que o Brasil já teve um Carnaval que não era “só pra inglês ver”

. Publicado em 03/03/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

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