quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

“O futuro é o minuto seguinte...”

“O futuro é o minuto seguinte, que é tão precioso que a gente chama de 'presente’!” A frase é do ator Francisco Cuoco, 83. Ela nos faz refletir sobre a importância de olharmos para o presente, em todos os instantes da nossa vida.

Lembro-me de quando eu ainda era criança e me perguntava: “Como serei quando ficar adulta? E quando ficar mais velha? Terminar os estudos, escolher uma carreira, o primeiro emprego, namoro, casamento, filhos, netos...”.

Pensando nesta questão, de como nos preocupamos com o futuro, me lembrei de como fiquei impressionada com o depoimento que Cuoco ofereceu à “moçada” do Portal Terceira Idade.

“O tempo passa para todo mundo. O importante é a gente ter cada vez mais consciência de que idade não é um problema, idade é uma consequência. Esqueça os números e os anos. O passado é lindo, ficou lá pra trás, é uma referência importante. O futuro é o minuto seguinte, que é tão precioso que a gente chama de 'presente'. Então, o presente é importante para que você esteja bem, esteja saudável, esteja feliz!”, disse o ator, durante a entrevista.

Assim, gostaria de transmitir a todos vocês, amigos e leitores do Blog do Portal Terceira Idade e do Jornal O DIA, uma mensagem. Que em 2017, olhemos mais para o presente, para as pessoas que estão, hoje, conosco, nossa família, nossos amigos. E, o mais importante, para aqueles que não conhecemos, mas que também são – como já dizia um conhecido sábio, 2000 anos atrás – nossos irmãos.

Desejo uma ótima passagem de ano a todos e que, em 2017, possamos viver mais, sorrir mais, sentir mais e mais, e que todos os brasileiros possam ter os seus direitos respeitados e garantidos!

PS 1: Aproveito a oportunidade para recomendar um belo filme para assistir nesta virada de ano: “Up – Altas Aventuras”, um desenho animado que traz uma mensagem muito comovente!

PS 2: Tudo é possível, ainda mais quando o amor prevalece ao longo de toda uma vida.

Publicado em 29/12/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Até você, Noel?...

Afinal de contas, como surgiu essa figura que atualmente chamamos de Papai Noel? Por que ele está relacionado à essa época em que comemoramos o nascimento de Cristo?

Tudo começou há aproximadamente 1300 anos, no século 4, em Patara, uma cidade na costa sul da Turquia (na época, uma cidade grega), onde nasceu São Nicolau – que não era um gordinho rechonchudo de barba e nem vestia a tradicional roupa vermelha com botas.

A lenda diz que Nicolau jogava moedas de ouro para dentro da janela de um pobre homem que tinha três filhas. Uma versão conta que, misteriosamente, surgiram três sacos de dinheiro em noites consecutivas para que o pai das meninas pudesse pagar o dote e casá-las. Alguns dizem que as moedas eram atiradas chaminé abaixo, e outros, que eram deixadas em meias penduradas na lareira para secar, essa última, uma tradição que continuou até hoje. Ele morreu no dia 6 de dezembro de 343, em Mira, na Turquia.

E como a imagem de São Nicolau, do século 4 na Turquia, se transformou na figura do gorducho bonachão dos comerciais da Coca-Cola de hoje em dia?

Nos anos 1920, a figura do Papai Noel começa a ser utilizada em publicidade, aparecendo em propagandas fumando cigarros Camel e Lucky Strike, vendendo Martini e pasta de dente Colgate, assumindo os traços que conhecemos hoje em dia! Em 1930, se torna o velhinho-propaganda da Coca-Cola.

Para quem quer conhecer o bom velhinho de perto e entregar-lhe pessoalmente sua carta com pedidos de presentes, basta viajar para a fria e gelada Rovaniemi, na Lapônia, uma região que engloba uma parte da Finlândia, Noruega, Suécia e Rússia.

PS 1: Sua “residência/escritório” – que recebe 310 mil turistas e 700 mil cartas por ano – fica na Montanha Korvatunturi, na Finlândia. Anote o endereço: Rovakatu 21, FIN-96200, Rovaniemi, Finlândia. Telefone: 00/xx/358/16/346-270.

PS 2: Desejo um feliz Natal Tropical à todos!

PS 3: Caso você não possa ir à Finlândia, um bom abraço e muito carinho já são um grande presente!

Publicado em 22/12/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Qual é o “pobrema”?...

Você lembra como se sentiu quando leu ou escreveu pela primeira vez? É bem provável que não – parece até que já nascemos lendo e escrevendo! Mas, com certeza, deve ter sido um momento mágico.

Já faz um tempinho que o Ministério da Educação autorizou a publicação do livro “Por uma Vida Melhor”, uma insanidade completa! Volto a falar neste assunto, por que a insanidade continua...

Num país como o Brasil, onde existem milhares de analfabetos e falta de escolas públicas, chega a ser um privilégio poder ler e até escrever. Não bastasse esta realidade cruel, que nossas crianças e adultos vivem há muita e muitas décadas, ainda somos pegos de surpresa por uma nova corrente educacional, que defende a ideia de que não existe certo ou errado na língua portuguesa.

Para este grupo de pessoas, que tem a coragem de se denominar pedagogos, chamar a atenção de um aluno que escreve ou fala gramaticalmente errado é um “preconceito linguístico”. Adotado nas aulas de português para milhões de estudantes do ensino fundamental, o livro “Por uma Vida Melhor” é uma amostra desta insanidade acadêmica.

Heloisa Ramos, uma das autoras desta obra insana, cita no livro: “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’?’, ou ‘Nós pega o peixe?’. Claro que pode”. O erro crasso de concordância é apenas uma “variação popular”, diz a autora. E mais, ela ainda diz que a língua culta, ou seja, a gramática que rege as regras de nossa língua portuguesa, é um “instrumento de dominação das elites”...

Eu fiquei totalmente pasma com estas afirmações e, pior ainda, saber que o Ministério da Educação autorizou a edição do tal livro e sua distribuição para as escolas públicas.

Banalizar a educação e destituir-se da responsabilidade de propiciar um estudo básico para nossas crianças e jovens carentes até que parece ser uma boa saída para os governantes se eximirem de toda e qualquer responsabilidade ética e moral em relação a tudo o que acontece no Brasil!

PS 1: Meus sentimentos pela morte de dom Paulo Evaristo Arns, ícone progressista da igreja no Brasil.

PS 2: Se você ainda não leu o livro “Ratos e Homens”, de John Steinbeck, este é um bom momento!

Publicado em 15/12/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Quem é você na rede?

Estudos realizados por psicólogos têm demonstrado que a maior parte das pessoas que se comunicam via internet através das redes sociais tem a tendência de chamar a atenção, mostrando um perfil pessoal bem diferente do que possuem na vida real. Na maioria das vezes, a pessoa acaba exagerando, seja nos seus defeitos ou nas suas qualidades.

Hoje em dia, dificilmente vamos conhecer alguém que não possua uma página pessoal no Facebook, Intagram ou em alguma outra rede social. Caso você não tenha uma, vai sentir-se um ET ou um alienado.

Realmente estamos vivendo na era da sociedade antenada, conectada 24 horas na rede, todos twittando, postando comentários, opiniões, minuto a minuto, as quais vão ser vistas por milhares de pessoas.

Parece que isso acabou se tornando um dos objetivos principais no nosso dia. Quem tem mais seguidores, você ou seu amigo? “Eu já estou com 800 pessoas como meus amigos no Facebook”, comentou meu vizinho, que praticamente não sai de casa e vive sozinho. “Sempre posto fotos de festas, viagens, falo dos meus namorados” é o comentário de uma amiga muito tímida na vida real.

Mas vamos pensar um pouco... Quando tudo isso começou, qual era a finalidade de participar das redes sociais? Bem, que eu me lembre, a ideia era fazer novos amigos em qualquer lugar do mundo, trocar experiências, conhecer pessoas afins e, se possível, encontrá-las no mundo real.

Eis que de repente nos vemos perdidos em um mundo virtual, que, por muitas vezes, acreditamos ser real, e somos capazes de ficar o dia inteiro na frente de um computador.

Como jornalista, sou a primeira a achar uma maravilha todos os recursos que a internet e as redes sociais podem nos oferecer em termos de informação e interatividade. Porém, tento sempre me lembrar de usar estas ferramentas como um meio e não um fim!

PS 1: “Use a rede com moderação. Se persistirem os sintomas, procure um médico!”

PS 2: Vídeo mostra estereótipo das redes sociais. Vale a pena ver: http://vimeo.com/22575745

Publicado em 08/12/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).