Todos nós temos uma cor: branca, amarela, vermelha, negra... Todos nós temos uma etnia. Porque será que, sempre que falamos “de cor”, estamos nos referindo aos negros?
Ficamos indignados ao ouvir os discursos xenofóbicos e nazistas de líderes de extrema direita, enquanto, aqui, tratamos os negros e os índios como estrangeiros que vieram roubar o trabalho dos brancos. Afinal, foram os próprios colonizadores brancos que trouxeram os negros da África para trabalhar como escravos, e os índios já estavam aqui!
O racismo – sutil e disfarçado – no Brasil continua impossibilitando a igualdade de direitos de cidadania. Toda discriminação acaba se transformando em preconceito, e todo preconceito é uma faca de dois gumes: amanhã você pode se tornar a próxima vitima... Infelizmente, ainda não aprendemos a respeitar as diferenças, que dirá conviver com elas.
Na época da Copa, a FIFA lançou a campanha "Diga não ao racismo". Jogadores posaram para fotos oficiais com cartazes contra o preconceito racial e mensagens sobre o tema foram passadas aos torcedores nos estádios. E adiantou alguma coisa?
Na visão do ex-jogador campeão do mundo com a França, Lilian Thuram, trata-se de uma iniciativa positiva, mas insuficiente diante do tamanho do problema. “Acho que o futebol é um meio importante para lutar contra o racismo e é possível ir além nessa reflexão”, enfatiza.
O francês lembrou ainda que é fundamental trabalhar o problema do racismo entre os mais jovens. “Não é uma luta. Gosto mais de falar em uma reflexão. Reflexão sobre racismo, sobre sexismo, sobre homofobia”, afirma Thuram.
PS 1: Qual será a cor dos ETS?
PS 2: Faz tanto tempo que não vejo um arco-íris...
