quinta-feira, 27 de julho de 2017

Parabéns a todos os vovôs e vovós do Brasil!

Quem não ama de paixão seu avô e sua avó? E, assim como temos o Dia dos Namorados, o Dia das Mães, o Dia dos Pais, entre muitas outras datas, não poderíamos deixar de homenagear, também, o Dia dos Avós, comemorado ontem, dia 26 de julho.

A data foi escolhida para a celebração do Dia dos Avós por ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.

Conta a história que Ana e seu marido Joaquim viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que Deus lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina, a quem batizaram de Maria.

Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. São Joaquim e Santa Ana são considerados os padroeiros dos avós.

Ser vovó... Essa é, provavelmente, uma das fases mais doces da vida, na qual a vovó – e o vovô, também –, estão curtindo com muito amor e carinho seus filhos e os filhos dos seus filhos. A passagem do tempo lhes dá a oportunidade de poder passar a eles a experiência que eles tiveram ao longo de suas vidas: histórias, lembranças e conselhos que possam orientá-los a fazer o que eles mais gostaram na vida – e, talvez, evitar os erros que não querem que eles repitam.

Aproveito esta data para homenagear todos os vovôs e vovós e, também, você, leitor(a) desta coluna, que, mesmo não sendo avô ou avó, com certeza tem muito amor pelos filhos e netos de seus parentes e amigos.

PS 1: Como recomendação de leitura, o livro “Avós” (escrito por Heras; Editora Callis, 2003), nos mostra que gostar de nós mesmos, em qualquer etapa do ciclo da vida, é o primeiro passo para um envelhecimento bem sucedido.

PS 2: Tomara que nós, quando nos tornarmos avós, não tenhamos que passar por essa situação tão angustiante – e vergonhosa – de reforma da Previdência. Não há avô ou avó que aguente...

Publicado em 27/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 20 de julho de 2017

TVs, celulares... E cadê o banheiro?


Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que, enquanto no país avança a presença nas residências de bens duráveis como TVs, aparelhos de DVD, computador, celular, carros, etc., boa parte dos Estados fica paralisada – ou até regride – em serviços como água, esgoto e coleta de lixo.

Segundo o IBGE, no Brasil, 4 milhões de pessoas não têm banheiro em casa. Na cidade de Milagres, no Maranhão, cerca de 67% dos domicílios não têm banheiro.

Um dos maiores entraves, ainda, é a rede de esgoto. Ao todo, 11 Estados recuaram no acesso a este serviço. No Piauí, o percentual de casas com acesso à rede foi de 4% para 2,8% – queda de 29%. “Há um avanço, mas muito aquém do que o país precisa. O governo tem meta de universalizar o serviço em até 20 anos. Se continuar assim, é impossível”, diz Édison Carlos, presidente do instituto.

O problema se repete na coleta de lixo. “Os municípios não têm mostrado capacidade de recolher e destinar adequadamente tudo. E os problemas estão se agravando”, diz Maria Vitória Ferreira, coordenadora da agenda ambiental da Universidade de Brasília.

Neste cenário desastroso devido a inconsequente administração de nossos governantes, que já vem de longa data, surge um outro cenário surrealista... Jorge Alessandro de Souza vive em frente a um igarapé no bairro São Jorge, na zona oeste da capital do Amazonas. O lixo se acumula nas margens do canal, não há coleta de esgoto e a iluminação é precária.

Porém, na sua garagem, uma lona escura esconde um sonho antigo: o carro que ele comprou em fevereiro passado. Dentro de sua casa, há geladeira, televisão e outros eletrodomésticos, todos novos... Será que esta situação pode levar alguém em sã consciência a dizer que vivemos em um país emergente?

Bem, deixando de lado estes pequenos detalhes do dia a dia e dando para ver o joguinho de futebol e a novela das oito, parece que está tudo bem por aqui...

PS 1: “Um país sem banheiros não é um país sem miséria!”

PS 2: Iniciativa privada lançou a campanha “Banheiro Seco”. Saiba mais em: www.banheirosmudamvidas.com.br

Publicado em 20/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Sobre homens e hienas...


Em tempos de crise, tenho sentido cada vez mais como os seres humanos lidam uns com os outros... Dizem que “tudo está difícil”, “não sobra dinheiro pra nada”, “não sobra tempo”, “os nervos estão à flor da pele”, “tem que cuidar primeiro de sua prole”...

E fora dos tempos de crise? Estes seres humanos agem diferente, ou sempre existe um “porém, mas, contudo, todavia”, “tá tudo bem, mas eu primeiro”, “os outros que se virem e lutem como eu”, “consegui tudo com meu suor”?

Brinco muitas vezes com meus amigos, comparando bichos e homens! Tem gente que parece gato, outros, cachorro, outros, passarinho, etc... Não em sua aparência, mas, sim, em suas atitudes para consigo mesmos e para com os outros!

Pensei com meus botões... Desde a época mais remota de nossa existência, com qual bicho a maioria das pessoas se assemelha? Recebi um texto sobre a questão do mundo animal fazendo uma analogia com nossa sociedade. Caiu como uma luva! Comecei a ler e um dos bichos citados era a hiena. O texto dizia: “Hienas são bichos que comem restos, mas vivem rindo. São predadoras de extrema destreza e crueldade. As hienas riem da própria desgraça, num sinal de contentamento automático com a miséria, com o destino de marginais tolerados, com o complexo eterno de inferioridade, com as brigas de egos”.

Senti-me extremamente triste e enojada com o comportamento deste animal covarde, cruel, medroso, egoísta e sem caráter. Mas o que fazer... Essa é a natureza da hiena, esse comportamento está em seu DNA, ela simplesmente age por impulso. Afinal, a hiena é um bicho, irracional e instintivo. Não sei por que, aos poucos, vi muitas semelhanças com o modus operandi de milhares de seres humanos...

Talvez eu esteja exagerando, aumentando, ou é o meu sentimento de frustração com o modo como as pessoas vêm agindo umas com as outras, pode ser que eu esteja tomando café demais ou usando lentes de grau que estão distorcendo minha visão...

PS 1: Você tem visto alguma hiena andando por aí?

PS 2: Eu tenho visto várias! Será que estou delirando?

Publicado em 13/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Se persistirem os sintomas...

Foi-se o tempo em que uma vida difícil era chamada de “vida de cachorro”... Claro que, como todo mundo, eu amo os cães, os gatos e todos os bichinhos de estimação, mas, venhamos e convenhamos, será que estamos trocando nossos amigos humanos por estes seres tão lindos e dóceis? E se for o caso, por quê?

Vivemos em uma das eras mais avançadas da tecnologia, da medicina, do bem-estar físico e material, mas acho que, espiritualmente e afetivamente, estamos sentindo um grande vazio em nosso coração, ao ponto de casais adotarem cãezinhos, dormirem com eles – isso tendo filhos ou não. Vejo centenas de pessoas, jovens ou idosas, passeando sozinhas pelas ruas das grandes ou pequenas cidades com seus lindos animais, uns grandes, outros tão pequenos que até cabem em suas bolsas.

Hoje, temos um pet shop em cada esquina, banho, tosa, escovação de dentes, terapias homeopáticas, roupinhas, tratamento vip de ponta a ponta, super legal. Estamos nos dedicando como nunca aos nossos bichinhos de estimação, enquanto a relação com outros seres de nossa mesma espécie esta ficando cada vez mais difícil.

No Facebook e em outros sites de relacionamento podemos conhecer centenas de pessoas e fazer novos amigos, mas também tudo pode ficar no virtual. Muitas pessoas dizem que sentem solidão, insegurança, medo do seu próprio semelhante. Outros acham ótimo se relacionar com um bichinho porque ele nunca questiona seu dono, concorda com tudo e, o mais importante, oferece um amor incondicional!

Li uma frase de uma mulher em um artigo sobre esta questão no qual ela dizia: “Cachorro é o único amor que a gente compra”. Uau, a que ponto chegamos... Onde está aquele nosso amigo do peito, nosso parceiro(a), com quem podemos contar sempre, nossos pais, um irmão, nosso vizinho? Eles continuam lá e nós aqui, cada um em sua “casinha”, seguro e a salvo de “críticas e sugestões”...

PS 1: Se persistirem os sintomas, procure um ser humano!

PS 2: Se ainda persistirem os sintomas, procure um pet shop...

Publicado em 06/07/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).