O planeta se formou, amadureceu e, nos primórdios, criou as condições para o desenvolvimento da vida vegetal. Depois apareceu a vida animal e, finalmente, surgiu, nos últimos instantes, o homo sapiens, o predador, a doença do planeta que, em analogia ao nosso corpo, iniciou suas atividades como uma leve gripe e se transformou, a partir do início do século XX, numa fulminante tuberculose.
A nossa “Mãe Terra” está doente, mutilada, com suas reservas destruídas ou contaminadas. Estamos nos comportando como vírus, amebas e bactérias, embora nos consideremos seres pensantes e inteligentes. Não percebemos que somos exploradores, parasitas, destruindo a nossa casa. A natureza está chamando nossa atenção com as catástrofes, comodamente designadas pela sociedade como naturais.
Se providências não forem tomadas com urgência, podemos estar à beira do extermínio da espécie humana – se isso acontecer, o meio ambiente e as outras espécies em geral agradecerão, por se sentirem aliviadas, livres de uma presença incômoda –, ou, num cenário “mais ameno”, poderemos ter um acidente de grandes dimensões, provocado pelo homem na sua busca desenfreada do poder e do consumo, como, por exemplo, uma guerra nuclear.
Se observarmos a natureza, notaremos que existe uma relação imutável entre hospedeiros e parasitas. O parasita progride e se desenvolve, enquanto o hospedeiro regride e atrofia, até que seu organismo sucumba ou reaja, expulsando o parasita. Somente a convivência harmoniosa entre ambos permitirá a subsistência dos dois. Caso isso não aconteça, um ou o outro, ou os dois, deixarão de existir.
PS: Em breve, vamos comemorar o Dia das Mães. A Terra é uma delas, também!
