“A política é a luta pela felicidade de todos”. Para a maioria, mudar o mundo parece uma tarefa árdua e utópica. Para José Alberto Mujica Cordano, 80, conhecido popularmente como Pepe Mujica, presidente do Uruguai no período entre 2010 e 2015, e autor da frase citada, é dever do líder ao menos tentar fazê-lo, sempre.
“Presidente mais pobre do mundo”
O “presidente mais pobre do mundo”, como é ainda conhecido, doava 90% de seu honorário como político para a caridade. De origem camponesa, Mujica, que almejou tornar-se presidente para melhorar a vida de sua sociedade, afirma ser necessário viver como a maioria – afinal, foi ela quem o instituiu ao poder – e tem conceitos muito distintos a respeito do modo de vida pessoal e profissional – conceitos esses que lhe renderam sete anos de solitária na prisão e algumas sessões de tortura na década de 70, durante o golpe de Estado em seu país.
Nunca deixar de sonhar
Apesar de muito polêmico por legalizar o aborto, descriminalizar a maconha e autorizar o casamento entre pessoas do mesmo gênero, Mujita sempre foi vislumbrado por estudiosos e aclamado pelo público mundial. Seu estereótipo simplista – e não simplório – é caracterizado por seus trajes simples e sandálias de veraneio. “Acho o uso de gravatas insano, um trapo inútil”, afirma.
Diferente de outros presidentes, Mujica optou por não ter um avião presidencial. Em seu lugar, investiu em um helicóptero – sofisticado e muito caro –, equipado com uma sala de cirurgia e um pronto-socorro permanente para salvar a vida dos seus cidadãos.
O discurso nos ensina e nos faz recordar de lutarmos sempre pelo que pensamos e sonhamos, e, mesmo titubeando, nunca desistir de nossos ideais.
PS 1: Por que aqui não é assim também?
PS 2: Que tal se outros países adotassem essa ideia?
PS 3: Vale a pena assistir a um vídeo onde José Mujica mostra que a vida é – ou deveria ser – mais simples do que parece: https://youtu.be/FpfsXQKG8vY
Publicado em 10/12/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
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