Dor de cabeça, resfriado, stress, espinhas, obesidade? Não se preocupe! Vá até a farmácia mais próxima e, rapidinho, você vai achar um coquetel de soluções imediatas.
As “drugstores” estão tão moderninhas que já têm o sistema “self-service”. É só pegar sua cestinha e ir colocando todos os produtos expostos nas prateleiras: aspirina, vitamina C, balinhas coloridas pra dor de garganta, promoções de xarope, vitaminas, etc., etc.,etc...
E quem garante que os males não vão voltar tão rápido quanto foram embora? Também tem o alívio imediato pós-expediente, pós-briga com a namorada ou marido: uma cervejinha no boteco da esquina, um joguinho de futebol...
Num primeiro momento, tudo parece normal. Afinal, vivemos numa sociedade rápida e imediatista, que tem como uma de suas bandeiras principais o bem-estar e o prazer imediato. Drogas como o álcool, o cigarro, a aspirina, os ‘Red Bulls’, são vendidas livremente e com um “super marketing”, já que o mais importante é aparentar estar sempre bem.
Tudo acaba ficando meio confuso. Mas pense bem antes de buscar qualquer forma de alívio rápido.Tentar buscar, interiormente, a causa de nossas dores físicas ou emocionais não é fácil! Observar a situação política e econômica de nosso país de maneira mais ampla e buscando a história do Brasil desde seu ‘achamento’, também não é nada fácil.
Não existe alivio imediato, e “trocar um remédio por outro” não é garantia de cura. O tratamento se faz no dia a dia, avaliando a melhora versus as contra indicações...
Parece até que eu virei médica! Mas não é esse o caso. Apenas comecei a observar como, sempre que surge um problema, a primeira coisa que fazemos é procurar um elixir mágico!
PS 1: A última vez que fui à farmácia comprar um xampu, recebi aquele cuponzinho cheio de promoções... Mas, felizmente, consegui resistir!
PS 2: Nesta crise política, vamos pesquisar bem a composição química do próximo medicamento que vamos tomar...
Publicado em 31/03/2016, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 31 de março de 2016
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