quinta-feira, 13 de abril de 2017

Alívio imediato no país das maravilhas...

Dor de cabeça, resfriado, stress, espinhas, obesidade? Não se preocupe! Vá até a farmácia mais próxima e, rapidinho, você vai achar um coquetel de soluções imediatas.

As “drugstores” estão tão moderninhas que já têm o sistema “self-service”. É só pegar sua cestinha e ir colocando todos os produtos expostos nas prateleiras: chocolatinhos, barrinhas de cereal, promoções de xampus, vitaminas, etc., etc.,etc...

E quem garante que os males não vão voltar tão rápido quanto foram embora? Também tem o alívio imediato pós-expediente, pós-briga com a namorada ou marido: uma cervejinha no boteco da esquina, comprar mais um baton, tirar um selfie com seu cachorro...

Num primeiro momento, tudo parece normal. Afinal, vivemos numa sociedade rápida e imediatista, que tem como uma de suas bandeiras principais o bem-estar e o prazer imediato! Drogas lícitas e ilícitas são vendidas com muita facilidade, existe um “super marketing” e até uma imposição social de que o mais importante é aparentar estar sempre bem.

Tudo acaba ficando meio confuso. Mas pense bem antes de buscar qualquer forma de alívio rápido.Tentar buscar, interiormente, a causa de nossas dores físicas ou emocionais não é fácil! Observar a situação política e econômica de nosso país de maneira mais ampla e buscando a história do Brasil desde seu ‘achamento’, também não é nada fácil.

Não existe alívio imediato – e “trocar um remédio por outro” não é garantia de cura. O tratamento se faz no dia a dia, avaliando a raiz da questão.

Parece até que eu virei médica!... Mas não é esse o caso. Apenas comecei a observar como, sempre que surge um problema, a primeira coisa que fazemos é procurar um elixir mágico!

PS 1: Ainda estou em busca do “elixir mágico”... Será que ele está escondido no conto de “Alice no País das Maravilhas”?

PS 2: Desejo Feliz Páscoa a todos! Com ovos ou sem ovos de chocolate! Mas com muito amor e compaixão!

Publicado em 13/04/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

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