quinta-feira, 29 de julho de 2021

Você tem medo de ETs?


Nunca vi tantos filmes, seriados de TV, artigos e tanto alarde sobre o fim do mundo! Lembram-se da previsão que o mundo ia acabar em 2012? Previsão Maia, Asteca, astrológica, ou mesmo científica: qual é a diferença?

Será possível acreditar que o mundo vai acabar em um dia? Ou em um determinado ano? Ou, talvez, ninguém queira perceber que todos os dias, há centenas de anos, nós estamos acabando com o planeta e com todos os seres vivos que o habitam?

Alguém se lembra de que o ano de 2010 começou sacudindo o planeta? Nos primeiros dezenove dias do ano, ocorreram terremotos no Haiti, Argentina, Papua, Nova Guiné, Irã, Guatemala, El Salvador e no Chile. O Japão também sofreu, naquele ano, um dos piores desastres de sua história: um grande tsunami, acompanhado de terremotos e, como consequência, a explosão de uma grande usina nuclear local.

Na cidade de Mariana, em Minas Gerais, em 2015, de quem foi a culpa? E, neste caso, tínhamos todas as previsões possíveis, porém ninguém fez nada...

Terremotos naturais têm demonstrado sua força há séculos. Em 1755, um terremoto destruiu quase completamente a cidade de Lisboa. O sismo foi seguido de um tsunami. No século passado, em 1964, aconteceu o maior terremoto do mundo, no Alasca. Naqueles tempos, não havia tecnologias para prever catástrofes e nem para cria-las!

Não sou acadêmica da área ambiental, mas posso supor que, com todo o conhecimento científico que temos hoje, um dos grandes vilões de todas essas tragédias é a nossa ganância, colocando sempre à frente os lucros gerados por usinas nucleares, petróleo, desmatamentos, etc., etc., etc...

Bem, da fome, miséria e doenças do século passado e retrasado, como Febre Amarela e Aedes aegypti – que ainda, vergonhosamente, existem em nosso planeta e estão voltando com tudo –, pouco se fala... Sem contar a Covid... O grande slogan do momento é “Salve o planeta!”. E o ser humano, como fica?

PS 1: E ainda tem gente que tem medo de ETs...
PS 2: Muitos dizem que não temos nada a temer...

Publicado em 26/01/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Este ano será comemorado o 47º aniversário da descoberta do fóssil Lucy

Este ano será comemorado o 47º aniversário da descoberta do fóssil Lucy. O esqueleto do Australopithecus afarensis foi encontrado em 1974 pelo antropólogo Donald Johnson e o estudante Tom Gray durante escavações na Etiópia. O alto grau de conservação da ossada surpreendeu os arqueólogos.

Após os pesquisadores constatarem que o fóssil de 3,2 milhões de anos pertencia a uma mulher, batizaram-no de Lucy – em homenagem à música dos Beatles ‘Lucy in the Sky with Diamonds’ que, segundo relatos, estaria tocando no momento das escavações e nas comemorações após a descoberta.

Lucy está em exposição no Museu Nacional da Etiópia. Seu crânio, com tamanho intermediário entre o dos humanos e o dos chimpanzés, é o que denomina a espécie “Australopithecus”, que significa “macaco do sul”. Eles são bastante próximos dos hominídeos do gênero “Homo” na escala de evolução.

Lucy tinha apenas 1,1 metros de altura, pesava 29 kg e se parecia, de certa forma, com um chimpanzé comum. Embora a criatura tivesse um cérebro pequeno, a pélvis e ossos das pernas eram quase idênticos aos dos humanos modernos.

Que coisa louca... Então existimos, praticamente, há no mínimo 3,2 milhões de anos! Isso é muito tempo, tanto tempo que não dá nem para entendermos este tipo de escala de tempo, já que costumamos falar em dias, meses, anos, séculos...

Aí é que eu me pergunto: como é possível estarmos há tanto tempo nessa terra e ainda nos comportarmos como primatas, ou, com certeza, bem pior, já que a maioria dos macacos e chimpanzés vivem juntos, cuidam uns dos outros – e até de bebês de outras espécies!

Desde que me conheço por gente, o mundo vive em guerra, humanos matando outros humanos... Oh, podres, pobres poderes! Acho que nossa querida Lucy ficaria muito triste e assustada se vivesse no mundo de hoje.

Fique em paz, querida Lucy!