Você tem espinhas, dor de cabeça, pesa uns quilinhos a mais, mentiu, roubou, participou de alguma quadrilha de corruptos? Tudo bem... Faça “delação premiada”!
Nunca tinha ouvido falar desta expressão e, agora, é a que mais se fala e a qual todos os políticos e pessoas que roubaram ou participaram de atos corruptos e ilícitos usam para se safar de sua penas e seus males!
Fui buscar no dicionário o significado exato desta expressão: “Delação premiada é uma expressão utilizada no âmbito jurídico, que significa uma espécie de ‘troca de favores’ entre o juiz e o réu. Caso o acusado forneça informações importantes sobre outros criminosos de uma quadrilha ou dados que ajudem a solucionar um crime, o juiz poderá reduzir a pena do réu quando este for julgado. Muitas pessoas consideram a delação premiada como se fosse um ‘prêmio’ para o acusado que opta por delatar os comparsas e ajudar nas investigações da polícia. De acordo com a lei brasileira, o juiz pode reduzir a pena do delator entre 1/3 e 2/3, caso as informações fornecidas realmente ajudem a solucionar o crime”.
Acho curioso aparecerem tantos seres praticamente fazendo fila para realizarem sua delação premiada – e ainda com uma carinha de coitados...
Mas por que as pessoas mentem? Por que tanta ganância, mau-caratismo e falta de consciência para com o futuro do país em que vivemos? Ah, esqueci... Com certeza é pelo dinheiro!
O americano David Livingstone Smith, diretor do Instituto de Ciência Cognitiva e Psicologia Evolutiva da Universidade de New England (EUA), tenta esclarecer por que mentimos: “A mentira está por toda parte. Mentimos para obter vantagens e para nos proteger de algo, o que significa que estamos, de certa forma, passando a perna em alguém”.
Bem, partindo dessa premissa, talvez fique mais fácil entender por que vivemos em uma dita “sociedade” tão primitiva e desumana...
PS 1: E agora que nos contaram algumas “verdades”... fazemos o quê?
PS 2: Acho que ainda tem muita gente na fila...
Publicado em 05/05/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 5 de maio de 2016
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