Ela conta que perguntou à senhora se ela estava com um acompanhante, mas ela respondeu ter ido só à sua consulta. Estava muito ferida, com hematomas, e sangrando. Ao procurar por ajuda, ninguém do complexo hospitalar, nenhum segurança ou funcionário se prontificou a ajudar. Sequer uma cadeira de rodas foi disponibilizada para levá-la ao Pronto Socorro. Outra senhora, um pouco mais jovem, se prontificou a ajudá-la. Depois de uma radiografia constatando não haver fraturas e um rápido curativo nos ferimentos, foi dispensada para “voltar para casa”.
“Sozinha?”, argumentou chocada, Dona Anísia. Um médico lhe respondeu que ele já tinha prestado o socorro que podia àquela senhora e que outra alma caridosa deveria, dali pra frente, fazer com que ela chegasse à sua casa.
Todos nós temos um vizinho, um amigo, um parente, ou mesmo alguém que não conhecemos e que precisa de nossa ajuda. Que tal doarmos algumas horas do nosso dia para quem precisa?
Claro que esta atitude não isenta os órgãos públicos de reverem sua postura e necessidade de atendimento para os idosos que não têm a quem recorrer. Todos nós somos cidadãos e temos direito a este auxílio público e devemos lutar por isso.
Mas também, enquanto as coisas não mudam – e infelizmente não vão mudar tão cedo –, cada um de nós pode ser um agente social transformador. O item mais importante e necessário para mudarmos a nossa sociedade é termos consciência da realidade em que vivemos e solidariedade para com o próximo.
PS 1: Um mais um é sempre mais que dois!
PS 2: Se você pode e quer doar um pouco do seu tempo a quem precisa, você pode se cadastrar no Mural de Cuidadores Voluntários do Portal Terceira Idade: www.portalterceiraidade.org.br. O mural disponibiliza voluntários de várias cidades e estados do Brasil.
