Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela USP revelou dados alarmantes: o número de mortes causadas por homicídios vitimou 5.705 paulistanos contra 1.368 mortos por AIDS.
Claro que esse aumento absurdo da violência em todo o Brasil se deve a vários fatores que já estamos cansados de conhecer, como: desemprego, fome, falta de escolas, moradia e, principalmente, a falta de uma perspectiva futura para os cidadãos brasileiros. Mas existe aí uma causa a mais, quase sempre presente em toda essa “epidemia de homicídios”: o tráfico de drogas.
Infelizmente, o maior número de traficantes e usuários de drogas está entre os adolescentes – e até crianças –, na sua maioria, vindos da periferia e das favelas, afinal eles são o alvo mais fácil de ser atingido, pois com a completa falta de direitos à escola, lazer e trabalho, esses jovens acabam encontrando no tráfico um sonho de poder consumir e existir. Obviamente, acabam se viciando e, daí pra frente, matando e morrendo dentro desse círculo vicioso.
Qual será a maior violência? Falando em AIDS, não vejo mais nenhuma campanha de prevenção ou conscientização sobre esta doença – que ainda existe! Adolescentes engravidando e fazendo abortos no fundo do quintal, com a possibilidade de morrer ou contrair o vírus do HIV, além de outras doenças sexualmente transmissíveis, aumento de estupros, etc., etc., etc...
“A gente para de estudar para trabalhar e não consegue mais voltar a estudar”, diz Mariane Dias da Silva, 19 anos, que largou a 8a série com 15 anos para ajudar a sustentar a casa.
Conforme estudos da Fundação Seade, existem mais de 2 milhões de jovens entre 18 e 24 anos que estão fora da escola, só no estado de São Paulo. Infelizmente, existe uma legião de adolescentes que são forçados a trabalhar – quando encontram trabalho – apenas para tentar sobreviver...
PS 1: Quem é o ovo e que é a galinha?
PS 2: Acabaram os feriados...
Publicado em 04/05/2017, na coluna ´Formador de Opinião´ do Jornal ´Bom Dia´, da Rede Bom Dia (às quintas-feiras, a coluna é escrita por Tony Bernstein).
quinta-feira, 4 de maio de 2017
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