O Brasil é um dos países onde mais se assiste televisão no mundo. Bem, quantidade nem sempre é sinônimo de qualidade e, infelizmente, neste caso, essa frase é verdadeira.
Vivemos num país pobre, onde, dificilmente, as pessoas têm condições para comprar um livro, ir ao cinema, ao teatro ou mesmo frequentar a escola ou um curso qualquer. Então, o que nos sobra? A televisão.
Toda essa conjuntura já seria suficiente para o governo e a sociedade investirem em programas de TV educativos, ou, ao menos, incentivarem as emissoras privadas a produzirem programas com mais qualidade.
Ao invés disto, as grandes emissoras investem com toda força no bom e velho formato do entretenimento inútil. Prova disso são os “reality shows”, “game shows”, fórmulas consagradas, presentes em quase todas as redes de televisão, que vendem facilmente a falsa ideia de conhecimento e diversão.
Mas por que “falsa” ideia de conhecimento? Afinal, nestes programas são feitas perguntas sobre história, geografia, ciências, cinema... Porém, tão soltas e desconexas que acabam ficando perdidas no ar, e você tão perdido quanto elas. Cenas e mais cenas de personalidades – nem sempre ricas ou famosas – aparecem na telinha, mostrando suas camas, seus armários, ou o que comem e o que bebem. E qual é o grande chamariz para atrair o público? Prêmios que vão realizar os seus sonhos: carros, casas e barras de ouro... E dinheiro, e mais dinheiro!
Quanto mais profundo o nosso conhecimento sobre algo, mais afastados estaremos das falsas aparências, conseguindo chegar, assim, o mais perto possível da realidade que estamos vivendo e, assim, termos a chance de tentar decidir um pouco melhor qual o passo seguinte a ser dado em nossas vidas!
PS 1: Sigo em frente? Viro à direita, ou viro à esquerda?
PS 2: Talvez eu fique parada até entender o melhor caminho...
Publicado em 24/03/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 24 de março de 2016
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