O Dia Nacional da Consciência Negra foi comemorado no dia 20 de novembro, em homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Desde o descobrimento do Brasil até hoje, existe uma enorme exclusão social – e essa desigualdade também tem cor. Quantas vezes você já ouviu, ou até falou: “Sabe aquele cara de cor? Até que ele é legal”. Aí vem a pergunta: de que cor?
Todos nós temos uma cor: branca, amarela, vermelha, negra... Todos nós temos uma etnia. Por que será que, sempre que falamos “pessoa de cor”, estamos nos referindo aos negros?
Por que tratamos os negros e os índios como estrangeiros que vieram roubar o trabalho dos brancos. Afinal, foram os próprios colonizadores brancos que trouxeram os negros da África para trabalhar como escravos – além dos índios, que já estavam aqui!
“Parece que os negros não têm passado, presente ou futuro no Brasil. Parece que sua história começou com a escravidão, sendo o antes e o depois dela propositalmente desconhecidos.” Quem afirma é o antropólogo Kabengele Munanga, professor do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências e Humanidades da USP.
Escritores, líderes, engenheiros e políticos negros ainda são pouco conhecidos de alunos e até dos professores! Vou citar apenas alguns deles:
- Milton Santos nasceu em 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúbas, na Bahia. Filho de dois professores primários, ele tornou-se um dos geógrafos negros mais conhecidos no mundo.
- Lima Barreto (Afonso Henriques de Lima Barreto) nasceu em 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro, neto de escravos e filho de professores. Em 1897, menos de dez anos após o fim da escravidão, ele foi aceito na importante escola de Engenharia do Rio de Janeiro – o único negro da sala.
Bem, são tantos outros negros e negras importantes que eu poderia citar, que não caberiam neste artigo...
PS 1: Um país que não conhece a sua história não tem como ir adiante!
PS 2: Sem passado, não existe futuro... não existe identidade!
PS 3: “O dia em que pararmos de nos preocupar com consciência negra, amarela ou branca, e nos preocuparmos com consciência humana, o racismo desaparece!” (Morgan Freeman)
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