As monarcas deixam o Canadá no outono do hemisfério Norte, quando o frio aperta. Partem atrás de temperaturas mais estáveis, que não caiam abaixo de 0°C, no planalto central do México. Para recebê-las, e aos milhares de turistas que atraem, existe a Reserva da Biosfera Borboleta Monarca ("mariposa monarca", em espanhol).
Na primavera, elas fazem a viagem de volta. Alguns desses insetos, que pesam 1 g, foram rastreados. Descobriu-se que vários retornam para as mesmas árvores de que haviam partido seus antepassados.
Essa pequena maravilha da natureza serviu de mote para um bom romance sobre a mudança global do clima: "Flight Behavior" (comportamento de fuga, ou de voo), da americana Barbara Kingsolver.
Como tantas migrações periódicas (pássaros, baleias, tartarugas marinhas), a das monarcas intriga os humanos. Como é possível que seres tão menos aparelhados do que nós consigam ser tão precisos, tendo apenas o instinto por guia?
Faço uma outra pergunta: como é possível que nós, seres humanos tão avançados tecnologicamente e com tantos estudos filosóficos sobre nós mesmos, não consigamos usar nosso mero instinto básico para vivermos em paz e harmonia?
Guerras, fome, armas químicas, crimes hediondos, mentiras, poder, etc, etc... Que bom que as borboletas não “evoluíram” como nós!
Tenho visto tantas coisas que ultrapassam o limite da razão de qualquer ser humano “dito normal” nas mídias, que achei mais saudável e interessante escrever sobre esta pacífica e inteligente comunidade de borboletas!
PS 1: Qual é o instinto que nos guia?
PS 2: O que te faz feliz?...
