quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Alívio imediato...

Dor de cabeça, resfriado, stress, espinhas, obesidade? Não se preocupe! Vá até a farmácia mais próxima e, rapidinho, você vai achar um coquetel de soluções imediatas.

As “drugstores” estão tão moderninhas que já têm o sistema “self service”. É só pegar sua cestinha e ir colocando todos os produtos expostos nas prateleiras: aspirina, vitamina C, balinhas coloridas pra dores de garganta, promoções de xarope, vitaminas de todos os tipos e tamanhos.

Legal, num piscar de olhos todos os males vão passar e até aproveitamos pra dar uma voltinha. E quem garante que eles não vão voltar tão rápido quanto foram embora? Também tem o alívio imediato pós-expediente, pós-briga com a namorada ou marido: uma cervejinha no boteco da esquina, uma caipirinha...

Num primeiro momento, tudo parece normal. Afinal, vivemos numa sociedade rápida e imediatista, que tem como uma de suas bandeiras principais o bem-estar e o prazer imediato. Drogas como o álcool, o cigarro, a aspirina, os Red Bulls, são vendidas livremente e com um “super marketing”, já que o mais importante é aparentar estar sempre bem.

Tudo acaba ficando meio confuso. Mas pense bem antes de buscar qualquer forma de alívio rápido, especialmente se depender de alguma química!

Tentar buscar interiormente a causa de nossas dores físicas ou emocionais não é fácil! Observar melhor a nós mesmos, conversar com nossos amigos e parceiros e buscar a causa real de nosso desconforto acho que já é um bom começo.

Parece até que eu virei zen budista! Mas não é esse o caso. Apenas comecei a observar como, sempre que surge um problema, a primeira coisa que fazemos é procurar um elixir mágico, com ou sem bula.

PS 1: A última vez que fui à farmácia comprar um shampoo, recebi aquele cuponzinho cheio de promoções... Mas, felizmente, consegui resistir!

PS 2: Neste último feriado, aproveitei para pensar na beleza da vida...

Publicado em 17/11/2011, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).

2 comentários:

  1. Idéia maravilhosa. Quando eu tiver condições vou adotar um idoso para minha tia não ficar tão mimada. Minha tia é idosa e é única, exclusiva, tem tudo para ela. Daí, talvez adotando um irmãozinho para ela, talvez possa ficar mais animada. Alguém do tempo dela, que entenda os assuntos dela. Eu entendo, eu aprendo muito com a minha tia, eu viajo no tempo, conheço músicos antigos, cultura antiga, acho tudo muito legal e já estou presa de vez no passado, sem intenção de voltar para o futuro. hehehe. Mas, talvez mais amigos idosos ela precise ter para conversar, jogar cartas, estudar a bíblia seja melhor para a vida dela ficar mais interessante. Ela como é rodeada de jovens e crianças tenta entrar no futuro, mas as crianças e jovens não tem paciência com ela. Eles não conseguem viajar muito no tempo. Eu consigo entender o tempo da minha tia e me parece muito mais legal do que hoje. Mas, precisa haver mais idosos para as conversas ficarem mais ricas por aqui.

    Eu acho muito boa essa idéia que estão fazendo no norte do país. Os idosos nessas casas de repouso se sentem num verdadeiro orfanatos, se forem adotados por famílias amorosas (eu sei que existem) eles serão muito mais felizes. Os asilos podem ser adaptados, parecido com uma universidade ou local de emprego para eles se sentirem ativos. As embalagens de produtos tinha que ser do jeito do tempo deles, mesmo que a tecnologia seja de hoje, mas o design de fora, deveria ser antigo.

    Olha, estou dentro da campanha.

    Quando eu tiver trabalhando e tendo a minha própria grana vou adotar um tio idosos para ser amigo de cartas com a minha tia. Ela não tem ninguém para jogar cartas com ela, apenas eu, mas como eu sempre ganho dela ela não gosta muito de jogar comigo. Hehehe. Ela reclama de não ter baralhos com letras grandes.

    Outros idosos, segundo consta, reclamam de não ter idosos do sexo oposto para jogarem cartas ou brincar de bingo. Muitos da região sudeste do Rio ficaram zangados porque aqueles bingos da Zona Sul do Rio foram fechados e outros pontos de encontros legais da terceira idade.

    Muitos sempre quiseram voltar a ser jovens, mas do jeito que era o tempo deles e admitem que não gostariam de ser jovens como nos tempos de hoje e preferem ser idosos.

    Simone L. F. Guimarães
    (Miss Lennox)

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  2. Diversões com baixo custo para assalariados

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