“Numa noite, eu estava passeando quando vi uma sombra no chão. Era uma tartaruga cavando o seu ninho na areia. Eu fiquei parada observando... Isso mudou a minha vida”, diz June, emocionada.
Tartarugas marinhas existem há mais de 100 milhões de anos, e viajam através dos oceanos do mundo. No entanto, lutam pela sobrevivência, em grande parte devido às ações causadas pelo homem. Preocupada com a extinção da espécie no Mediterrâneo, em parte causada pelo tráfego intenso de barcos – muitos dos quais acabam partindo o casco desses animais com as hélices de seus motores – fundou a Sociedade de Proteção às Tartarugas, junto a uma clínica que trata os animais que inspiram cuidados.
A Capitã June – como é carinhosamente chamada pela população local – desenvolveu um aparato que evita que as tartarugas tenham ferimentos graves no mar: um anel de metal acoplado aos barcos evita que as tartarugas tenham ferimentos graves com suas hélices.
Quando li sobre esta guerreira, fiquei imaginando como seria bom se todos nós fossemos uma “Capitã June”, ao invés de sermos eternamente as tartarugas... Nunca senti uma sensação tão forte, como agora, de que estamos andando a 1 km por dia, em um Brasil cheio de barcos destruindo nossos cascos...
Mas, porém, contudo, todavia... nunca é tarde para reinventar nossa história! Nada como um dia após o outro. Se uma senhora de 92 anos ainda é capaz de lutar pelos seres vivos, nós também somos!
PS 1: Talvez não possamos salvar tartarugas no nosso dia a dia... Mas podemos tentar salvar um ser humano que esteja com seu “casco quebrado”...
PS 2: Será que nossos governantes já salvaram alguma tartaruga?
PS 3: Ela é a criatura e ele o criador? Ou ambos são um só?...
