quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mãe Terra

Vivemos um dos maiores momentos de preocupação com a nossa Terra, nosso planeta, nossa casa.

Preocupamo-nos com o ar que estamos respirando, o derretimento das geleiras devido à diminuição da camada de ozônio, a água que bebemos e as matas devastadas. Enfim, o nosso meio ambiente está sofrendo devido à ganância de grandes fábricas que soltam poluentes, gás carbônico, além de outros produtos tóxicos.

Também estamos ficando cada vez mais doentes: diabetes, câncer, etc... Outro detalhe: Você se lembra do que comeu ontem? Será que foi um belo hambúrguer com batatas fritas? Ou um grande sorvete cheio de caldas e marshmallow?

Tudo bem, você não está cometendo nenhum pecado. Os grandes vilões desta história são as indústrias do açúcar refinado, da carne cheia de hormônios, dos refrigerantes super artificiais e, principalmente, a mídia.

Somos bombardeados com anúncios diariamente, principalmente nos supermercados. Claro que guloseimas são gostosas. Mas elas poderiam ser feitas de maneira diferente, talvez com açúcar mascavo e farinha integral, com menos corantes, estabilizantes e conservantes?

Com certeza que sim! Mas onde estaria o lucro das indústrias que fabricam e processam todos esses produtos? Pensei nesta questão, pois não adianta salvar o planeta e não pensarmos em salvar a nós mesmos.

PS: Conheci um casal, aqui em Marília (Lia e João), que estão, inicialmente, plantando verduras em pequena escala e com preços populares e, futuramente, legumes e frutas sem nenhum agrotóxico!

Publicado em 24/06/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um buraco na rede

Copa 2010. No primeiro jogo do Brasil, nosso goleiro deixou um buraco na rede e a Coréia acabou fazendo um gol! Um jogo estranhamente sofrido... Mas tudo bem, no final, ganhamos de 2 a 1.

Bem, de início, associei a imagem de um buraco na rede com uma questão mais ampla, a nossa sociedade. Afinal, todos nós vivemos numa grande rede, dentro e fora da internet.
Tudo e todos estamos, e sempre estivemos, interligados.

Podemos usar uma receita culinária como exemplo. Para fazermos um simples bolo de fubá, precisamos ter todos os ingredientes, misturá-los e depois ainda colocá-los no forno e esperar o tempo certo de assar, para que não queime ou não murche.
Assim é na nossa vida também. Para vivermos em uma sociedade equilibrada e funcional, todos os “ingredientes” devem estar presentes: emprego, saúde, educação, lazer, moradia, segurança e, claro, uma cerejinha aqui, uma cobertura de chocolate ali, nunca é demais.

Infelizmente, a nossa sociedade há muito tempo não vem disponibilizando estes ingredientes básicos para que todos nós possamos viver em harmonia e, no final, comermos um maravilhoso bolo de fubá.

Cria-se, então, um grande “buraco na rede”, muitos cidadãos se tornam marginais e marginalizados. No sentido exato da palavra, vivem a margem da sociedade, não conseguindo sequer produzir e nem ao menos se sustentar.

PS: 2010, ano de eleição, ano de Copa do mundo, hora de cobrar de nossos governantes todos os ingredientes e, inclusive, um monte de agulhas e linhas. O buraco ficou grande!

Publicado em 17/06/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Parada GLBT

Aconteceu neste último fim de semana a 14ª Parada Gay em São Paulo, que agora reúne gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GLBT).

Segundo dados da imprensa, participaram mais de 3 milhões de pessoas de todas as opções sexuais: héteros, famílias, crianças, adolescentes, idosos, cachorros, gatos, etc. Tanto que o tema da Parada foi “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”.

Fico contente ao perceber que, cada vez mais, os brasileiros estão entendo o conceito de cidadania e democracia, aprendendo a respeitar e conviver com a pluralidade cultural, no caso, as diferentes opções sexuais.

Essa abertura mental e política é o que possibilita e dá a chance de nos garantir cada vez mais os nossos direitos como cidadãos, mesmo que a questão de uma diferente opção sexual não faça parte de seu cotidiano.

Pode parecer, num primeiro momento, que foi só uma festa para o público gay. Mas, muito pelo contrário, o respeito às diferenças, sejam elas quais forem, é o que garante uma sociedade livre e justa para todos nós.

Fiquei feliz ao receber um e-mail da recém-criada ALGBT (Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Cidade de Marília), comunicando-me sobre a Campanha “Marília contra a homofobia, em defesa da cidadania”, em parceria com a UNESP, com abertura no dia 11/06, às 20h. Informações: algbtmarilia@yahoo.com.br

PS: Uma cidade não cresce apenas com a abertura de novas indústrias, mas também com a abertura moral e cultural dos seus cidadãos.

Publicado em 10/06/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

TFP...

Há muito tempo foi criado um movimento chamado TFP (Tradição, Família e Propriedade). Anos atrás, essas pessoas saiam no centro de São Paulo, carregando bandeiras, vestidas de roupas cinza, todos com caras e gestos iguais. Sempre me assustava ao vê-los.

Bem, eles pregavam, e pregam até hoje, de uma maneira extrema e radical, o conceito de que só devemos olhar para a nossa família, seguir as tradições mais arraigadas possíveis, cheias de preconceito e ignorância e nunca dividirmos o que é nosso com ninguém!

Claro que as pessoas mais esclarecidas, a mídia e a sociedade democrática condenam este movimento e os trata como “loucos e extremistas”.

Partindo deste pressuposto, acho muito estranho que a maioria das pessoas tidas como “normais” e conscientes do fato de que vivemos em uma sociedade e, naturalmente, isso significa conviver com o seu próximo, continuem tendo posturas egoístas e mesquinhas no dia a dia. Desde o simples fato de não ajudar um vizinho, um parente ou mesmo um amigo em algum momento difícil, quanto mais um estranho.

Aí, reclamamos do governo que não é justo, das leis “ilegais”, do abuso do poder. Faltam remédios nos postos públicos, albergues para os desabrigados, as escolas públicas não ensinam como deveriam, o tráfico de drogas corre solto, as favelas se multiplicam, etc, etc, etc...

Fica então uma pergunta no ar: “Quem é o ovo e quem é a galinha?”

PS: Gandhi já dizia: “Cada povo tem o governo que merece”.

Publicado em 03/06/2010, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´ de Marília (SP), da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).