Segundo a tradição cristã, até o século 19, o ovo de Páscoa – no caso da galinha – era pintado e oferecido aos amigos e vizinhos para celebrar a vida. Mas quando os ovos começaram a ser de chocolate?
A Páscoa é um momento de reflexão que nos possibilita avaliar o que significou o sofrimento de Jesus Cristo. Para o comércio, é o momento de vender ovos, muitos ovos! E, diga-se de passagem, cada vez mais caros e praticamente obrigatórios para as crianças e adolescentes, que são invadidos e seduzidos pelos ovos ‘Barbie’, ‘Justin Bieber’...
Bem, resolvi voltar um pouquinho no tempo – quando ainda não existiam as fábricas de chocolates e nem a televisão ou supermercados...
A história da Bíblia narra a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, que despertou nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começava, aí, a trama para condenar Jesus à morte! Estimulada por esses sacerdotes, a mesma multidão que o aclamou passou a exigir de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que condenasse Jesus à morte. Jesus, então, é crucificado. A festividade da Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, que teria ocorrido três dias depois da sua crucificação.
É nesse contexto que entram os ovos. Segundo a tradição cristã, os ovos, eram pintados à mão até o século 19. Dois séculos depois do chocolate ser levado para a Europa, trazido pelos conquistadores que “fizeram a América”, os ovos começaram a ser confeccionados com chocolate. Daí prá frente, não preciso contar muito... Claro que chocolate é uma delícia e os ovos de Páscoa dão água na boca!
O domingo de Páscoa, na religião católica, marca a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz. Independentemente do conceito religioso, acho que é um bom momento para refletir, lembrar e tentar praticar o que Cristo já pregava há dois mil anos atrás: caridade, fraternidade e amor ao próximo. Feliz Páscoa!