Nunca fui uma fã ardente do querido “Rei” Roberto Carlos, mas não tenho como negar sua influência em nossa música, a época da Jovem Guarda e a beleza de suas canções em várias épocas de sua carreira.
Uma das músicas, que inclusive foi capa de seu disco em 1964 e foi um estouro naquele ano, tem o título “É Proibido Fumar”. Claro que, na época, era uma música de protesto e certa rebeldia! Hoje, seria considerada “politicamente incorreta”...
Quero deixar claro que não sou a favor do cigarro, mas o que mais tem me preocupado mesmo é como os órgãos públicos têm dado tanta atenção aos males do cigarro – que, além de tudo, é uma “droga” legalizada – e não têm dado praticamente a mínima para a questão do crack, da cocaína, do consumo de bebidas alcoólicas em excesso, etc., etc...
Hoje, a maior incidência de roubos, mortes e todo tipo de violência vem ocorrendo devido ao crack – esta droga mortal, extremamente viciante, alucinógena e barata!
E, o pior, como uma droga ilegal consegue chegar tão facilmente às escolas, bares, clubes, além de estar praticamente em todas as ruas das cidades? O pouco que se fala sobre o crack é sempre sobre o “pós”, e nunca sobre o “pré”, ou seja, sobre como tratar os jovens que já estão viciados, ou adultos que se tornarão usuários, e praticamente perderam sua vida, literalmente – sem contabilizar o número de mortes que a droga já causou!
Continuar dando ênfase à proibição do cigarro, neste momento em que o crack invadiu nosso país, a pobreza e a prostituição infantil rolam soltas, não seria apenas querer “tampar o sol com a peneira”?
Por que no século 21 ainda nos permitimos deixar um semelhante passar fome, frio e morrer em um corredor de hospital sem ser atendido e até somos capazes de matar outro ser humano por causa de sua cor ou opção sexual?
PS 1: Proibir é fácil. Conscientizar, esclarecer, permitir e cortar o mal pela raiz é outra estória!
PS 2: Você já proibiu hoje? Bom feriado.
Publicado em 09/07/2015, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 9 de julho de 2015
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