quinta-feira, 2 de março de 2017

Temos muito a comemorar, mas...

Oito de março: Dia Internacional da Mulher. Mais um ano vamos comemorar esta data tão importante, oficialmente decretada pela ONU em 1975.

Bem, temos muito a comemorar, mas também ainda temos muito para alcançar quando falamos em respeito, direitos e, mais ainda, sobre a questão do grande número de abusos morais e físicos a este ser tão lindo que gerou todas as pessoas que estão neste planeta!

Eu acho uma insanidade completa maltratar qualquer ser vivo, mas maltratar uma mulher é realmente insano. Afinal, todos nós temos uma mãe, e ela é uma mulher!

Com certeza, hoje, as mulheres adquiriram muito mais espaço na sociedade do que há algumas décadas e séculos atrás. Elas estudam, trabalham, dirigem, votam, podem sair, namorar, escolher com quem querem casar – diga-se, de passagem, ainda existem muitos países onde a cultura e a lei proíbem tudo isso e mais um pouco...

Mas, mesmo no ocidente, onde nos achamos tão evoluídos e liberais, grande parte das mulheres ganham menos que os homens, são as que cuidam dos filhos – antes e depois de voltar do trabalho –, sofrem assédios morais e físicos também.

Me pergunto: Por que o ser humano ainda é tão primitivo? Existem centenas de teorias. Uns dizem que é doença, outros que é uma questão cultural, problemas com o tal lóbulo frontal – ou será que é pura maldade?

Mesmo que não saibamos a resposta, uma coisa é certa: as mulheres continuam sendo alvo de discriminação e agressões imperdoáveis! Cabe a nós, mulheres, em primeiro lugar agir e reagir contra esta situação absurda.

Como mulher, me sinto muito triste e envergonhada quando vejo as “Faustonetes” dançando o domingo inteiro no programa do Faustão, com as bundas e os seios praticamente caindo pra fora da telinha.

Para nossa sorte, posso citar centenas de mulheres que fazem por onde mostrar ao mundo que o ser feminino também é um ser pensante e muito especial, entre elas, nossas queridas: Elis Regina, Cora Coralina, Madre Tereza de Calcutá, Chiquinha Gonzaga, Indira Gandi e tantas outras mulheres anônimas do nosso dia a dia.

PS: Temos muito a comemorar, mas não vale a pena ficar só no arroz de festa...

Publicado em 02/03/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

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