A convite de sua equipe de produção, assisti a um de seus shows no Sesc Consolação, em São Paulo, cantando clássicos da música sertaneja como ‘Lampião de Gás’ e ‘Moda da Pinga’. O teatro, com capacidade para 328 lugares, estava lotado. E todos, sem exceção, batiam palmas e cantavam juntos as doces melodias que Inezita interpretava, acompanhada de sua banda muito profissional e divertida.
Claro que posso citar vários outros cantores e compositores maravilhosos da música de raiz, ou sertaneja, como Tonico e Tinoco, Irmãs Galvão, Pena Branca e Xavantinho, até as duplas mais atuais e famosas: Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, entre tantas outras. Já há um bom tempo, surgiu também o Sertanejo Universitário, muito interessante, pois o próprio nome vem do fato de a maioria de seu público ser jovem e estar nas faculdades.
Porém, parece que sempre há um porém... Não posso deixar de colocar minha crítica ao fato da música sertaneja ter se tornado um produto de consumo, rápido e massificado, surgindo, assim, várias duplas de cantores jovens, sem nenhum preparo musical e cantando composições que pouco têm a ver com o nosso folclore.
Bem, como tantas coisas viram “fast-food” em nosso país (até a própria expressão é americana e já foi incorporada ao nosso vocabulário brasileiro), é bom sempre buscar conhecer a história de nossa arte e tentar aprimorá-la, sem nunca esquecermos nossas raízes culturais.
Inezita Barroso é uma dessas pessoas que não nos deixam esquecer “nossa viola” e a força da nossa música de raiz.
